Sonhar é o combustível que move os sonhadores, mas para Pete, um modelo em ascensão, o seu maior sonho veio acompanhado do seu pior pesadelo. Traição.
Depois de sofrer mais uma decepção amorosa, ele resolve voltar à Tailândia e tentar recomeçar do z...
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Sabado...
— Ai Vegas! — reclamei quando senti o contato da bolsa térmica contra minha pele, recebendo um olhar doce e sorriso fofo como resposta. Por que ele tem que ser tão adorável?
— Relaxa baby.
Seu tom de voz associado ao seu tronco nu e a maneira como ele estava abaixado a minha frente, como se estivesse pronto para realizar meus desejos, não estava ajudando em nada minha sanidade. Ele havia me carregado da praia até a casa, me colocado com cuidado no sofá da sala e arrumado um travesseiro nas minhas costas e outro sob meu pé machucado, antes de ir até à cozinha e voltar com uma bolsa térmica. Não tem como não suspirar por Vegas Theerapanyakul.
Ele exibia um semblante, ao mesmo tempo, preocupado e gentil e só queria poder dizê-lo que não estava doendo tanto, mas seria uma grande mentira: porque doía como um inferno. Precisava urgentemente me concentrar em algo para esquecer o incomodo, só assim se tornaria suportável. Mas... minha mente agiu traiçoeiramente, me fazendo observar partes do seu corpo com mais atenção, sentindo meu sangue ferver em excitação.
Seu cabelo caindo sobre o rosto, enquanto sua respiração, ainda parcialmente desregulada, fazia seu peito subir e descer descompassadamente, me fazendo imaginá-lo sobre meu corpo, metendo fundo, enquanto sussurrava meu nome com afinco próximo ao meu ouvido, me fazendo arrepiar provavelmente gemendo o seu, despudoradamente, de volta. Ele estava sobre os joelhos na ponta do sofá e céus, como eu queria que ele tivesse...
— NÃO!
— Aconteceu alguma coisa? — seu tom saiu preocupado, seu rosto denunciava o susto que havia levado. Droga! Falei isso em voz alta? Droga! Droga! Mil vezes droga!
Tentei me recompor, observando Vegas me analisar por longos segundos, me fazendo desejar imensamente poder correr e me jogar num buraco e nunca mais sair, criar uma civilização nova, quem sabe. Merda! Não queria ficar imaginando esse tipo de coisa, mas sim, desejava muito que Vegas fizesse cada uma delas comigo. Travando uma luta interna, suspirei profundamente e me mexi minimamente tentando ignorar o fogo que corria pelas minhas veias e disse:
— Só... doeu. — e tô ficando com tesão, quis completar, mas não o fiz.
Que ódio! Por que tinha que dar ouvidos ao que os meninos disseram? Porsche sabia muito bem o que estava fazendo quando sugeriu aquilo, filho da...
— Você tem certeza que é só isso? — Vegas voltou a perguntar e apenas concordei com a cabeça incapaz de formular alguma frase com sentido. Como caralhos ia dizer estar imaginando como seria ele me fudendo?
Por pura precaução puxei o travesseiro, que estava ao lado do meu corpo, e coloquei sobre meu colo, não queria correr o risco de Vegas ver uma ereção crescendo no meio das minhas pernas enquanto cuidava sem malícia nenhuma do meu tornozelo. Que merda está acontecendo comigo? Por que estou tão sensível? Pete você não é assim, se controla.
