Capítulo 9

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Hi gays... sentiram minha falta???
Aproveitem o capítulo...
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Isso não pode estar acontecendo...
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P.O.V Soraya

Acordei ao anoitecer. Não sei quando fui parar em minha cama, mas aqui estava eu. Minha cabeça doía por conta da longa sessão de choro que tive naquela tarde. Meu corpo tremia de leve. E meu coração se apertava por lembrar das palavras de minha gêmea mais velha. Simplesmente eu não podia acreditar que ela jogou isso na minha cara. Me doía muito, muito mesmo.
Ouvi vozes alteradas vindo do corredor e abri a porta calmamente para não fazer barulho algum, dando de cara com minha cunhada e minha irmã brigando mais uma vez.

—Quer saber de uma coisa? Para mim já deu! — Simone disse irritada — Eu quero terminar. — minha irmã arregalou os olhos e tentou se aproximar dela e pegar suas mãos, mas ela se afastou.

— Meu amor, não por favor. Vamos conversar. — minha irmã já estava chorando, e Simone a encarava sem demonstrar sentimento algum.

— Mas eu quero! — seus olhos cravaram nos meus.

Acordei praticamente em um pulo, com a respiração pesada e o corpo tremendo. O que caralhos está acontecendo comigo? pensei comigo mesma. Então ouvi alguns sons vindos do corredor, mas decidi não dar muita importância, e por conta da dor de cabeça acabei me virando para dormir novamente.

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P.O.V Simone

Engoli seco. Não tinha como inventar uma desculpa para isso. Em menos de cinco dias que eu a conheci. E depois de três dias já estava tendo sonhos eróticos com ela. Minha cunhada. Eu olhava para Samira, que me encarava com raiva. Suspirei em rendição.

— Tive. Não vou negar isso. — não tinha para onde fugir— Mas foi só um sonho. — ela negou com a cabeça e riu sarcástica.

— Se isso acontecer novamente, será o fim desse namoro! — afirmei com a cabeça.

— Não irá se repetir. — falei, mas não tinha como eu prometer isso.

— Não te quero perto dela. Não respire no mesmo ambiente que ela. E em hipótese alguma vá novamente naquela biblioteca. Se eu não tenho permissão de ir para lá, não é você que irá ir. —ela falava, e como sempre em qualquer discussão, eu apenas concordei com seus termos.

—Certo. — falei, daria meus pulos para conseguir falar com Soraya sobre o processo de meu filho sem que Samira ficasse sabendo dessa aproximação — Podemos ir? Estou com fome. — ela concordou e descemos para fazer um lanche nessa tarde.

Quanta falta eu estava sentindo de ovos mexidos com bacon. Eu basicamente só estava comendo comidas veganas, ou no máximo um pão de queijo e pão francês. Não sei porquê, ou quando meu cérebro quis e tomou essa ideia de me alimentar igual a Soraya para que ela se sentisse bem comigo por perto. Mas assim eu estava fazendo desde que descobri que ela era vegana. Mas eu sentia tanta falta de uma carne, da textura, sabor, de tudo.
Nós duas comiamos em completo silêncio, até que os pais de Samira entraram no local com um casal de homens que aparentavam ter as mesmas idades que eles.

— Tio Marcos? Tio Vinícius? — ela se levantou sorrindo e correu para abraça-los apertado — Que saudades! — ela exclamou, enquanto era abraçada pelos dois que sorriam.

— Nós também pitiquinha! — o homem alto de cabelos grisalhos falou.

— Fazia anos que não te víamos! — o outro, um pouco menor e de cabelos ruivos falou dessa vez.

— Essa é minha namorada, Simone! — eu sorri sem mostrar os dentes para eles, pois ainda estava comendo.

— É um prazer te conhecer! — o grisalho falou — Meu nome é Marcos.

— E eu sou o Vinícius! — o ruivo falou sorrindo largo para mim —Eu te falei que ela era do vale! Inclusive onde está sua irmã? — minha namorada bufou revirando os olhos.

— Eu não sei. Eu toquei no assunto da Lorena sem querer e ela ficou de birra. — ela cruzou os braços voltando a se sentar.

— Acho que perder a filha para uma pneumonia severa ainda sendo recém nascida não seja “birra”! — Vinícius falou, aproximando-se e sentando ao seu lado.

— Fazem quase quatro anos! — ela exclamou como se a dor sumisse assim, do nada, e meu peito apertou-se.

— É um filho. A dor é eterna, Samira. — eu falei — O meu não está morto, mas não tenho contato com o mesmo, e isso já dói. Imagine para ela. — ela abaixou a cabeça, parecendo pensar sobre isso.

— Você tem filho? — ela perguntou, voltando a me encarar.

Meu Deus! De tudo que eu disse ela só prestou atenção nisso? —pensei, olhando-a incrédula — Não estamos falando disso! — ela revirou os olhos — Depois falamos disso. Mas agora o assunto é a insensibilidade que você teve com a sua irmã! — ela bufou mais uma vez.

— Eu já pedi desculpas para ela! — ela falou e fez um bico birrento, igual ela sempre fazia quando era contrariada.

— Onde ela está? — a mãe das gêmeas perguntou, era a primeira vez que ela falou desde que esse assunto começou, eu a respondi falando que ela estava no quarto — Por Deus, Samira! Por Deus! Como você pôde fazer isso, falar isso, com a sua irmã? — ela saiu dali, subindo para ver sua caçula.

Eu me senti um pouco melhor em ver que apesar de desde que cheguei aqui os pais delas tentam fazer com que ela se sinta bem em voltar para cá, nesse acontecido, a mãe delas preferiu dar uma bronca bem merecida em Samira. Segurei para não sorrir.

— Então era por isso que você estava conversando com minha irmã? — virei meu rosto para encara-la — Para ter a guarda do seu filho? — afirmei com a cabeça, e ela abaixou o olhar — Eu vou ir me desculpar com ela de verdade dessa vez! — ela se levantou e seguiu o mesmo caminho que sua mãe, para tentar falar com sua gêmea mais nova.

— Qual é a idade do seu filho? — o pai delas perguntou.

— Ele tem dois anos, ele vai fazer três daqui quatro meses. — o respondi, e ele não disse mais nada.

— Que tudooooo! Eu adoro crianças! — Vinícius disse.

— Talvez porque você divida o mesmo neurônio com elas. — Marcos disse entre risos, e apanhou do outro homem — Aí aí amor! É brincadeira.. — ele fez um beicinho, e logo o ruivo lhe deu um selinho.

— Que gays.. — falei e eles riram comigo.

— Qual nome dele? — o pai de Samira perguntou, novamente.

— Natiel. — respondi, logo sorrindo — Eu só o vi uma vez. Em seu nascimento. —meu peito pareceu diminuir mais ainda com a lembrança.

— Entendo. — ele saiu, sem falar mais nada.

Achei estranho ele me fazer essas perguntas. Mas não levei em consideração. Continuei conversando com o casal de tios das gêmeas. Eles pareciam ser bem legais, e eu estava me dando muito bem com eles.

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Foi isso por hoje, segunda eu volto com mais um capítulo pra o'cês minhas candatas totosas!!!

Minha Querida Cunhada! - Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora