Ultimate Dimensions (Cancelado)

XVII Elliot, acorde

— Elliot, acorde.

Quando eu acordei, a única coisa que eu era capaz de sentir, era uma sensação de confusão. A luz me confundia, e estava tão forte, que me deixava quase cego. O ar me deixava confuso, porque eu havia acabado de sair de um lugar onde o sol literalmente era semi-inexistente, para um só... Frio, devido ao ar condicionado. Eu estava com camisa de pijama, onde parecia um hospital, e coberto por cobertores. Eu me levantava, porém sentia dor, e um único movimento brusco fazia meu corpo doer, e eu sentir muita dor.

— Por favor, não force muito, seus ferimentos estão muito mais sérios do que pensa que estão. Evite gritar também, por favor — Respondeu a pessoa preocupada.

Minha visão continuava turva, eu não conseguia ver o rosto da pessoa, e meu ouvido continha um alto zumbido. A voz parecia a voz distorcida do Jack, e eu sentia medo de ser algum estranho a me resgatar. Não só isso, como eu tive que deitar as costas e a cabeça de novo na cama e no travesseiro, porque só isso manteria meu corpo menos dolorido.

— Quem é você? — Perguntei a pessoa, enquanto ainda não conseguia ver seu rosto — Por que me salvou daquele lugar? Onde estamos? Passou quanto tempo desde que eu desmaiei?

— Responderei só uma pergunta de cada vez. Primeiro, estamos em Londres, eu te levei de volta para cá.

— Como fez isso? Eu estava na Groenlândia!!!

— Exatamente, eu peguei seu corpo que estava na Groenlândia, e levei de volta para cá.

— Vielen Dank... Nunca me esquecerei disso!

— De nada. Enfim, continuando.

A pessoa, que antes estava sentada, no que parecia um "banquinho", agora se levantou, andou até minha direção, colocando a mão em minha testa.

— Está sentindo dor quando eu toco? E pelo visto está com muita febre... Pegou um resfriado no frio?

— Sim... AI! Mesmo com os curativos, eu ainda sinto uma dor igual a colocar um prego na bunda e tirar pela cabeça do pau.

— Como você sabe? Já fez isso?

— Nem eu sei.

— Voltando ao assunto! — Disse a pessoa — Eu tenho um pedido a te fazer.

— Pedido? Qual seria?

— Antes, vou colocar um óculos para você ver minha face, e saber quem eu sou.

No momento que a pessoa botou o óculos, eu podia finalmente ver tudo. Olhei para as paredes, e notei que eram brancas, junto de todo o lugar, que lembrava até mesmo um quarto de hospital. Conseguia ver coisas como uma tv, cozinha lá no fundo, janelas, e entre outras coisas. Resumidamente, era uma pequena casinha simples, mas útil. Entretanto, quando eu olhei para a cara da pessoa, eu na mesma hora surtei de tanta raiva...

— Nem fodendo... Nem fodendo cara... Você não fez isso comigo...

— Sim, sou eu mesmo.

Meu rosto passou de um rosto confuso, para um rosto totalmente enraivecido. Eu enervei-me tanto, que veias saltaram em todas as partes do meu corpo, e só aumentavam minha dor, mas que não me impediam de surtar.

— MEU CARO WLADIMIR GORBACHEV, VOCÊ FEZ EU IR COM TUDO PARA CIMA DO TROTSKY SÓ PARA TE VINGAR, MAS VOCÊ NEM AO MENOS ESTAVA MORTO??? ONDE ESTAVA PORRA??? O QUE FICOU FAZENDO???

— Eu estava só na minha, e não fui para a luta.

— CONTINUA O MESMO COVARDE CAGÃO QUE SEMPRE FOI!!! TOMEI UMA SURRA EM VÃO!!!