XXXIII Ensinarei a Scarlet a dançar.

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— Ensinarei a Scarlet a dançar.

— Ah, sim... Bem, irei comer sua sobremesa. Muito obrigado por isso, Anala!

— De nada! — Fechou os olhos, dando um sorriso muito grande com os dente.

Me sentei para comer na mesa, mas antes me servi num pires, pegando a colher para apreciar o belíssimo pudim. Ao colocar em minha boca, eu pude sentir o doce sabor do esforço dela para fazer algo delicioso para mim, igual como era todos os dias.

— Huuuuuum... Isso está muito bom! — Cortei mais um pedaço, colocando na boca, e mastigando — Quanto mais eu como, mais eu sinto esse sabor maravilhoso! A textura é totalmente macia e cremosa, e passar a língua nisso é algo fascinante. O sabor da calda está ótimo, contrastando com o do próprio pudim, além de estar no ponto certo de doce! Não é nada seco, então deixa melhor ainda para comer. Nossa senhora, eu invejo a família dela, com todas as minhas forças!!!

— Xaxaxa, a sua namorada realmente se importa muito com você, e até soube como fazer o pudim perfeito para seu paladar.

— Não tem graça, Wladimir!

— Tem sim, porque é muito fofo como ela se preocupa com o amado dela.

— Ela não é minha namorada! Não é porque tivemos um encontro, que isso faria de nós amantes! Por sinal, se lembra que no começo da história eu tive outro encontro?

— Sim, eu lembro, e lembro bem de você sendo tarado.

— Então, essa mesma mulher, foi a mulher que me deu uma surra tempos depois! Por isso mesmo eu e a Anala não somos namorados!

— Sei sei, nem parece que você quer muito dar uns amassos nela, não é?

— Isso sim, não só nela, como na mãe da Scarlet. Entretanto, eu só devo escolher uma...

— Não era você quem queria pegar as duas?

— Era, mas eu devo olhar por um lado mais racional... E... Não faço ideia.

— Sinceramente, Elliot, é muito melhor você escolher a Anala, porque essa promessa que fez com a Scarlet nunca daria certo. Você sabe muito bem disso.

— Sim, sei, mas não é só uma promessa, têm muito mais coisa nisso... Inclusive, como foi seu primeiro casamento?

— A palavra que melhor define é "conturbado". Eu e ela brigávamos muito, e no fim tudo deu errado entre nós.

— Entendo... — Corte outro pedaço, colocando na boca — Enfim, vou voltar a apreciar a sobremesa feita pela minha amada...

— Xaxaxa, admite que é a "sua amada". Que fofo vindo de você. Por sinal, posso comer um pedaço?

— Pode.

— Eu também quero! — Disse o viado cotoco — Eu ajudei ela a preparar, então eu tenho o direito de comer também!

— Como ajudou sem ter braço? — Perguntei.

— Eu falei os ingredientes, imbecil.

— Hum, foda-se, coma também, todos merecemos isso.

Eu, o velhote e o viado cotoco nos sentamos para apreciar o belíssimo doce feito pela minha garota. Enquanto isso acontecia, ela ia até a garagem para ensinar a minha filhinha a dançar. Ambas estavam vestindo roupas Indianas, mas só as que cobriam suas partes íntimas. 

Na garagem, elas tiraram o carro, e a Indiana pôs um tapete para ambas praticarem, também um rádio para ter música. Não só isso, como também colocou na parede um pano Indiano com uma pintura de Shiva Nataraja azul nele, fazendo a pose clássica com as pernas cruzadas, os olhos fechados, e apenas uma de suas quatro mãos abertas, junto um símbolo de tridente, e vários símbolos de "Om" nas bordas — O símbolo do Hinduísmo.

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