Capítulo 4

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Atenção: esse capítulo pode conter alguns gatilhos!! Ao máximo tentei não colocar em questão o explícito, mas estejam avisados! Caso não gostarem de ler sobre violência doméstica, física e feminina.. NÃO LEIAM ESSE CAPÍTULO! Estão avisados, se continuarem agora é pela conta e risco de vocês, não digam que eu não avisei...

Bjs e uma ótima leitura à quem for ler!!
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— Não conheço Dourados. Acho melhor ficar por aqui mesmo. Não se preocupe, não lhe atrapalharei em nada. — assenti, pegando outra pasta e vendo algum outro caso que eu estava trabalhando antes desse.
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Eu não conseguia me concentrar no outro caso que estava trabalhando. Eu sempre fico assim quando tenho que lidar com um caso em que se envolve uma criança. Por esse motivo eu os evitava a todo custo. Olhei meu relógio no pulso e vi que ainda eram 10:06 da manhã. Ainda iria demorar para o horário do almoço. Recebi uma ligação de papai, e levantei-me indo até a área da janela, um pouco distante de Simone para conversar com ele.

— Oi papai. No que posso ajudar? — o atendi, falando como normalmente sem muito ânimo.

— Simone está com você?— assim que perguntou, ouvi barulhos de pratos se quebrando e uma gritaria ao fundo da ligação.

— Sim está. Estamos resolvendo algumas questões. — falei simples, e chamei-a com o dedo, logo ela se aproximou e passei meu celular para ela.

— Alô? — a voz calma em um oitavo a baixo dela fez meus pelinhos se eriçarem, e me afastei imediatamente de si — Ah, oi senhor Thronicke. Algum problema? — ela perguntou, e retirou a celular de seu ouvido, provavelmente quando ouviu o sons estéticos de minha irmã ao fundo da ligação —Sim, sim, claro, por favor passe para ela! — ela falou, enquanto passava sua mão livre pelos cabelos para ajeita-los.

O diálogo se estendeu por bastante tempo, até que finalmente, Simone conseguiu tranquilizar minha gêmea e logo após encerrar a ligação, devolveu-me o celular. Peguei o mesmo e guardei-o na bolsa. Olhei novamente o relógio 12:57 da tarde. Arregalei os olhos, pegando minha bolsa rapidamente e saindo de minha sala. Sendo seguida por Simone.

— Nem tinha reparado que o tempo passou tão rápido! — exclamei, chamando o elevador.

— Perdão pelo incômodo ao telefonema.— ela disse, eu sorri gentil para a mesma.

— Não há pelo que se desculpar. Estou acostumada com o temperamento de minha irmã. — ela riu, negando com a cabeça.

— Imagino. — sorriu para mim, um sorriso bonito e largo.

Suspirei balançando levemente minha cabeça, retirando esses pensamentos de minha mente. O elevador chegou ao nosso andar e descemos para o térreo novamente. Entramos em meu carro, e eu dirigi até um restaurante vegano que tinha ali por perto do prédio da empresa.

— Espero que você não se importe em comer em um restaurante vegano! — falei enquanto saíamos do carro.

— Vou levar como uma experiência nova em minha vida. — ela disse, enquanto estávamos caminhando até a recepção.

Nos sentamos em uma mesa mais reservada. Pedi os pedidos para mim e para Simone, já que ela não fazia ideia do que iria pedir. Assim que nossos pedidos chegaram, começamos a comer.

— Gostou? — perguntei a ela.

— Sim. Para falar a verdade, é bem melhor do que imaginei que seria. — sorri para ela, ao menos ela estava sendo gentil, já que não acho que estivesse mesmo gostando do sabor da comida.

Minha Querida Cunhada! - Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora