XLV Teremos um longo trabalho em cuidar de você...

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— Teremos um longo trabalho em cuidar de você...

— Me desculpem por todo esse trabalho que estou dando...

— Nah, relaxa, eu tive que te acolher e trazer aqui para minha casa. Só por favor, não seja carcinogênico! Apenas isso que que peço.

— Tudo bem... AI! Meus músculos, meu corpo...

— ANALA, VENHA LOGO ATÉ AQUI TRAZER BANDAGENS PARA ELE!!!

— Já estou indo!!!

Foi um longo trabalho... Exigiu demais dela, mas ela finalmente conseguiu me curar, e deixar meu corpo em bom estado. Consegui ficar melhor naquela noite. No dia seguinte acordei, com as luzes sendo tão fortes quanto os faróis dos carros do primeiro capítulo, quase me deixando cego.

— Pobrezinho de você, querido... — Preocupou Anala, apertando meu rosto enquanto eu acordava — Querido, quer que eu cuide de você hoje?

— Não sei... Quero tentar levantar, mas não consigo. Nem sei como fiquei em pé no funeral do Zefír.

— Vamos ir tentar arrumar o moinho que o Muhammad havia destruído — Reclamou Anton, mandando a gente se arrumar.

Tive que ter toda a ajuda dela para conseguir me arrumar, e quando fomos para o lado de fora, a luz do sol também quase me cegava, enquanto os ventos geados me deixavam com muito frio... Mas eu tinha que suportar, então andando que nem um velho com osteoporose, eu fui até onde estava o moinho quebrado.

— Em resumo, ele tinha me atirado naquela hélice, e a quebrou... Todo aquele trabalho para ser destruído!!!

— Relaxa, a gente pode só reconstruir, não deve ter tão difícil assim — Afirmou Anala — Vamos fazer que nem fizemos da outra vez, e tentarmos entrar em consenso do que cada um pode fazer.

— Eu vou comprar mais ferramentas e materiais, enquanto vocês ficam aqui cuidando da casa, e vão tentando analisar a planta do moinho de vento. Vai que descobrem um jeito de concertar. Ou eu posso ligar para o Wladimir e o Serguei, vai que eles conseguem também?

— Pode ser... Enfim, antes disso, deixem eu fazer um café da manhã, precisamos todos comer!

— Certo, faça, é melhor para nós três. Não é, Elliot?

— Sim, é sim... — Meu corpo estava mais faminto que mendigo, e eu estava me contorcendo de dor e frio, o que só me deixava ainda mais agoniado.

— Sente-se aqui — Disse Anton pegando cadeiras para nós — Vá no mercado rapidamente, Anala, e faça a comida. Eu cuido dele.

— Certo!

Demorou quinze minutos para ela ir e voltar, mas enquanto esperávamos, conversamos um pouco:

— Cara, você está mesmo num estado terrível... Estou preocupado com você, e quero saber como sobreviveu.

— Por conta dessa droga de marca aqui! — Apontei para a marca em minha nuca — Essa merda em forma de plot armor fez eu não morrer!

— Sabemos disso, mas o que eu quero dizer, é como isso surgiu? Você sabe?

— Eu não sei, tinha surgido do absoluto nada, e sem explicação.

— Ok, mas quando?

— Quando eu estava tomando banho dia 13 de Abril, um mês atrás, no aniversário do Serguei. Eu fui tomar banho, e do nada notei essa marca.

— Então surgiu do nada? Tipo um acaso?

— Ao que parece, sim.

— Elliot... E se eu te disser, que isso não deve ter a ver com um algum tipo de acaso?

— Como assim?

— Então, sabe aquele grupo Nazista que estamos tendo que enfrentar? Então... Até onde sabemos, todos eles têm marcas parecidas com a sua, e não deve ser só eles, os Cristãos também, sabe se lá o motivo.

— QUÊ? COMO ISSO É POSSÍVEL?

— Queria saber também... Mas entende o que está escrito aí?

— Não, eu nem consigo ler direito — Desci a parte de cima de minha camisa, mostrando para ele — Você sabe?

— Não faço ideia, nem ao menos sei se isso é mesmo algum tipo de alfabeto.

— Bem... Melhor discutirmos sobre isso quando formos ver qual é a desses caras.

— Sim, bem melhor...

No lugar de ficarmos falando disso, ficamos apenas apreciando a vista da casa dele. Um pasto como sempre bem cuidado, cheio de flores das mais diversas cores, como rosa, vermelha, amarelo, todas muito lindas, e soltando aromas incríveis.

Ao redor, várias casas de madeira escura, com tetos de madeira clara, todas alinhadas e muito bem planejadas. As árvores eram vários pinheiros muito lindos, e geravam um ar fresco que era convertido em energia pelos moinhos, que como sempre estavam perfeitos.

O lago do lado da casa de Anton estava ficando bem claro também, e podíamos ver os peixes, além das ondas, que estavam dando um aspecto familiar. Quem diria que estaríamos mais na Holanda do que no Reino Unido. Eu estava me conectando muito com aquele maravilhoso país, e nem sei como seria sair de lá.

Quem sabe que não moro aqui com minha filha e futura esposa? Claro, isso se tiver como... Espero que sim.

Pássaros cantavam ao nosso redor, e o céu estava ficando cada vez mais azul conforme o tempo passava. Mesmo sendo quinze minutos, foram o bastante para vermos a beleza da cidade, e ao fundo, barcos das mais diversas cores estavam navegando pelo lago, cheio de turistas, e pessoas num geral vivendo suas vidas felizmente.

Quando Anala chegou, andou correndo até dentro de casa, e celeremente fez café para nós. Além do café, fez pães com ovos, carne, salada, e preparou chá para nós, que é bem consumido por aqui. Colocamos uma mesinha para comermos do lado de fora, e estava tudo quente, muito bom, e tornando aquela álgida manhã muito melhor.

Ao terminarmos, ficamos apenas apreciando mais a vista, enquanto preparávamos para irmos comprar coisas para consertarmos a hélice do moinho de vento.

— Elliot, Anala, fiquem aqui cuidando, irei ir comprar os materiais logo, e pedirei para o Wladimir me vender mais também. Divirtam-se aqui juntos, pombinhos.

— EI!!!

— Hahahaha, muito obrigada!

— Enfim, até mais — Se virou, colocando um chapéu, e vestindo outro casaco.

— Enquanto ele estiver fora, vamos fazer exercícios para melhorar os músculos, Elliot?

— Não sei... Não sei se meu corpo aguentará mais esforço brusco.

— Deixa de ser um bunda mole! Vamos sim, você querendo ou não! E mais, é para o seu bem, me obedeça!

— Tudo bem, tudo bem, querida.

Começamos a nos exercitar em meio a região de fora da casa de Anton, que falando nele... Ele estava andando por uma rua bem afastada das demais, muito escura, e pouco movimentada. Não tinha nenhuma ponte de aço, muito menos rio, então ele só foi seguindo.

Anton nem ligava, então só foi indo em direção da sede da empresa Gorbachev de Amsterdã. Entretanto... Quando ele passou do lado de um prédio de oito andares, sentiu o vento atrás dele ter uma estranha vibração, logo saltando para frente, e desviando de um disparo.

— Huh? O que foi iss- AAAHHH!!! — Foi recebido por um disparo no lumbar, que jorrou sangue. Logo após ouviu uma voz ao fundo, muito bizarra:

— Você caiu numa cilada, ventoso.

Continua...

Ultimate Dimensions (Cancelado)Onde histórias criam vida. Descubra agora