XXXI Vamos sair sem ninguém?

102 25 4
                                    

— Vamos sair sem ninguém?

— Não sei, será que é certo fazermos isso?

— Claro que é, principalmente porque é o nosso encontro, não o encontro dos outros, e de mais ninguém. Vamos, Anala, merecemos nos divertir um pouco, depois de todo o caos que tivemos que passar. Inclusive, conte-me como foi esse seu ferimento na costela?

— Enquanto eu e o Urmid enfrentávamos o Zefír e o William, o Zefír usou o poder de sacrificar sua vida em troco de mais poder, e de matar os inimigos. No caso, ele criou uma super explosão, que foi muito forte, porém o Urmid conseguiu diminuir a mesma, e assim não morremos. Entretanto, eu fiquei com a minha costela esquerda quebrada, e com outros ferimentos no processo.

— Caraca... Que bom que está bem agora. Enfim, vamos indo?

— Vamos, vai ser divertido. Aqui em Amsterdã deve ser difícil achar estabelecimentos, então vamos ir de barco sobre os rios da cidade?

— Claro!

Saímos de fininho, porém Wladimir e Serguei nem pareciam ligar, e só ficaram lá bebendo. Enquanto saíamos, conseguimos sentir uma ótima sensação vinda do clima, que mesmo sendo bem frio devido a ser na Europa, era ótimo, dava um ar lindo enquanto passeávamos. Não só isso, como também fomos pelas ruas, andando sobre as pontes de ferro preto com uma calçada feita de blocos de concreto marrom, além de flores junto das barras de ferro.

Em baixo da ponte, conseguíamos ver o rio, bem grande e fundo, e ao nosso lado, vários barcos de madeira coloridos com pessoas dentro. Não só isso, como pessoas andando de bicicletas, ao redor, junto de carros na calçada que ficava ao lado do rio, e vários prédios relativamente altos, também coloridos, e muito bem iluminados.

Os postes de luz traziam um conforto e uma sensação ainda maior de conexão com a belíssima cidade, e mesmo bem tarde, a cidade parecia que nunca dormia. Foi até bem difícil pegarmos um barco, e quando pegamos, foi uma experiência única, em um barco vermelho rústico, que cruzava o lago, com mais dez pessoas junto de nós.

O colorido barco passava por debaixo de outras pontes, e víamos várias iluminações lindíssimas em cada uma delas. Não só isso, como demos nossas mãos, e não ficamos corados como antes, e sim, sorrindo. Como se nem fôssemos dois adultos apaixonados, e sim, um casal de verdade. Apesar de eu ainda não saber qual escolher, eu reconheço que ela é perfeita, de sua própria forma.

Quando o barco andou para o outro lado do bairro de Jordaan, havíamos chegado em Grachtengordel, que era bem maior, e com um formato curvado. Olhamos para um mapa, até acharmos um ótimo restaurante para comermos, e achamos o restaurante Hou Van Avondeten, que significa "Jantar de Amor".

Esse restaurante em questão ficava ao lado de outro lago, sendo quase banhado pelo mesmo. Sendo totalmente branco por fora, feito de um concreto muito bonito e rústico. O vidro refletia a parte de dentro, e mostrava que era tão branco e bonito por dentro quanto por fora, e estava praticamente lotado, mas tinham mesas muito bonitas, além de velas que iluminavam as mesas em questão. À frente dele, tinham várias mesas, e podíamos nos sentar em frente à todo aquele lago maravilhoso, e foi o que fizemos.

Nos sentando naquela mesa de madeira preta, com uma flor no meio, pegamos o cardápio, e instantaneamente um garçom apareceu na nossa frente, para anotar nosso pedidos.

Anala foi a primeira a pedir: — Eu quero uma porção de Stamppot — Comida vegana com purê de batata e diversos legumes.

— Eu quero algo mais tradicional, no caso, com carne de porco, frango e peixe.

Ultimate Dimensions (Cancelado)Onde histórias criam vida. Descubra agora