Acordei me sentindo bem pra caralho. E com a bunda doendo pra caralho tambem, mas bem, ossos do ofício não?Styles ainda não estava acordado, o que era estranho, já que ele sempre acordava antes de mim e preparava nosso café. Não que eu me importasse, mas talvez eu me importasse um pouco, porque fui conferir seu quarto.
as luzes estavam entrando pela janela, bem diferente do meu quarto. Eu preferia estar no escuro, era mais confortável. No entanto, Harry parecia bem enrolado em seus lençóis abraçando um travesseiro tranquilamente. Não sei bem o porque, mas resolvi me aproximar.
meio sem jeito, e com medo de acorda-lo, pisei com cuidado, até chegar na beirada de sua cama. Seus cabelos estavam bagunçados por todos os lados, uma parte do seu rosto completamente amassada no colchão enquanto apertava aquele travesseiro estupido. Me perguntei se aquele cabelo em seu rosto o incomodava. Me incomodaria. Por isso os tirei suavemente de seus olhos, deixando minha mão ali por mais tempo que o necessário, acontece que eram macios. Eu geralmente os apertava quando estávamos em momentos quentes, mas não tive tempo ou lucidez para admira-los, como agora.
eram brilhantes e bem cuidados, provavelmente cheiravam bem. Mas eu não chegaia ao ponto de me curvar para isso. Se ele acordasse comigo o cheirando, acho que me daria um tiro na cabeça. Afinal, eu ainda tenho uma certa dignidade. Mesmo que ela esteja se desmoronando a cada dia que passo com Styles. Não tenho medo de chorar de tristeza na sua frente, de ser cuidado quando estou aos farrapos, ou de implorar quando estou com tesao. Estranho, não?
mais estranho talvez, tenha sido o fato da cabeça desacordada de Styles se inclinar ao meu toque, suspirando com força, como se esperasse por aquilo. Passei o polegar pela sua tempora, vendo enquanto ele agarrava ainda mais o travesseiro. Eu não admitiria que meio que gostaria de ser aquele pedaço de pano estupido.
antes que a coisa ficasse mais confusa, eu retirei minha mão, sua respiração voltando ao normal e seus braços afrouxando. Ele só estava mais cansado que o normal. Tudo bem.
saí de seu quarto com cuidado e resolvi fazer duas xícaras de café, o mínimo que eu sabia fazer. Também era bom com chás, mas não sabia se Styles curtia. Então optei pelo que tinha certeza, que ele adorava café. Não era atoa que tomava três xícaras por dia, uma de manhã, uma durante a tarde enquanto trabalhava, e a última não muito tempo depois, quando o céu ficava laranja, indicando o começo da noite.
eu também não sabia o porque tinha notado essas coisas, mas era comum, certo? Afinal morávamos juntos. Eu só não estava acostumado a me precoupar com outra vida que não fosse a minha.
- você fez o café?
não percebi que estava sentado no sofá olhando para absolutamente nada a alguns muitos minutos. Olhei para cima vendo o rosto de Harry novamente, como seu não tivesse o especionado como um psicopata um tempo atrás. Seu rosto tinha uma marca de travesseiro, a parte que estava amassada.
- eu fiz. - falei - meu empregado não acordou no horário hoje.
- vá se foder. - revirou os olhos, mas ele não soava realmente bravo como soaria se voltássemos algumas semanas. Ele pegou a xícara que havia sido deixada para ele e olhou com uma sobrancelha erguida.
- não está tão ruim. - revirei os olhos - apenas bem frio. Você demorou para acordar. - voltei a comentar.
Styles deu um gole de olhos fechados, mas então saboreou e os abriu, relaxado.
- não está tão ruim mesmo. Só um pouco. - e se sentou ao meu lado no sofá, ligando a televisão e bebendo seu café. Mandei um dedo do meio para ele. - tive alguns sonhos ruins, dormi tarde.
