VI Esta mensagem é para o meu filho

183 42 33
                                    

— Esta mensagem é para o meu filho.

— Erh... Você veio até mim... Por isso???

— Óbvio, por que não viria? Eu recebi só agora, então não esquente aí, pois temos muito à trabalhar.

— Tudo bem então... Mas onde vai ser?

— Na base subterrânea, ora.

— Isto eu entendi, mas onde é???

— Isso eu já não sei, só sei que fica no mesmo bairro do palácio real, xaxaxa.

— ... Mein Gott, ok, vamos lá.

Quando Wladimir virou o carro, ele se assustou, porque atrás de nós estava uma pilha de cadáveres mortos, que ele mesmo havia atropelado.

— QUÊ? O QUE FOI ISSO?

— Você enquanto estava dirigindo até mim, nem ao menos percebeu que atropelou pessoas?

Ignoramos isso, e voltamos ao nosso foco, que era a estrada. A rua estava deserta, e como o sol estava se pondo, necessitávamos aproveitar bem o escuro, porque era bem provável que seríamos atacados. Sentados nos bancos da frente, nós conversávamos animados e descontraidamente. Até que eu notei algo no retrovisor, uma pessoa vindo em nossa direção, vestida totalmente de preto, com chapéu, casaco, e etc.

Porém o velho Wladimir colocou outro cigarro em sua boca — Deve ter câncer — E pisou fundo no acelerador, para não sermos pego. Ele fazia curvas bruscas, e era visível seu esforço para despistarmos o Jack. Só que isso não adiantou tanto quanto queríamos, e logo ficou tudo escuro, e os passos dele ainda eram ouvidos por nós.

— O que há nesta mensagem que faz-la tão importante? — Perguntei — Porque não parece que está dando certo, então me conte o que é preciso fazer?

— É que... Ela serve para localizar o Alan, de como nos encontrar. Precisamos reunir todos do grupo, e o Alan, como líder, é o que mais precisa saber da base, não só aqui em Londres, como em toda a Europa.

Só que o perseguidor estava determinado, e não desistiu facilmente. Ele continuou perseguindo o carro, e o velhote suava frio enquanto dirigia, porque quanto mais escuro ficava, mais rápido Jack corria. Com isso Wladimir aumentou a velocidade, praticamente deixando marcas na estrada, e estávamos até passando do limite de velocidade — Provavelmente receberíamos multa.

— O que você pretende fazer neste momento?

— Por ora, vamos fazer um telefonema, aqui em Londres obviamente tem várias cabines, então vamos em uma dessas.

— Para quem vamos ligar?

— Para o Alan, assim ele poderá saber da mensagem.

— Ué, mas não iríamos mandá-la???

— Sim, e nós vamos ainda, mas ele precisa saber do nosso plano, e ir até São Petersburgo, porque é para lá que mandaremos.

— Mas não seria para Moscou?

— Até que sim. No entanto, as encomendas de Moscou estão sendo muito vigiadas pelo governo, então é possível que bisbilhotem o pacote, principalmente sabendo que é da minha empresa.

À nossa frente estava — convenientemente — uma cabine telefônica. Desesperado, Wladimir entrou nela, estando tremendo enquanto apertava as teclas. Quando ele atendeu, parecia que tudo a volta ficou bem mais frio, e não sentíamos mais a presença do serial killer.

— Huh? Privet? (Olá?) — Atendeu Alan.

— FILHO!

— Ah, é você pai...

Ultimate Dimensions (Cancelado)Onde histórias criam vida. Descubra agora