XII Pois bem, vamos estudar!

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— Pois bem, vamos estudar!

A bela e maravilhosa garota que é a minha filhinha, Scarlet, abriu seu estojo pegando um lápis, borracha e apontador. No mesmo instante abriu seu caderno, e começou a ler as questões, ficando demasiadamente nervosa logo de começo, porque era física, na qual ela não entendia bulhufas.

— Eeerh... Por onde eu começo?

— Pelo mais fácil, que são as leis de Newton. Você sabe quais são?

— Lei da movimentação?

— Quase, porque a primeira lei é a lei da inércia. Sabe como ela funciona?

— Quando colocamos algo sobre algo... Esse algo não se move?

— Sim e não. Sim, porque um objeto que, por exemplo, está "caindo", não se move, se algo estiver barrando-o. E não, porque não necessariamente ele deixa de mover, ele apenas é impedindo, e mantém-se inerte.

— ... Pode repetir? — Suou frio, e mordeu seus lábios, junto de ter ficado com ansiedade, fazendo com que não conseguisse segurar o lápis corretamente.

— Você não prestou atenção no que eu disse? — Segurei sua mão — Relaxe, mesmo que física pareça uma hidra de sete cabeças, eu prometo que é no máximo de três. Porque por mais complicada que possa ser, principalmente para quem começa a aprender — Rimou — Garanto-lhe que na prática é muito simples. Como é o caso da primeira lei de Newton. De acordo com o que sua professora lhe disse, como ela funciona?

— Um objeto que está caindo fica barrado, e o outro não se move... Mais o quê? Minha professora não ensinou muito bem.

— Ela não ensinou bem, ou você só não prestou atenção na aula?

— Bem, eu não tive como prestar, principalmente porque em três aulas eu dormi, hihihihihihihi.

Bati na minha própria cara: — Oh Mein Gott... Vai ser difícil.

— Desculpa, eu sou muito burra!!!

— Sim, por isso suas notas devem ser tão vermelhas. — Virei os olhos —Mas, não importa, porque a função de um professor é ensinar, e não julgar — Coloquei delicadamente minha mão em seu ombro, acariciando a minha pobre filha — Não vou ficar me estressando tanto por você ser tão lerda, apesar de já estar me estressando. O que eu almejo, é ensinar você o básico, para que possa ir bem na prova, só isso, filha.

— Filha?... — Corou-se.

— Sim, me chame de papai, ou só pai, se preferir. Porque eu serei o seu pai, e farei o que é preciso para ser pai, que é dar um trato na sua mãe.

— PARA!!!

— Você que sugeriu isso, eu apenas agarrei a ideia.

— Tá tá, foco!

Tentando ajudá-la, eu andei até sua escrivaninha, peguei a folha dela, peguei um lápis e apontei a primeira questão:

— O ponto é que você deve, primeiramente, interpretar e prestar atenção no que o enunciado diz. Igual como a bula de um remédio, como entenderá os efeitos dele, sem ao menos ter lido o que está escrito? Por exemplo aqui.

Apontei para diferentes partes da folha também com o lápis. Até mostrar a imagem do copo d' água com um pano por cima. Em cima deste pano, tinham moedas, e logo infatisei:

— Isso é um experimento bem comum sobre a inércia, que refere-se ao que eu havia dito agora pouco. Perceba que as moedas não estão caindo, porque há um pano sobre elas. Este pano está barrando a força da gravidade, fazendo elas não caírem. Simples assim.

Ultimate Dimensions (Cancelado)Onde histórias criam vida. Descubra agora