Capítulo 16

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Primeiramente, a pessoa que iria morrer é o Daeron. Não estava tendo ideia pra desenvolver ele, então iria mata-lo envenenado. Mas pensei em algo então ele vai viver...😄

Nunca passou pela minha cabeça matar o Aemond gnt ksksk vou tentar dar um jeito naquele bocudo, confia 👍

Perdoem os erros como sempre e boa leitura! 


🔥🔥🔥🔥



O peso dos acontecimentos, das emoções fortes que sentiu finalmente cobram seu preço, o corpo de Aegon relaxou contra o de Jace e ele permitiu — mesmo que estivesse naquele chão meio pedregoso, meio florido Aegon nunca se sentiu mais confortável — que sua inconsciência fugisse para o mundo dos sonhos num descanso merecido, a última coisa que ouviu foi as batidas frenéticas do coração de Jacaerys e por algum motivo Aegon sentiu que esse se tornaria seu som favorito no mundo todo.

Jacaerys que ainda estava fazendo suaves carícias em Aegon e com rosto afundado nas madeixas loiras soltou um riso abafado ao sentir a respiração de Aegon se tornar mais rítmica e uniforme, o peso do outro completamente depositado em sob seu corpo. Ele sorria, mesmo quando as lágrimas voltaram a deslizar por seu rosto ele não parou de sorrir.

Ele conseguiu. Ele chegou a tempo. Aegon não queimou. Aegon estava vivo.

Vivo e protegido em seus braços.

Ouvindo a respiração suave e os murmúrios manhosos que Aegon soltava em meio ao sono Jacaerys permitiu que o restante de seu desespero saísse na forma de lágrimas. Ele realmente esperava que lágrimas não causassem ressecamento capilar se não Aegon o mataria quando acordasse. Mas não havia outra maneira, ele queria gritar, mas não iria acordar Aegon de jeito nenhum. Um desabafo silencioso teria que ser suficiente por hora.

Lucerys deixou seus joelhos cederem e caiu de joelhos no chão em completo alívio ao ouvir a risada estrangulada. Estavam afastados então não ouviram grande parte da conversa, mas parece que deu tudo certo no fim. Ele olhou para cima e observou bem a cara inchada de Aemond pelos socos de Jace e como a safira azul estava rachada bem no meio e gotículas de sangue escorriam pelo globo ocular. Pareciam lágrimas. Lágrimas sangrentas.

Quando Aegon gritou Lucerys viu nitidamente todo o corpo de Aemond tremer. Ele deu dois passos à frente, mas parou e entreabriu a boca totalmente chocado e perdido. O a mão dele se fechou em punho e as veias estavam completamente saltadas pelo esforço. Aquela não era reação de uma pessoa cruel. Não havia satisfação. Não havia alegria. Era horror. A expressão de Aemond demonstrava horror puro.

― Palavras matam! ― Lucerys ouviu seu pai dizer. Ele desviou a atenção para Daemon e viu que ele encarava Aemond com raiva pura. ― Palavras matam, caralho!

― Daemon... ― Rhaenyra sussurrou ainda trêmula. ― Acalme-se!

― Não! Você não sabe o quanto estou me segurando para não arrastar a cara desse moleque no chão. ― Daemon disse irritado. ― Suas palavras quase causaram um desastre!

― Você sabe como Aegon chegou... talvez... ― Rhaenyra não terminou de dizer e deixou a pergunta no ar. Mas Daemon negou, irredutível.

― Ele pode ter passado pelo inferno na terra, mas nada nunca vai justificar ele ter dito aquelas palavras horríveis para o próprio irmão! ― Daemon olhava para Aemond como se ele fosse a escória. ― Você morava com ele em Kingsland. Você sabe o que ele passou lá. Os traumas e paranoias que ele desenvolveu em decorrência de todos os abusos. Mas mesmo sabendo, você disse o que disse.

Comforted Dragon • 𝙹𝙰𝙲𝙴𝙶𝙾𝙽Onde histórias criam vida. Descubra agora