I

122 9 0
                                    

Olá! Bem vindos á minha primeira fanfic Larry, espero que gostem de "born to die", comentários são super bem vindos!

...

- Não preciso da porra de uma babá, meu pai está ficando caduco. Única explicação.

- Senhor Tomlinson, Mark não deixaria você fazer uma expedição suicida como essa sem ajuda.

- Aí que está o problema, Paul, bem aí! - estalei os dedos, mesmo que minha vontade fosse de arranca-los no dente de tanta raiva - Eu não preciso de ajuda. Nunca precisei. Nunca irei precisar.

- Senhor Toml-

Antes que Paul conseguisse terminar de falar, a porta de minha sala é aberta. E para minha agradável surpresa, era meu pai.

- Louis.

- Pai.

Mark olhou para Paul, e o mesmo entendeu o recado, saindo da sala sem encara-lo os olhos. Típico Mark Tomlinson.

- vejo que já está sabendo da minha decisão.

- eu sei de tudo que ocorre nessa casa "papai" - sorri o mais cínico possível, me sentando em minha cadeira e pondo os pés na mesa. Meu pai encarou o gesto com reprovação, mas eu estava pouco me fodendo para aquilo. - na verdade, a única coisa que eu não sei ,é o que se passa pela sua cabeça, a ponto de ter uma ideia tão- com todo o respeito, ridícula.

Mark riu negando com a cabeça, se aproximando e empurrando minha perna para fora da mesa.

- acho que está perdendo um pouco do filtro, e da noção, meu filho.

- e vejo que já está chegando no ápice da velhice. - sorri inteiramente, o que não durou muito, já que meu pai estendeu a mão e pressionou meu pescoço antes mesmo que eu pudesse reagir.

nos encaramos nos olhos pelo que mais parecia uma eternidade, mas eu não desviaria o olhar, mesmo sentindo sua mão se fechar em minha traqueia. Eu conseguiria empurra-lo com facilidade, mas queria ver até onde isso iria.

- continua desatento demais. - tirou sua mão de meu pescoço e eu busquei o ar com força. - e ainda quer que eu o deixe por conta própria? - soltou uma risada seca - o fato de você ser um suicida, não te faz conseguir encarar essa situação sozinho.

- eu? suicida, pai? - fiz um bico dramático com os lábios - acho que não. Apenas não tenho medo da morte. Consigo encarar qualquer coisa, e se um dia ela me alcançar, que seja. Não tenho nada a perder. - dei de ombros. - você deveria acreditar mais em mim. Sabe do meu potencial, treinei para isso minha vida inteira.

- não vim discutir esses assuntos com você. - se sentou na cadeira a minha frente, se inclinando daquela forma como se fosse o dono do mundo. Do mundo inteiro eu não sei, mas meu pai era dono de muitas coisas, realmente. - eu já tomei minha decisão, e não há nada que você fale que faça com que eu mude de ideia. Eu sou seu pai, mais que isso, sou seu patrão. - sorriu - se acha que o deixarei falar dessa forma comigo por mais tempo, e ainda negar minhas ordens, está muito enganado. Você ser meu filho não te torna impune.

por mais que uma veia quisesse estourar na minha testa, eu me contive. Afinal de contas, não adiantaria descurtir com meu pai.

- ai de mim. - levantei as mãos em ironia. Sei que deveria medir minhas palavras diante de um homem como meu pai, mas simplesmente não consiguia controlar minha língua. - quem é a babá que você contratou então, Mark?

- ele está na sala.

- o que? - desarmei por um instante. Eu nao esperava que o idiota já estivesse aqui, não tão cedo.

- venha. Vamos conhece-lo.

levantei a contra gosto e segui meu pai enquanto ajeitava meu terno.

a alguns meses atrás se discutia uma possível invasão ao "palácio" dos Malik, arqui inimigos mortais de meu pai, e de meu falecido avô. Consequentemente, meus também. A ideia era simples, invadir a casa, matar o máximo de pessoas possível, roubar todo o dinheiro e as relíquias que deveriam ser nossas. Oh, e ja ia me esquecendo, recuperar o cadáver de meu avô que está por lá servindo de troféu para os cretinos.

A história de ódio é de longa data, eu mesmo não tinha certeza absoluta de como começou, desde que nasci estávamos em guerra. Eu fui o primeiro a me voluntariar para ir a missão, afinal de contas, sou um Tomlinson, é meu dever derrubar os Malik. Meu pai pareceu pensativo mas concordou, até mais rápido do que eu esperava, o que não passou despercebido, e eu já tinha uma noção de que não seria apenas isso. Meu pai nunca me daria esse gosto.

mesmo que não admita, meu pai sempre teve um certo medo de que eu morresse depois que meu avô se foi. Eu sou o único que restou da linhagem dos Tomlinson. Caso eu morra, o legado acaba. Ainda mais se um Malik me matasse, seria humilhante demais. E então descobri que ele contratou algum sem noção para me acompanhar e "ajudar", mas eu sei que o serviço desse cara será apenas impedir minha morte. Eu sempre tive um estilo de pensemento muito radical, eu nao me importo de morrer fazendo o que quero. Sou ambicioso o bastante para dizer que, dessa forma, "morreria feliz".

- este é Harry Styles. Senhor Styles, meu filho. - meu pai apresentou de forma monótona.

quando chegamos a sala vi um corpo masculino virado de costas, cabelos cumpridos e uma postura reta. E então ele se virou para mim, com os olhos verdes secos e inexpressivos. E ele era mais alto do que eu? Por deus, meu pai realmente não se importava com a minha dignidade.

ele estendeu a mão, a qual eu apenas olhei. Ele fechou ainda mais a cara, e recolheu. Eu não esperava trocar muitas palavras com ele, ainda tinha esperanças de me livrar do sujeito.

- Louis Tomlinson. - falei encarando seus olhos intensamente, esperando intimida-lo.

- encantado. - resmungou cínico e eu não respondi. Boa conversa, poderíamos ter acabado ali.

- o senhor Styles é filho de um grande amigo da família. - disse Mark, colocando a mão no ombro do homem - teve um treinamento parecido com o seu, desde criança. Será muito útil, e poderão realizar a missão com maestria.

- eu mal posso esperar. - falei cruzando os braços. - ele vai ser meu guarda costas ou o que?

- estamos de igual para igual, Tomlinson. Também quero o sangue dos Malik.

ergui as sobrancelhas surpreendido. Talvez ele não fosse só uma babá gigante.

- será um prazer trabalhar com o senhor, Styles. - falei somente, pedindo licença ao meu pai e voltando para minha sala.

- Paul me traga meus analgésicos. - pedi percebendo a presença do homem que me seguia, já massageando aquele ponto em minha têmpora. - um copo de vodka também cairia bem.

Born to Die Onde histórias criam vida. Descubra agora