LVIII Vamos ver como Anton e Anala estão?

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— Vamos ver como Anton e Anala estão?

— Claro! Quero muito ver a Anala de novo, faz muito tempo que não a vejo. Quero contar para ela das novidades.

— Também quero vê-la novamente, e quero ver o Anton também. 

— Er... Quem é Anton mesmo? 

— Você não lembra quem é ele?

— Não, hihihi.

— Depois eu que sou o esquecido... Mas, bem, é o cara da faixa.

— Faixa?

— Sim, o que usa uma faixa na testa, com as cores da Holanda.

— Ah sim! Lembro dele, mas falei muito pouco com ele... — Pouco para não dizer nada — Mas, ele é legal?

— Sim, ele é legal. Posso dizer que atualmente é o meu melhor amigo.

— Melhor amigo? Nossa, inesperado! Mas por que ele é o seu melhor amigo?

— Não sei dizer, sinto por ele algo que não sinto muito pelo Urmid. E eu não sei o que sinto pelo Serguei, mesmo ele gostando muito de mim, sabe-se lá o porquê. 

— A resposta é algo que você mesmo deve saber, pai. Por que você acha que eu mesma amo você?

— Não sei... Nunca entendi isso direito.

— Porque você é uma figura paterna para mim. Já disse isso várias vezes, porém repito: Meu pai não foi presente durante a minha vida, minha relação com ele foi sempre algo estranho, e eu não sei definir bem o que ele mesmo sente tanto por mim quanto pelo meu irmão e pela minha mãe. Realmente creio que ele não gosta da gente... Principalmente do meu irmão.

— Por que "principalmente" do seu irmão?

— É porque ele foi um acidente, pelo que eu sempre ouvi. Como se o Manfred tivesse sido resultado de... "Estouro" no balão, se é que me entende.

— Qualquer pessoa com cérebro entende... Mas era tão difícil tomar uma pilula? 

— Também não sei, nunca me explicaram isso direito. Entretanto... Isso gerou ele, e por isso o meu pai não tem um apreço grande pelo Manfred, já que é como se ele tivesse que cuidá-lo por obrigação, não por amor. Pelo menos nas vezes em que ele me cuidou, sempre foi por amor, e não por obrigação... Ainda não sei ao certo o problema que ele possui com o meu irmão.

— Certo. E sua mãe? Qual a relação do seu pai com ela?

— Complicada... Não quero falar sobre isso. 

— Pode falar, eu estou aqui justamente porque o seu pai não foi presente na sua vida.

— Bem... O meu pai vive traindo ela, porém ela é muito trouxa e não entende o óbvio. Eu e meu irmão sentimos raiva disso, e muitas vezes tentamos dar um fim à relação de ambos.

— Dar um fim... De que jeito?

— Falando que ela também o traiu, mas a gente mente muito mal, hihihi.

— Ah bom... Pelo menos nunca aprontaram outra coisa. 

— É... Realmente, mas éramos duas crianças, então dê um desconto para nós. 

— Claro que darei, só peço a ti para não fazer nada de errado com o seu pai, salvo se ele fizer algo de muito errado com a sua mãe, que aí eu mesmo resolvo com isso! — Mostrei meu punho esquerdo, e flexionei-o, fazendo as veias saltarem — Ninguém encosta na minha esposa e nos meus filhos e sai impune! 

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