Capítulo 4

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Logo depois que saiu do aposento onde Aegon estava, Jacaerys foi em direção a sala de reuniões onde sua mãe e seu padrasto estavam enfurnados nos últimos quatro dias.

Ele entrou na sala e logo teve a visão de sua mãe sentada enquanto ouvia seu padrasto dialogar.

— A forma mais rápida e fácil é pegarmos Caraxes e Syrax e queimarmos os apoiadores daqueles malditos traidores, eles ficarão indefesos.

— Temos que conseguir aliados primeiro! — Jacaerys disse mostrando sua presença aos outros dois que o olharam com confusão. — Sim, seria mais simples se fizéssemos assim, mas a longo prazo não teríamos benefício nenhum. Temos que fortalecer o nosso lado. Primeiro, temos que nos informar da situação em Kingsland, ver a forma como eles estão ligando com o desaparecimento do Aegon. Para que eles não estranhem você deve continuar mandando cartas perguntando do seu pai, mãe. Logo em seguida devemos buscar apoio das outras casas, ver quem são amigos e alisado, mas de forma discreta e quando só aí poderemos atacar com tudo, eles não vão nem saber o que os atingiu. Dessa forma, evitaremos mortes desnecessárias. Não devemos desperdiçar a oportunidade que Aegon nos deu.

Rhaenyra olhou para Jacaerys com orgulho visível nos olhos. Já Daemon parecia emburrado por ter seus planos de invasão atrapalhados.

— Isso é um excelente plano meu filho. — Rhaenyra disse sorridente.

Ela olhou para o marido que mesmo com cara de desagrado assentiu perante as palavras do sobrinho.

— Não se preocupe tio, tenho certeza que umas batalhas serão inevitáveis. — Jacaerys disse e Rhaenyra riu assentindo.

A princesa se levantou e foi até o filho mais velho. Deu um beijo em sua testa e o abraçou apertado.

— Obrigada meu amor. — Rhaenyra sussurrou um agradecimento.

— Não precisa me agradecer mãe, tudo por você, sempre. — Jacaerys disse.

Eles se abraçaram por mais alguns segundos antes de Rhaenyra se afastar.

— Faremos como Jace disse meu marido. — Rhaenyra disse para Daemon que mesmo a contra gosto concordou e o príncipe rebelde logo se levantou e saiu da sala dizendo que iria fazer os preparativos necessários.

Eles observaram Daemon sair da sala a passos pesados e com os ombros tensos de irritação.

— O amor dele pela guerra só não é amor do que o amor que ele sente por você. — Jacaerys disse.

— Sim, ainda bem.

Jacaerys concordou.

Ainda bem.

— Aegon acordou. — Jacaerys disse.

— Sim, uma serva veio me informar mais cedo. — Rhaenyra respondeu calma. — Como ele está?

— Está bem, na medida do possível. — Jacaerys respirou profundamente. — Mãe, foi a rainha Alicent que envenenou a mente de Aegon contra você.

As mãos de Rhaenyra se apertaram em punhos. Sua cara se contorceu brevemente, mas ela respirou fundo.

— Eu já imaginava. — Ela disse melancólica.

— Aegon está machucado. Muito machucado mãe. Não sei que criação ele teve com Alicent, mas não foi bom. — Jacaerys disse pesaroso. — Os olhos dele mostram cansaço, mãe, ele passa a visão de uma pessoa que lutou inúmeras batalhas e perdeu a maioria delas.

— Eu...

— Quero cuidar dele mãe. — Jacaerys finalmente falou sobre seu desejo. Rhaenyra olhou para meio alarmada, antes de suavizar sua expressão. — Meus sentimentos não mudaram.

Comforted Dragon • 𝙹𝙰𝙲𝙴𝙶𝙾𝙽Onde histórias criam vida. Descubra agora