XXIV

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- não acho que deveria continuar mandando relatórios a Paul. - Harry diz apoiando o punho na bochecha, ao meu lado que estava sentado nesse mesmo balcão, mexendo no meu celular.

- Paul ajudou a me criar, ele é de confiança. - garanti.

apesar de não podermos confiar nas pessoas cem por cento, Paul era um caso de noventa e oito porcento. Sempre cobriu minhas mentiras para meu pai, sempre esteve por perto para me tirar de emboscadas, e tudo bem, era bem pago para isso, mas sentia que não era apenas o trabalho.

- hm...mas é estranho, não? Digo, ele apenas some por dias, e depois volta sem informações novas, não é o trabalho dele ficar sempre vigilante? - revirei os olhos.

- tudo bem, Harold. Não mandarei, mas não porque não confio em Paul ou porque você está pedindo, um, confio em Paul, dois, você não sabe de nada e três, meio que ele realmente está sendo inútil nesse tempo mesmo.

Styles enrugou a testa e se aproximou mais um pouco, se pondo no meio das minhas pernas. Posso dizer que ele tem esse costume, assim como eu tenho o de me atirar em qualquer lugar para me sentar confortavelmente.

- não me chame de Harold. - falou em um tom calmo, massageando a pele da minha cintura por debaixo da minha camisa, me fazendo prender a respiração. O estranho era não parecer um momento ou um toque sexual.

- quer que eu o chame de que então? - sorri ladino - querido? - seus lábios se curvaram minimamente.

- Harry.

- uh, então essa é uma coisa entre nós agora? - me referi ao fato de as vezes usarmos nossos primeiros nomes para nos comunicar.

- talvez. - deu de ombros - eu não me importo mais. Temos intimidade o suficiente para isso.

- temos? - disse apenas para provoca-lo.

- sim, Louis. - suas mãos subiram perigosamente, ainda por baixo da minha camiseta - temos muita intimidade. - murmurrou quando seus polegares atiçaram meus mamilos de uma forma calorosa. Estremeci dos pés a cabeça e arfei fraco, apoiando as mãos na borda da bancada com força para equilibrar meu peso direito.

Styles pareceu se divertir me tendo como a porra de um boneco de pano, porque tirou minha camisa sem vergonha nenhuma, e eu tinha muito menos, já que levantei meus braços para facilitar sua tarefa.

- adoro essa tatuagem. - lambeu uma faixa longa em torno da minha tatuagem no peito. "It is what it is", honestamente, fiz em um momento fodido da minha vida, em que realmente não ligava, mas agora, ela parecia bonita, brilhando por conta da saliva de Styles e refletindo levemente a luz da cozinha.

seus lábios desceram mais um pouco até chegarem aos meus mamilos, e eu suspirei, ansiando por isso. Lambeu de forma completamente obscena, me olhando com os olhos repletos de falsa inocência enquanto circulava com a língua ao redor do meu bico já duro.

eu joguei a cabeça para trás, amando a sensação, e cravei meus dedos nos seus cachos na nuca, puxando e arranhando sua pele. Ele gemeu contra minha pele e eu revirei os olhos, porque o som foi malditamente maravilhoso.

ele massageava meu outro mamilo com os dedos, revezando entre lubrificar os dois, torcendo meu bico com a mão enquanto seus dentes puxavam suavemente o outro. Eu estava tão imerso naquele momento na cozinha, com a luz fraca e amarelada batendo entre nós, tendo o único som presente como os lábios de Harry me chupando e os gemidos que saíam da minha boca...tão fodidamente anestesiado por aquilo tudo, que quase não me dei conta de minhas palavras quando disse:

- me fode.

Harry gemeu rouco, abandonando meu mamilo para olhar nos meus olhos. O verde era quase uma fina linha em volta de sua pupila enorme. Eu deveria estar do mesmo jeito.

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