Capítulo 12

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Para ir fazer o exame de DNA eu precisei pedir para chegar mais tarde ao trabalho com a desculpa de que faria alguns exames de rotina

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Para ir fazer o exame de DNA eu precisei pedir para chegar mais tarde ao trabalho com a desculpa de que faria alguns exames de rotina. Ninguém na editora sabia que eu estava grávida e por enquanto eu preferia que continuasse assim.

Depois que conversei com Nicolas consegui marcar o exame no final da semana e lhe mandei uma mensagem com o horário e endereço do laboratório. Ele foi extremamente gentil ao dizer que gostaria de pagar pelo exame - que não era barato - mas eu recusei e depois de ambos insistirmos chegamos ao consenso de que dividiríamos o valor.

Agora eu estava sentada em uma das muitas cadeiras dispostas pela recepção do laboratório esperando que me chamassem para fazer a coleta. Um leve cheiro de produto de limpeza do tipo usado para desinfetar ambientes pairava no ar. O ar condicionado deixava a sala branca praticamente gelada, um contraste ótimo com o calor infernal que fazia lá fora. Nicolas ainda não tinha chegado, então enquanto esperava peguei meu celular e comecei a ler um novo livro que eu ainda não tinha ideia do que faria para a capa.

Não sei quanto tempo se passou até eu perceber alguém se aproximar e se sentar ao meu lado. Quando levantei o olhar encontrei os olhos verdes de Nicolas me observando.

— Oi. Faz muito tempo que você tá esperando? — Ele perguntou baixo e eu neguei com a cabeça enquanto lhe respondia:

— Oi! Não. Cheguei há alguns minutos. — Respondi com um leve sorriso e bloqueei o celular deixando a leitura para depois.

— Eu estava pesquisando sobre os tipos de testes que existem para grávidas... — Nicolas começou a falar e o observei com atenção — e vi que depois de um deles a mulher precisa ficar até 24 horas de repouso. Qual você vai fazer?

Ele parecia realmente preocupado com minha resposta.

— Eu vou fazer uma coleta de sangue normal igual a você. Como eu já passei de dez semanas o DNA do bebê já pode ser encontrado no meu sangue. — Lhe expliquei conforme tinha visto nos diversos sites da internet onde também procurei saber mais sobre o assunto, e Nicolas pareceu aliviado.

— Ah sim.

Alguns minutos depois fomos chamados um de cada vez para fazermos a coleta do sangue. Eu não era o tipo de pessoa que tinha medo de agulhas ou não suportava ver sangue, até porque doava regularmente. Mas a sensação da agulha entrando na pele era desconfortável ao ponto de me fazer desviar o olhar. A coleta foi rápida e quando voltei à recepção, encontrei Nicolas conversando com uma das atendentes e me aproximei.

— Em quanto tempo sai o resultado? — O ouvi perguntar.

— No mínimo duas semanas. — A mulher respondeu tranquilamente.

— Tudo isso?! — Nicolas perguntou com os olhos arregalados e a atendente tentou conter uma risada.

— Infelizmente sim, porque no exame que vocês fizeram, por exemplo, o sangue dela vai ser analisado para separar os fragmentos do DNA do bebê — ela disse olhando pra mim — e só depois vai ser comparado com o seu.

De Repente AmoraOnde histórias criam vida. Descubra agora