XXIX

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foram três dias.

três dias contados que Harry, Michael e Niall procuravam por informações de Louis. As câmeras perto do galpão haviam sido modificadas, e Michael estava tentando dar um jeito na programação, mas como o esperado, esse processo demorava.

Horran convidou Styles para passar os próximos dias em sua mansão, já que ele tinha segurança máxima, e poderia ser perigoso para Harry ficar sozinho, além de que segundo ele "ainda mais todo fodido que nem ele estava". E Styles aceitou, porque não tinha coisa pior do que entrar naquela casa e sentir o cheiro de Louis por todos os cantos, uma lembrança constante do que fizera.

do que perdera.

Michael conseguiu enfim as imagens das câmeras, e eles seguiram a van que saiu de lá, provavelmente tendo Louis dentro. Seguiram por todas as cemeras das ruas que iam passando, foi um processo longo, que deixou Michael completamente focado na tela de seus computadores.

Horran pediu alguns contatos para revistar o galpão onde Louis e Harry estiverem, para garantir que não tinha nenhuma pista, ou pior, que não tinham deixado o corpo de Tomlinson sem vida por lá.

enquanto esperavam, Harry tinha o rosto tampado pelas mãos e pernas inquietas, e mesmo não sendo religioso, pedia para quem estivesse o ouvindo, para que Louis estivesse vivo.

- está vazio. - Horran confirmou após terminar sua ligação, e Harry sotou a respiração que nem tinha percebido estar segurando. Era um alívio saber que ainda havia esperança.

- estão aqui. - Michael os chamou, mostrando no computadorr uma área grande, parecia abandonada e se localizava em uma região marginalizada, pelo que podiam ver nas imagens.

- onde é isso? - Styles perguntou.

- fica a quase mil quilômetros daqui.

- porra, isso são vinte horas de viagem. - Styles disse levando os cabelos para trás.

- se acalme, Harry. - Horran pediu, prevendo um surto a qualquer hora.

- me acalmar?! Me acalmar, porra?! O tempo está passando e conseguimos uma informação até agora! Uma! - levantou um dedo - Até chegarmos lá, tudo pode acontecer! - dizia em um tom alto, gesticulando com as mãos, as veias sobressaltando em seu pescoço - isso se já não tiver acontecido! Se já não tiverem matado ele e...e... - a voz foi abaixando de tom aos poucos. De repente, Harry se sentia envergonhado e vulnerável.

- Michael. - Horran pediu, e o irmão que encarava a cena assustado confirmou com a cabeça, se retirando a contra gosto.

Harry se apoiou na mesa, cabeça baixa enquanto respirava pesadamente.

- eu sabia que uma hora ou outra você explodiria. Não estou bravo, só para te tranquilizar. - tentou amenizar o clima, se apoiando na parede com os braços cruzados. Ele também estava preocupado com Louis, mas via que não chegava perto ao que Styles sentia, ele via que o homem não estava comendo direito desde que se mudara para sua casa, que andava quieto, e sempre parecia pensativo e ansioso.

- eu não posso deixar ele morrer, Niall. - se virou para o loiro com os olhos vermelhos transbordando lágrimas que ele não conseguia mais segurar. - eu nunca me perdoaria. - soluçou - não posso perde-lo antes de dizer que sinto muito, e-ele acha que foi tudo uma mentira, mas não foi. - negou com a cabeça - e talvez ele morra sem saber.

- ele não vai morrer, Harry. - Niall o segurou pelos ombros - tenha fé!

e Styles soltou uma risada amarga, balançando a cabeça.

- não sou digno de fé, Horran. Não sou digno de merda nenhuma.

- é digno de Louis. - fitou os olhos verdes que ainda estavam molhados - vocês se entendem, Harold. - caçoou - vamos acha-lo, mas você precisa estar pronto para isso. Foi bom ter deixado toda essa descarga emocional aparecer agora, porque precisaremos ficar concentrado durante vinte horas dentro de um carro ainda hoje.

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