Sonhar é o combustível que move os sonhadores, mas para Pete, um modelo em ascensão, o seu maior sonho veio acompanhado do seu pior pesadelo. Traição.
Depois de sofrer mais uma decepção amorosa, ele resolve voltar à Tailândia e tentar recomeçar do z...
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Sábado...
— Qual é Vegas? Já é a quinta bola que você deixa passar. — reclamou Kim, seu tom era de irritação e se seu olhar matasse — sem dúvidas — Vegas teria morrido, mas tudo ficou ainda pior quando Khun gargalhou, o olhar feroz que o mais novo o lançou, poderia muito bem o incinerar.
Estávamos jogando a pouco mais de dez minutos e nosso time havia realizado muitos pontos considerando o tempo. Khun ria a cada bola nossa que tocava no chão do time adversário. Ele falava algo como que os Theerapanyakul eram bem treinados e bom, ele parecia certo. Kinn mal se mexia para rebater alguma bola lançada por Porsche. Aquilo poderia ser chamado de rebater?
Kim, que não parava de reclamar, fingia tentar recuperar as bolas que Tay lançava, mas sinceramente, Tay não era bom o bastante e o músico, mesmo errando propositalmente, mostrava ter uma boa dominância. É preciso ser muito bom para fingir ser tão ruim. O fato era que, os únicos que estavam dando a vida pelo jogo, eram Arm e Pol, que vez ou outra olhavam para mim e Porsche, fazendo suas típicas caras de perguntas óbvias, ao que nos restava responder com um encolher de ombros.
— Como se você também não tivesse deixado passar algumas bolas, não é Kim? — Vegas retrucou, balançando a cabeça em negativa quando o mais novo tentou, engenhosamente, se justificar.
— Você deveria tentar a carreira de ator Kim, se quiser posso ver algo. — Kinn, que estava um pouco mais distante, mencionou, as mãos descansando sobre a cintura.
— Ai, Kim, para com esse teatrinho barato, todo mundo aqui sabe que vocês não vão ganhar dos meninos. — falou Khun, apontado para eles com o indicador e gargalhando, o que fez uma expressão indignada surgir no rosto do Theerapanyakul mais novo.
— Você reclama demais Kim, vamos jogar. — sugeriu Tay, trocando um olhar cúmplice com Khun e depois com Vegas.
— E você chama isso de jogo? — Pol replicou, seu olhar tão indignado quanto o de Kim e Arm. — Se duvidar, a bola cai no nosso lado e ainda é ponto nosso. — completou.
— Pobre inocente. — lamentou Khun, enquanto se ajeitava na cadeira de praia e arrumava o enorme chapéu em sua cabeça. — Isso se chama fidelidade Theerapanyakul.
— Eu diria que é gadice. — refutou Tay, o som de uma gargalhada cortando todos os outros barulhos de protestos.
— Bom, não sei vocês, mas poderíamos dar uma pausa por agora? — sugeriu Porsche, talvez ele imaginasse que aquela conversa ia render uns bons minutos e talvez não estivesse errado.
— Por mim, perfeito. — concordei, em partes porque não queria ficar no meio da conversa deles, em outras por querer me hidratar.
Todos concordaram e Porsche, assim como Arm e Pol, me seguiram até um local mais afastado. Tay, Kim e Vegas indo na direção oposta e Kinn seguiu até o irmão mais velho, se sentando no chão ao lado de sua cadeira. O sol, que antes estava preguiçoso, ficou desperto e o suor já estava começando a me incomodar, no entanto, era a primeira vez que todos pareciam confortáveis uns com os outros e isso de certa forma era prazeroso e fazia a sensação pegajosa do meu corpo parecer algo mínimo.
