XXXII Elliot, vá até o moinho de vento

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- Elliot, vá até o moinho de vento.

Não conseguia compreender bem o que ele quis dizer, porque acordei extremamente lerdo, e só conseguia sentir sono. A luz no quarto também não ajudava, e quase que me deixava cego.

- Moinho... De vento? O que quer dizer com isso?

- É que eu tenho um cliente querendo algo aqui em Londres, então entregue isso a ele: - Mostrou um pacote para mim, entregando em minha mão - Entregue o mais rápido possível, ele disse que necessita disso até às 14:30. Como já são quase 11:30, se arrume logo, e ande em direção ao centro de Amsterdã, porque fica por lá.

- Hum... Ok, yawn - Bocejei - Tentarei ser o mais célere que eu puder. - Andei até o banheiro, já escovando os dentes, lavando o rosto, penteando o cabelo, e pegando uma ótima roupa, sendo também uma camisa florida social, para combinar com o fato de estarmos na Holanda - Ih lá vamos nós...

- Elliot! - Disse Anala, na cozinha - Você precisa comer!

- Estou com pressa, então vou comer outra hora.

- Negativo! Acordasse tarde, e ainda tem que ir trabalhar. Por isso, deixe que eu faça comida para você, assim poderá ficar ótimo para o serviço!

- Ela tem razão, por isso, mesmo com a pressa, coma bem, Elliot - Respondeu Wladimir.

- Por que você não deixou para eu fazer esse trampo? - Perguntou Serguei, que já havia se alimentado, arrumado, e estava sóbrio.

- Porque... - Se aproximou dele, cochichando algo em seu ouvi - Entendeu?

- Que horror!

- Eu sei, mas entenda, vai ser bom para ele.

"O que esse velho arrombado quer de mim?".

Enquanto Anala cozinhava, o tempo passava, passava e passava, e quando vi, já era meio dia. Mesmo assim, o cheiro da comida me prendia muito, e só me deixava com mais fome.

- Aqui! Desculpa pela demora, mas preparei um belo prato de carne de carneiro, além de arroz frito, e fiz um suco de maracujá para você. Espero que goste!

- Vielen Dank, vou finalmente experimentar mais uma de suas comidas. Agradeço muito - Comecei a cortar com o garfo e a faca, e enquanto comia, continuava a pensar.

"A cara do velhote só está deixando tudo isso ainda mais suspeito... Cara, será que até a Anala está contribuindo para esse merda? Porque o quanto que ela demorou, não tem sentido. De qualquer forma, comerei normalmente, não é certo comer rápido".

Ao terminar, já eram umas 12:25, então ainda dava tempo.

Andei até a porta, e saí, começando a respirar um ar muito melhor. Não estava mais tão frio quanto ontem, e eu conseguia ver os pássaros cantando e as flores desabrochando.

Quando andei sobre a rua que ficava na frente da nossa casa. Assim como ontem à noite, estava muito movimentada, e eu até passei pela ponte de aço, olhei o lago que estava muito bonito, e fui pegar um barco, idêntico ao que peguei com Anala ontem.

Despretensiosamente saí pela porta, e olhei o mapa que Wladimir me deu. Esse tal moinho ficava bem no centro na cidade, então eu fui indo até lá. Era relativamente perto, e o meu relógio dizia que era só 12:50. A viagem de barco realmente demora bastante, junto do fato de que eu demoro para me arrumar, e comer.

Pude ver um lago por lá, e vi que estava perto. As ondas se mexiam de modo muito relaxante, além de que eu pude ver peixes, vários pescadores, e dentre outras pessoas na região. Saltei para não demorar muito, e andei até a casa do cliente.

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