- hm. - murmurrei. - sonhos de que tipo? - perguntei fingindo não estar muito interessado, apenas perguntas casuais e tudo mais.
- não sei explicar. - encolheu os ombros - era tudo escuro e eu sentia como se estivesse perdendo algo. Uma parte de mim. A sensação foi terrível. Mas eu mesmo não consegui entender direito.
assenti.
- talvez essa missão esteja mexendo com a gente. - falei - mas sabe, se tiver sonhos ruins pode ir pro meu quarto. - mordi minha boca na mesma hora.
- e fazer o que? - debochou, rindo - me esconder debaixo das suas cobertas?
eu não reclamaria.
- acho que se estivesse debaixo das minhas cobertas, a noite acabaria tomando outro rumo. - e ele balançou a cabeça em negação, mas sorria brevemente - quis dizer que sei lá, poderia fazer uma massagem, ou tomar um café... - comecei a murmurrar, não querendo dizer que na verdade, ele poderia se infiltrar na minha cama para se sentir seguro.
Styles suspirou e se movimentou no sofá até estar bem perto de mim. Seu nariz passou na minha bochecha e eu fechei os olhos, porque era bom e leve.
- ok.
assenti sem saber o que falar. E então ele me beijou. Nossas línguas já familiarizadas a esse ponto, se encontrando em uma dança bagunçada. Ele apertou meu cabelo, me puxando até que meu corpo estivesse em cima do seu, entre suas pernas.
segurei em suas coxas para mante-las erguidas enquanto me esfregava sinuosamente em sua virilha, já começando a ficar duro.
Harry suspirou, jogando a cabeça para trás, deixando aquele pescoço tentador a mostra, onde cravei meus dentes com vontade, ouvindo ele gemer baixo em meu ouvido. Eu já estava excitado, pronto para mais uma, mas a campainha tocou, tirando todo o tesao, deixando meu corpo inteiro em alerta. E pela forma que o de Styles enrijeceu, ele teve a mesma sensação.
em um combinado mudo, nos levantamos e eu fiz um sinal para ele pegar sua arma, enquanto eu mesmo pegava a minha em cima da cômoda. Caminhei lentamente até a porta e olhei no olho grego. Não tinha ninguém.
abri a porta de uma vez e apontei a arma engatilhada para o ar, verificando se não tinha ninguém nos corredores. Enquanto eu fazia isso, senti meu pé esbarrando em algo. Uma caixa.
seguindo minhas experiências, analisei a caixa e a levei para dentro. Se tivesse alguma bomba ali, teria que ser rápido em desembrulhar, para ter tempo para desativa-la. Eu era ótimo nessa tarefa.
- não tinha ninguém.
- eu vi. - Styles respondeu, pegando a caixa da minha mão e um canivete, abrindo de uma vez. Suas sobrancelhas enrugaram, e antes que eu perguntasse, ele já estava lendo. - é um gravador de som. Parece carregado.
peguei o aparelho, e conferi se tinha pilhas. Bom, pelo menos facilitaram nossa vida. Apertei o botão e fiquei em alerta quando a voz de Mark soou pela sala.
"Meu filho, creio que já está sabendo que existem
novas pessoas na jogada. O plano mudou, não posso dizer por gmail, é perigoso demais. Preciso que me encontre, nesse endereço (********) amanhã, o mais rápido possível. Não demore, cada minuto é crucial."- o que pode ter acontecido? - perguntei.
- não faço ideia. - murmurrou - vamos pela tarde.
- ele chamou apenas por mim, Harry. - disse, esperando que ele não levasse a mal.
- estamos juntos nessa, Tomlinson. Nem pense em me dispensar agora. Estou envolvido demais. Na missão. - completou.
- e se for perigoso? - me ouvi dizendo mesmo assim.
- porra, Louis. Olhe pra mim. - abriu os braços - sou tão treinado quanto você, não me subestime. - falou sério.
- jesus! ok! - levantei as mãos em rendição - estaremos lá por volta das cinco.