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Alice narrando...

Preguiça de manhã, me espreguiço, alongando o corpo, feito nossa gata - Sim agora tínhamos uma gata, a Pintosa.

Desço as escadas e passo ,descalça pela cozinha, lançando uma maçã pronta para uma mordida.

Crocante, e deliciosa , explode na minha boca como areia doce!

Paro na beira da piscina e o dia tá foda de lindo!Passo o pé pela água, mordiscando minha maçã; fecho os olhos, pra encarar o sol... Eu estava tendo um momento de paz e isso não era muito comum! rodo pelo quintal, matando a saudade de cada árvore, cada plantinha ... vejo uma flor amarela linda em um dos vasos enormes e coloco atrás da orelha.
Me sinto vestida de sol!

_Bom Dia, cria!

Olho pra trás e vejo o Pablo entrando com mais dois amigos, carregando sacos de carvão; logo atrás o Guto, um cara que as vezes fazia churrascos do meu irmão.

_Pablo, caraca! - Dei dois pulinhos , jogando o cabelo para chegar até ele; era realmente maneiro ver ele depois de um tempo!

_ Que isso, tá malhando? Quase arrancou meu pescoço, cara! - Brinquei, apertando o braço definido dele.
Ele devolve o sorriso, dando uma conferida em mim, assim como dei nele.

É...até que ele estava muito bem, com umas tatuagens, cabelo curtinho... Parecida ter crescido!

Eles deixam os sacos de carvão e logo Pablo aproveita pra me apresentar os moleques que estavam com ele, Mateus e Yan.

_Tua mãe pediu pra gente ajudar ele a descarregar, aguenta aí que já chego pra gente trocar uma idéia, já é?

Sorri e fiz que sim com a cabeça.

Então era isso...minha mãe saiu cedinho pra resolver a questão do brechó e engatou um churrasco, chamando o Pablo de primeira.

Balancei a cabeça, ela queria mesmo manipular as coisas!

Subi pra colocar um biquíni amarelo novo, que trouxe do méxico e aproveitar o máximo o dia de hoje.

Quando desci, o Pablo que estava tomando banho no chuveirão, me olhou com água caindo no rosto, seguiu o caminho que fiz, até a mesa para colocar o celular e um kimono florido que tinha trazido pra usar depois.

Eu sorria, porque me sentia segura...incrível como estava me sentindo bem!

Os amigos dele me olhavam discretamente, talvez soubessem do interesse dele por mim...Afinal , como disse o Ramon uma vez, muitas pessoas me conhecem sem eu nem fazer idéia de quem são!

Ramon.. uma nuvem passou pelo sol, trazendo sombra ao meu humor!

_As meninas já estão vindo também...tua mãe pediu pra eu avisar! Você mudou de número, né? - Pablo vem caminhando até onde eu estava , sacudindo gotículas deágua do cabelo.

_Aham..você sabe...o luto pelo meu irmão e tal...tinhamos que tirar um tempo só nosso... - Disse, encostada na mesa, e ele na minha frente, molhado, com cara de homem, o que era novo ...ou eu que nunca percebi?

_Eu sinto muito Alice... perder um irmão assim...foda! - Ele balançou a cabeça, olhando pra baixo e segurou minha mão, acariciando.

De repente a cena de ontem a noite com Ramon no meu quarto me veio a lembrança e eu puxei a mão no mesmo reflexo, como se um flash fotográfico tivesse me cegado, me alertado, me lembrado.

Ele me olhou, confuso!
Eu me toquei na hora que tinha sido grosseira e sem pensar muito, envolvi o pescoço dele e dei um abraço.
As mãos dele, praticamente cobriam minhas costas de tão grandes.

O NOVO DONOOnde histórias criam vida. Descubra agora