XXIX Eu achei um gatinho

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— Eu achei um gatinho.

— Meow, meow, meow.

Me aproximei para ver, e era um gatinho filhote, praticamente recém nascido. Cinza, com olhos amarelos, além de listras pretas nas costas, e uma cauda muito felpuda e com listras.

— O que que tem?

— É que eu amo gatinhos, e esse aqui está machucado...

Olhei para a patinha do coitado, percebendo que estava ferida, e ele nitidamente sentia muita dor.

— Nossa... Como você o encontrou?

— Bem... Enquanto eu estava vindo para cá, fiquei falando em voz alta: "Será que o Elliot e o resto estão na mesma casinha? Por que é muito longe... Quase um quilômetro e meio da minha casa. Então preciso ser rápida, de novo!". — Havia ativado meu poder para isso — Liquid Smooth!!! — Transformei minhas pernas em líquidos, e fiquei andando mais rápido sobre todo o chão molhado que ficou devido as últimas chuvas. E assim, fiquei numa velocidade de 2,500 quilômetros por hora, e chegaria até aí em cerca de dois segundos. 

(Nota: Seria, precisamente, 2.1613832853 segundos. Como um quilômetro e meio são 1,500 metros, logo, 2,500 quilômetros por hora são 694 metros por segundo, o que daria esse número aí de velocidade. Confuso, mas é isso aí).

— E o que aconteceu depois?

— Bem... Eu de novo quase fui atropelada, mas por sorte desviei, e só pegou de raspão na minha perna.  Só que não satisfeita, eu devido a dor me transformei de volta na forma de carne e osso, e avistei ao lado uma família de gatinhos machucados. Era uma mãe com todos os seus filhotinhos. Eu fui desesperada ver como eles estavam, e vi que estavam prestes a morrer... Só que no meio deles, tinha um que estava menos ferido, então eu peguei, com muita dor no meu coração. A mamãe dos gatinhos fez um "mini-sorriso" e morreu, junto de seus outros quatro fllhotes.

— Nossa... Até eu ficaria muito triste se isso acontecesse... Mas, bem, o que você pretende fazer com ele?

— Sniff sniff... Cuidar muito bem dele, simplesmente. Dói no meu coração ver um pobre animal sofrer desse tipo de injustiça, por isso mesmo, eu quero ficar com ele!

— Ok, boa sorte cuidando desse bichinho.

— Eu sei, mas... Você pode deixá-lo aí com você, Wladimir e Anala?

— Por quê?

— Porque minha mãe é alérgica a animais peludos... Por isso mesmo só temos peixes lá em casa. Desde criança ela sofre disso, mesmo que eu e o meu irmão amemos gatos e cachorros.

"Está explicado o porquê eu estranhei quando vi sua casa".

— Hum... Vamos ver com o Wladimir, ele que é o dono daqui. 

— Tudo bem, mas, antes, vou dar um nome para ele!

— Ok, lá vem.

— Considerando que é um pobrezinho que sofreu um acidente, e é o único vivo no meio de seus irmãos e mãe, e ainda tem uma dona gata como eu, então, seu nome vai ser "Luck"! É um ótimo nome para alguém tão sortudo como ele, hihihihihihihihihi.

— Belo nome, e belo significado, hohohohohoho. Para ser sincero, eu não sei se o Wladimir aceitará que cuidemos do Luck, mas, quem sabe ele aceite.

— EEE! Muito obrigado, espero que esse pobre bichinho cresça bem, e saudável!

Fui até a porta, chamei o velho, porque era urgente.

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