XXXV

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- o que está fazendo? - Harry me perguntou, enquanto eu mexia em meu computador.

- pesquisando.

- jura, sherlok? - revirou os olhos verdes. - não tinha percebido apenas pela aba gigante escrito "google", obrigado pela ajuda.

- hoje você está cheio de gracinhas, não? - reclamei mau humorado também. Harry era assim, e eu também. Não estávamos acostumados a ser melosos toda hora, mesmo sabendo que gostávamos um do outro. Pra caralho.

mas eu gostava dele assim, me deixava duro na maioria das vezes. E feliz, sempre.

- hum... - resmungou, se jogando na cama, do meu lado. - ainda não me respondeu.

- estou olhando algum lugar para ficar.

- ah.

- para nós ficarmos. - frizei, vendo um quase sorriso aparecer em seus lábios. Bom. - pelo menos até eu voltar para casa. Aí resolvemos essa coisa. Não pretendo ficar aqui por mais tempo, não me sinto a vontade. - suspirei.

- está estressado. - levantei as sobrancelhas, como um jura?até porque meu rosto denunciava toda a tensão que eu estava sentindo nos últimos dias, e eu sabia disso. - tire essa carranca, zangado. - se movimentou até a cabeceira, se sentando e abrindo as pernas. - vem cá.

peguei o computador e me aconcheguei no meio de suas pernas, seus braços enlaçaram minha cintura e seu queixo se apoiou na minha cabeça. Ridículo alto.

- se me comparar a um anão patético de contos de fadas novamente, será um homem capado.

- você ama meu pau demais pra me capar. - touché. - E não é a casa que está te deixando assim... - falou devagar, passando o nariz na minha nuca enquanto eu ainda olhava sério (mas levemente arrepiado, admito) para a tela brilhante.

- desde que meu pai morreu, eu sou o dono daquela merda toda. - resmunguei. Eu não gostava de desabafar, mas estava tentando, por ele. - e eu...nunca fui a pessoa mais responsável, Mark sempre jogava na minha cara que eu agia como um pirralho. mas na realidade, era tudo para chamar a atenção dele. - acabei rindo - Me revoltando como um adolescente e fazendo piadas com coisas sérias...eu gostava desse cara. - dei de ombros - mas agora ele tem que morrer, e eu não faço a mínima ideia de por onde começar, sinto que já estou atrasado. - deitei minha cabeça no peito atrás de mim, me deixando levar. - Mark tinha muitas questões mal resolvidas, era um cretino. E bom, agora sobrou tudo para mim.

- entendi. - disse ainda me abraçando por trás. - sabe que, tecnicamente, você não está sozinho né? - assenti.

- não pense nisso por agora, quando voltarmos para sua casa, iremos dar um jeito. Até lá, você pode decidir o que vai fazer, hum? - beijou minha cabeça, me fazendo fechar os olhos pelo carinho singelo - não precisa terminar o que ele começou. - disse exitando. - sei que quer honrar o nome da família, mas pode começar algo seu. É apenas uma ideia, de qualquer forma.

- você provavelmente está certo. Mas não vou conseguir relaxar tão cedo. - lamentei.

- eu sei que não, babe. - riu. - você é uma coisa ansiosa.

- uma coisa?

- uma coisinha, na verdade. Porque você é todo pequenininho.

- você sabe bem como broxar uma pessoa. - falei calmo voltando a minha pesquisa.

- eu acho isso bom. Gosto de te abraçar assim, você se encaixa certinho em mim. - beijou minha nuca.

- certo, pare de me provocar, estamos vivendo a base de sexo, se continuarmos assim, meu pau vai cair.

- isso sim é broxante. - dei de ombros.- oh! - aproximou o rosto do meu - essa casa é legal. - apontou para a tela.

- qual? essa? - franzi o cenho, clicando.

- sim. Não é tão longe, qual o preço? O dinheiro da nossa expedição acabou.

- eu sei. - assenti - Mark deixou o dinheiro para mim, esqueceu? Irei falar com um dos nossos advogados para mandar tudo para o meu nome.

- hum, você é um homem importante agora... - murmurrou no meu pescoço. Aquele merdinha.

- sempre fui um, Styles. - falei tentando me manter sério.

- méh. - abri minha boca indignado.

- as vezes eu me pergunto se você realmente simpatiza comigo.

- acredite, Tomlinson, você é a pessoa que eu mais gosto. - falou como se fosse nada demais, como se não tivesse feito meu coração bater igual uma bomba relógio, próxima a explodir. - e eu estou sentindo isso. - deu uma risada convencida.

- o que? - perguntei sentindo meu rosto esquentar.

- consigo sentir seu coração. Cara, você está tão apaixonado por mim. - ele falou risonho, mão apertando meu peitoral.

- cala a boca. - me apressei - e me larga!

- eu não. - disse decidido, prendendo os braços mais firmes ao meu redor - pare de fugir de mim e confessa que me ama.

eu sei que havia sido uma brincadeira, mas aquilo fez com que eu parasse de me remexer, completamente estático.
Harry deve ter percebido, pois notei a forma que seus braços tencionaram ao meu redor.

- ou que ama meu pau, ou minha bunda. Também vale. - amenizou o clima e eu ri de leve, o chamando de "idiota". Sempre a melhor saída.

após aquilo, eu olhei com mais calma o apartamento, e acabei por fechando o negocio durante a noite. Jantamos com Niall e Michael, o clima mais agradável do que o nosso primeiro jantar, definitivamente melhor. Tomei um banho quente e relaxante para tirar toda a tensão dos meus músculos e fui dormir finalmente.

por estar parado a maior parte do tempo durante minha recuperação, minha ansiedade e agitação (que não era pouca) estavam quase me comendo vivo, e meu humor oscilava com muita facilidade por conta disso. Eu mesmo não me aguentaria se estivesse convivendo comigo.

na hora que meu corpo entrou em contato com o colchão, eu suspirei, fechando meus olhos e me preparando para dormir. A última coisa que senti antes de adormecer, foi um braço forte enlaçando minha cintura, e um corpo grudando no meu por trás confortavelmente.

- boa noite, Styles.

Estamos na reta final da fanfic! O que estão achando?

beijos e até a próxima. ;)

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