Sonhar é o combustível que move os sonhadores, mas para Pete, um modelo em ascensão, o seu maior sonho veio acompanhado do seu pior pesadelo. Traição.
Depois de sofrer mais uma decepção amorosa, ele resolve voltar à Tailândia e tentar recomeçar do z...
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Despertei animado, poderia dizer que a mudança de ambiente era a causadora dessa animação quase eufórica, mas não, definitivamente não. Pelo menos não completamente.
Era Vegas. Talvez a promessa que ele fez na madrugada de me levar para conhecer o local ou, o simples fato de me sentir bem ao seu lado. De qualquer forma, o maior motivo era ele, que por alguma razão causava um frenesi maluco dentro de mim ao ponto de ser assustador de tão bom.
Embora já passasse das sete da manhã, o sol parecia preguiçoso, se recusando a aquecer minha pele, que era constantemente acariciada pela brisa fresca. Sair para caminhar pela beira-mar foi uma opção incontestável quando não encontrei ninguém pela casa.
De início achei que Vegas ainda estivesse dormindo, mas... então, o avistei a alguns metros a minha frente, seu cabelo dançando com o vento, enquanto ele jogava algumas pedrinhas no mar e ria de algo que... Kinn?
Estreitei os olhos para me certificar que não estava vendo nenhum tipo de miragem, então, em um relance, Vegas se virou na minha direção e deu o que poderia chamar de: "o sorriso dos deuses". Ele se voltou para o primo e após falar algo se afastou lentamente caminhando na minha direção com aquele sorriso ainda preso em seus lábios. Definitivamente, ele fica mais bonito a cada segundo.
— Oi. — falou baixinho, me envolvendo pela cintura em um abraço carinhoso, deixando um beijo casto em minha bochecha. — Dormiu bem? — Sorri com seu ato, balançando a cabeça em concordância para a pergunta feita, meu coração mais acelerado do que um dia já esteve. Levei meus braços para se apoiar em seus ombros e sorri como resposta antes de me aproximar e beijar o canto de seus lábios.
— Oi. — respondi no mesmo tom. — Você dormiu bem? — devolvi a pergunta e ele assentiu com a cabeça. Olhando por cima de seus ombros, observei Kinn nos encarar com o cenho franzido, enquanto coçava a nuca visivelmente perdido. — O que... — comecei a perguntar, não queria ser intrometido, era um assunto de família, no entanto, precisava sanar minha curiosidade.
— Ele veio me pedir desculpas por ontem. — Vegas foi mais rápido em responder, virando minimamente na direção do primo, que começava a andar no sentido da casa, e sorrindo ao voltar a me encarar.
— Já é um começo. — comentei baixinho, me aconchegando um pouco mais no seu corpo, permitindo que o meu se aquecesse.
— É, é sim. — Vegas afirmou, balançando a cabeça em negativa e sorrindo anasalado. — Ele deve 'ta estranhando nós dois assim. — concluiu. Franzi o cenho em sua direção em completa dúvida. — Meio que ele acha que eu 'tava dando em cima do Porsche. — explicou, me deixando um bocado surpreso e ainda mais curioso.
— E por que ele acharia isso? — perguntei. Será que o Porsche é o tipo ideal do Vegas?
— Digamos... — começou, a voz arrastada enquanto uma de suas mãos acariciava em círculos minhas costas. — que eu tenha sondado ele. — continuou em um tom de voz travessa. O que ele queria dizer com isso?
