I wanna F*ck you | Hajime Kokonoi

Cinquenta - Seis

3 anos depois ...

Cidade do México
     
                            KOKONOI

De todos os lugares que eu já visitei eu simplesmente odeio aqui, calor demais, pobre demais. Passei um ano e meio na Itália e agora aqui estou. E não me acostumo com essa porra. Me levanto e vou direto para o banheiro, tomo uma ducha gelada rápido. Não me reconheço ao me olhar no espelho, pele pálida, cabelo curto e escuro, tenho um piercing na boca e meu braço completamente fechado de tatuagem.

Saio do chuveiro com uma toalha enrolada na cintura e vou para a cozinha, meus cinco computadores continua ligado e eu trabalho mexendo com eles. Acendo um baseado enquanto pego uma garrafa de água na geladeira. Meu celular começa a tocar e eu reviro meus olhos quando vejo quem é.

— Sim ? — falo e escuto sua risada. — Hanma.

— Hajime quanto tempo hum ! — ele fala irônico — Quero você aqui agora.

E desliga, uma das coisas que eu mais odeio nesse acordo é que ele me trata como um cachorro, afinal era isso que ele queria desde o início. Mas quando aceitei eu sabia que morreria de qualquer jeito porque ela não está aqui comigo. Isso me matou. Coloco uma camiseta qualquer e uma bermuda, aqui é um calor do inferno. Pego a chaves do meu carro. Abro minha porta e saio o sol queimando me deixa estressado. Entro no carro e pego meus óculos escuro. Ligo o ar condicionado, saio dali.

Passando entre as ruas estreitas do México e quebrada, eu estou em um dos lugares mais pobres daqui, pessoas na sua vendendo frutas, legumes. Acelero meu carro e não demoro para chegar no lugar. Estaciono meu carro e jogo meu baseado na rua.

Entro na casa, mansão na verdade, enfio minhas mãos no bolso e olho irritado para os caras que estão de segurança. Armados até o pescoço. Subo as escadas indo até a sala de reunião, abro a porta e já logo vejo o Hanma e seus capangas. Me sento na mesa sem dizer uma palavra com todos me olhando, mas aprendi a não ligar, se eles me matassem ia fazer um favor imenso para mim.

— Quanto tempo em — ele fala rindo.

— 3 anos — respondo — você sabe o que isso significa ?

— Você não vai embora ainda — estreito meus olhos para ele — Acabo de renovar nosso contrato.

— o Combinado foi 3 anos não fode eu preciso recuperar minh.. — ele me interrompe.

— Recuperar ela ? —olho para ele — Faz um tempo que eu a vi ! — Hanma suspira e joga umas fotos na mesa.

— Caramba Hajime — um dos caras fala e eu sorrio ao ver uma foto dela, cabelo bem maior do que era, corpo perfeito. — Gost.. — Miro minha arma na testa dele.

— Continua falando e eu te mando direto pro inferno filho da puta — olho pro Hanma — Nosso acordo foi 3 anos e você ficar longe dela.

— Eu estou longe dela — fala Hanma — Agora abaixa a arma.

Abaixo minha arma com o capanga do Hanma sorrindo, Efra me encara como se eu ainda não tivesse abaixado a arma, ele sempre me encarou como um desafio. Ou só não suporta o fato de eu ser o melhor daqui. Mas voltando aos três anos atrás, Akane ia matar ela e Hanma me ofereceu um acordo que eu deixasse minha vida .. desse lucro para ele em troca ele salvaria ela e Inui. Desde então eu venho dando lucros para ele sempre, claro que pego uma parte para mim.

Minha intenção é pegar mi na garota e sumir daqui, porque quando ele descobrir com certeza ele vai querer me matar.

— Eu não ligando muito para ela, ou você — Hanma da de ombros — Pouco me interessa o bem estar de vocês. Única coisa que eu me importo é dinheiro.

— E você faz isso muito bem — Efra elogia. — Não podemos deixar você ir e arriscar você trabalhando para outra.

— Eu trabalho para mim mesmo e não para os outros — estreito meus olhos — Não gosto de receber ordens.

— Mais 1 ano — proponha Hanma — E depois você tá livre.

— Não é como você tivesse escolha — Efra da de ombros — inclusive hoje começa o leilão de mulheres, você vai participar ?

— Não, obrigado. — reviro meus olhos — Deixo esse fetiche nojento para vocês.

Me levanto sem responder sobre a proposta ridícula do Hanma, não tenho a intenção de ficar recebendo ordens de alguém por mais nada. Nem que eu mesmo tenho que matar ele. Saio da sala e desço as escadas correndo, caminho até meu carro, pego meu outro celular porque tenho certeza que o Hanma rastreia esse meio para ter certeza do que eu planejo das minhas ideias. Não julgo, eu também faria o mesmo, ele não pode confiar em mim.

Coloco o endereço de aonde vai ser o leilão das meninas, e também mando o endereço. Confiro no banco de trás minhas armas e então acelero o carro. A estrada era um caminho de terra. Acelero e depois de uma hora dirigindo paro em frente a um casarão enorme. Onde ficava as meninas. Está começando a escurecer, olho pro meu retrovisor vendo iluminar, uma van .. desço do meu carro.

— Você tá atrasado — falo pro Smiley assim que o vejo e ele continua com um sorriso como sempre — Cadê o Angry ?

— Na van de trás, pela informação temos cerca de vinte mulheres ai. — Smiley suspira — Contar com 3 crianças, crianças porra.

— Eu sei, nojento para caralho ! — não consigo pensar na ideia de ela estar ali, no lugar .. puta que pariu.

— Eu ia te ligar para te conta — Smiley começa a falar — Eu vi a [nome], ela não me viu.

Meu sorriso automaticamente sai, faz tanto tempo que não a vejo que não sei nada dela, a voz o cheiro tudo. Mas eu tinha certeza de uma coisa, ela nunca vai me perdoar por isso por eu ter deixado ela acreditar que eu morri. Nesse meio termo eu realmente pensei na possibilidade de não ir atrás dela e de deixar ela ser feliz sem mim. Então esse tempo eu nunca tentei descobrir absolutamente nada dela.

Apesar do Hanma parecer saber a localização dela, eu realmente não sei. Também várias vezes pensei na possibilidade de ligar para o Inui, mas também não tive coragem porque ele realmente me mataria de verdade, e eu me sinto culpado por ele perder a irmã duas vezes por minha causa. Angry chegou poucos minutos depois, essa é a primeira noite que eu resolvi interferir nos planos de Hanma, uma porque ele destruiu minha vida de certa forma, segundo porque eu não aguentava mais ver o sofrimento dessas meninas.

— Pera aí .. — falo parando o que estava fazendo — Aonde você viu ela ?