Sonhar é o combustível que move os sonhadores, mas para Pete, um modelo em ascensão, o seu maior sonho veio acompanhado do seu pior pesadelo. Traição.
Depois de sofrer mais uma decepção amorosa, ele resolve voltar à Tailândia e tentar recomeçar do z...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O que eu fiz de errado para o universo? O questionamento rondava minha mente enquanto tentava refrear a pior emoção que poderia estar sentindo naquele momento, irritação. Eu não costumo ser assim, alguém que se irrita com facilidade, no entanto ultimamente me sinto mentalmente exausto e muito provavelmente tudo o que tem acontecido nas últimas semanas tenha contribuído e muito para aflorar o que venho tentando atenuar a cada momento da minha vida. Minha indignação no entanto, residia em não consegui acreditar que o idiota ao qual se chocou comigo, simplesmente deu as costas e sumiu no meio de uma pequena multidão que tinha se formado me deixando para trás sem nem ao menos pedir desculpas.
— Droga! — esbravejei enquanto passava o papel toalha na enorme mancha de refrigerante no meio das minhas pernas que deixava a falsa impressão de que eu tinha incontinência urinária.
No momento do choque e depois do bastardo ter desaparecido, foi em meio a olhares curiosos e cochichos nada discretos que me esquivei furtivamente com a ajuda de Arm e Porsche até o banheiro mais próximo. Kinn e Pol seguiram, a pedido dos meninos, até a praça de alimentação para fazer o pedido das nossas refeições enquanto eu tentava — inutilmente — achar uma solução para aquele pequeno problema que estava roubando o restante da minha paciência. Em momentos que não consigo controlar, qualquer que seja a emoção, costumo me trancar no meu quarto ou sair vagando para qualquer lugar até tudo voltar ao normal, no entanto, estava me sentindo impossibilitado. Bem que o terraço que o Vegas me levou da outra vez seria útil nesse momento.
— Você devia ter deixado eu ir atrás daquele imbecil. — Porsche falou num tom irritado, provavelmente direcionado a Arm, não sei dizer exatamente, já que estava focado demais em minhas atividades, controlar a irritação e limpar a mancha.
— É sério gente, vocês não precisam ficar aqui até eu tentar amenizar isso. — tento pela terceira, quarta, sei lá qual vez a convencer os dois a seguir os namorados. — Eu encontro com vocês lá em alguns minutos. — concluiu os encarando e forçando um sorriso.
— Você não vai fugir? — Porsche perguntou estreitando os olhos. odeio que eles me conheçam tão bem.
— Prometo que não. — ergo o dedo mindinho na frente do corpo e tento passar total confiança mesmo que eu mesmo desconfiasse de mim.
Eles se entreolharam e parecendo chegar a um acordo silencioso e depois de dar leves batidas no meu ombro saíram porta afora.
Por sorte o banheiro estava vazio e quando entrava alguém demorava menos que um minuto e ia embora. Usei mais alguns papéis toalha, que só serviram pra deixar pequenos pedaços pelo caminho por onde eu me empenhava em os friccionar e depois de alguns poucos minutos, cansado pelo pouco resultado, deixei a tarefa de lado me virando para o espelho tentando arrumar alguns fios que insistiam em sair do lugar. Lavei as mãos decidido a ir até a praça de alimentação daquela forma, pelo menos estava menos visível, no entanto, quando virei meu corpo para a saída alguém entrou como um furacão no banheiro esbarrando em mim, quase levando meu ombro. Porra universo, nem um segundo de paz?
