Sonhar é o combustível que move os sonhadores, mas para Pete, um modelo em ascensão, o seu maior sonho veio acompanhado do seu pior pesadelo. Traição.
Depois de sofrer mais uma decepção amorosa, ele resolve voltar à Tailândia e tentar recomeçar do z...
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Meu corpo parecia mais leve e aquecido por conta do álcool ingerido, minha respiração compassada e de repente, foi como se todo o barulho da boate simplesmente desaparecesse, enquanto meus olhos permaneciam vidrados naquele homem que mais parecia um anjo esculpido. Era como se eu estivesse sob efeito hipnótico.
Como pode existir alguém tão bonito assim? Tudo bem, eu sou lindo, mas ele não é só bonito, é o próprio pecado encarnado de tão lindo. Será que ele sabe como chama atenção?
— Pete?
Volto aos meus sentidos quando sinto uma mão sobre meu ombro e me virando constato ser Pol. O som da boate volta a ecoar me atingindo como um tapa certeiro no rosto e sinto uma pontada fina na nuca. Eu realmente estava hipnotizado?
Pol se aproxima do meu ouvido para perguntar se estou bem e depois de receber uma resposta positiva, ele passa o braço por sobre meus ombros e me guia até o bar novamente. Espera, em que momento eu sair de perto do balcão? Merda.
— Você parece estressado agora. — Pol voltou a falar e sorriu como se me confortasse.
Dou uma última olhada na direção de onde ele estava, mas pra minha decepção não o vejo mais. Será que ele era realmente um anjo e eu estava apenas delirando? Se for assim, isso é um aviso para parar de beber.
— Como você está se sentindo? — Porsche pergunta depois de se posicionar ao meu lado apoiando os braços no balcão, enquanto observava o movimento da boate. Sua voz transbordava preocupação.
— Bêbado e alucinando, que tipo de ervas você coloca nessa bebida? — perguntei enquanto encarava o copo na minha mão.
— Você não parece tão bêbado. — Arm disse quase gritando.
— Por que não é você que está vendo anjos. — digo isso enquanto viro o líquido transparente de uma única vez na boca.
Escuto eles rindo, enquanto mencionam algo do qual eu não consegui processar, mas sei que era sobre meu estado. Um dos barman bate no ombro de Porsche e o chama num canto, enquanto Arm e Pol continuam um de cada lado me encarando. Estou tão péssimo assim? Devo estar.
— Vai começar. — Pol diz colocando seu copo sobre o balcão e se virando no sentido dos palcos. Franzo o cenho em dúvida. O quê que vai começar?
— Agora é o momento pelo qual todos estão esperando. — Arm fala próximo ao meu ouvido quando percebe que estou confuso — O Vegas consegue lotar essa boate até em dias da semana. — sua voz soa com empolgação.
— Vegas?
— Hurum, ele é tipo um dos melhores dançarinos da Átrios e um dos mais cobiçados também. — Arm completa segurando meus ombros e me virando no sentido do palco.
Puta merda, não era alucinação?
Nos minutos seguintes, fico petrificado olhando cada movimento feito por aquele homem. Nunca imaginei que esse tipo de dança fosse tão... sensual. Não sei qual o nome dos movimentos, mas cada ato de subir, escorregar, girar, feitos por ele era de uma forma tão graciosa e... flexível que não se torna difícil entender o porquê dele ser tão cobiçado como Arm falou.
