Comforted Dragon • 𝙹𝙰𝙲𝙴𝙶𝙾𝙽

Capítulo 14

10k gnt perdão 😭

Terminei de escrever agora, perdoem os erros e boa leitura!

🔥🔥🔥🔥

Aemond odeia muitas coisas, mas sua irmã Helaena definitivamente não é uma delas.

Ele saiu do quarto forçando a situação com Lucerys para o fundo de sua mente, ele andou quatro passos até parar de frente para a porta que seu sobrinho disse que sua irmã estaria. Ele respirou profundamente e deu leves batidas em suas roupas — mesmo que elas não estivessem tão amassadas assim. A falta de seu tapa-olho causa um incômodo severo, mas por hora só vai ignorar.

Ele precisava ver Helaena e garantir que ela realmente estava bem.

Deu leves batidas na porta, mas a abriu antes de receber uma resposta. Entrou no quarto e sua primeira visão foi de Helaena sentada numa cadeira e ao seu lado — também sentada — estava Baela a encarando com uma expressão confusa.

— A égide enfim brilhará sobre o azul. — Helaena murmurou serenamente. Um sorriso mínimo se fazia presente em seus lábios.

— Deuses! Quem é égide que azul vai brilhar? — Baela perguntava, mas Helaena apenas continuava a murmurar o mesmo e sorrir. — Mulher, explica isso direito!

Aemond forçou uma tosse. Baela quase deu um pulo pelo susto e finalmente encarou Aemond.

— Vá assustar o estranho, seu infeliz! — Ela disse irritada, botou a mão no peito. — Como vai entrando assim no quarto de uma dama? Por que não bateu? E se estivéssemos peladas?

Aemond em resposta apenas arqueou a sobrancelha. Sua língua pressionou contra sua bochecha. Que mulher atrevida.

— Eu bati.

— Tem certeza? Com a falta de um olho seu senso de profundidade pode ser diferente. — Baela perguntou com um sorriso aparentemente inocente. — Você sentiu sua mão tocar a porta?

Aemond quase sentiu sua veia estourar de tanta raiva. Mas ele apenas respirou profundamente, buscando uma calma que ele não tinha. Ele olhou para a irmã e conseguiu relaxar um pouco ao ver que ela parecia bem.

— Quero conversar com minha irmã. — Ele falou somente.

— Pode falar, quem está te impedindo? — Baela retrucou se acomodando na cadeira.

— A sós. — Aemond emendou.

— Ah. — Ela exclamou. — Tudo bem, estávamos tendo uma ótima conversa, mas eu posso sair.

Baela se levantou e sorriu para Helaena numa despedida muda. Seu sorriso se fechou ao passar por Aemond.

— Se bater no Lucerys novamente eu arranco esse seu pau murcho, entendeu? — Ela disse com um sorriso na face.

Aemond nem se dignou a responder e apenas caminhou em direção a irmã se sentando no lugar que Baela estava antes. Ele só começou a falar quando escutou a porta ser aberta e fechada novamente. Enfim, a sós.

Ele olhou para a irmã que continuava com o olhar baixo murmurando baixinho. Ele pegou uma das mãos de Helaena com calma, a apertando suavemente para mostrar que estava ali. Helaena devolve o aperto.

Aemond sorriu triste ao se dar conta de que Helaena estava "presa". Acontecia quase sempre, ela parecia trancada em sua própria mente e apenas conseguia dizer murmúrios que para muitos parecia sem sentido. Mas depois de passar a prestar atenção, Aemond sabia que não era bem assim. Para ele que passava muito de seu tempo livre lendo, foi relativamente fácil descobrir que sua irmã era uma sonhadora. Para sua mãe e avô, Helaena não passava de uma louca esquisita, mas Aemond sabia o quão importante suas palavras são, mesmo que muitas vezes não entenda elas.