Capítulo 11

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Me perdoem o atraso no capítulo! Ocorreram alguns incidentes e eu acabei me atrasando para finalizar..
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— Não tem mais volta. — disse para mim mesma, dando partida no carro e indo para o hotel.
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Hoje faz exatas duas semanas que terminei com Samira. Eu continuava hospedada no hotel indicado por minha ex sogra. Minhas reuniões com Soraya continuavam fluindo. Na maioria das vezes em seus horários de almoço, ou as vezes jantares.
Durante todo esse tempo tentei convencer Soraya a dar seu preço pelo trabalho que estava fazendo comigo, mas ela sempre se negava. Falava que eu não precisava pagar e que estava fazendo isso porque queria que eu tivesse a chance de ter meu filho comigo novamente.
A cada reunião que acontecia, com mais esperança eu ficava. Soraya me avisou que logo logo terei a possibilidade de um pernoite. Quando ela me disse isso, meu coração só faltou pular pela boca. Eu poderia não ver, mas tenho certeza que meus olhos estavam brilhando com a notícia. O sorriso no rosto dela provava que eu estava indo para o caminho certo.
Nesse meio tempo Samira tentou entrar em contato comigo. Chega a ser até cem mensagens por dia. Me recusava a sequer entrar na conversa e ler suas mensagens. Das poucas vezes que visualizei pela barrinha de notificação, eram suplicas para voltarmos, muitas mesmo. Um aperto no meu peito sempre se fazia presente, eu odiava vê-la triste. Mas mesmo assim me manti forte em minha decisão.
Eu procurava evitar ir em lugares onde provavelmente a encontraria, basicamente comecei a somente sair para ter essas reuniões com Soraya, e com isso eu ficava mais tempo presa dentro daquele quarto de hotel do que qualquer outra coisa.
Agora eu estava mais uma vez esperando Soraya para mais uma reunião. Eu estava ansiosa, pois no telefonema ela disse ser algo bastante importante e que eu iria ficar feliz em ouvir.
Eu estava no mesmo restaurante onde almoçamos da primeira vez. Na mesma mesa. Escolhendo os mesmos pratos. Quando os pedidos chegaram, foi questão de minutos para Soraya chegar também. E ela estava linda. A loira não estava com uma saia e camisa social como de costume. Ela vestia um vestido vermelho que batia pouco acima do joelho. Uma fenda que mostrava um pouco do começo do vale dos seus seios. Um salto alto preto. E seus cabelos estavam presos em um perfeito e firme rabo de cavalo.
Soraya sentou-se a minha frente e eu senti que iria babar se tentasse falar algo. Ela está linda! Diga que ela está linda! — meu subconsciente falava comigo, e eu apenas a encarava tentando ignorar isso. Ela sorriu para mim, e eu sorri de volta com o sorriso mais idiota apaixonada que eu poderia ter.

— Você está bo-bonita! —pigarreei — Digo, você está muito bonita! — falei sem gaguejar.

— Obrigada. Esse terninho vinho caiu muito bem em você. Valoriza suas curvas. — ela disse e sorriu para mim — O vinho do terno com a camisa social branca criou um contraste perfeito. — eu senti minhas bochechas queimando.

O que diabos está aconteceu comigo? — perguntei a mim mesma em meus pensamentos. Desde que cheguei aqui Soraya tem mexido com minha cabeça. Comecei a sentir coisas que nunca senti em minha vida. Nem mesmo por Samira. Suspirei com meus pensamentos.
Voltei a olhar em seus olhos. Ela me olhava com uma intensidade incomum. Abri a boca algumas vezes para falar algo, porém não saia nada de minha boca. Nem um mísero som. Ela riu negando com a cabeça parecendo saber o que eu estava pensando.

— Eu sei que é incomum me ver com um vestido, mas não precisa disso tudo! — eu ri junto a ela.

— Eu só fiquei impressionada. — sorri para ela — Mas qual era o assunto que queria falar comigo? — ela mordeu o lábio inferior me olhando.

—Consegui que você pudesse ver seu filho amanhã a tarde. — um sorriso largo surgiu nos meus lábios — Mas não foi por isso que pedi para vir aqui. Te chamei para esse jantar por outra razão. — ela confessou meio envergonhada.

— Por qual motivo me chamou então? — agora eu estava realmente curiosa.

— Não sei, na verdade. É que sua companhia me faz bem de alguma forma. Senti saudades de conversar contigo. Faz o que? Dois dias que não nos vemos? — ela riu, e eu não me aguentei rindo junto a ela.

— Três na realidade. Você marcou exatas uma hora depois da última vez que nos vimos. — ela sorriu para mim.

— Parece que não foi somente eu que senti saudades! — brincou, e com certeza fiquei mais envergonhada com as bochechas mais coradas ainda.

— Nunca disse que não senti. — eu olhava séria para ela.

Nossa conversa foi interrompida pelo garçom, que chegou com o vinho.

— O vinho do casal. — dessa vez Soraya quem sentiu vergonha, suas bochechas pouco rosadas e um sorriso envergonhado contornando seus lábios.

— Não.. —eu a interrompi.

— Obrigada. Exatamente o que queríamos. — sorri para o rapaz.

— Sabemos disso. Vocês vem tanto aqui que já sabemos o que as senhoritas iram pedir. Irei dar-lhes mais privacidade. Com licença e bom apetite. — sorriu simpático, logo em seguida se retirando do local.

— Simpático ele né?— virei-me para ela, sendo o mais sonsa possível, ela apenas negou com a cabeça e começamos a comer.

O jantar estava sendo preenchido por algumas conversas e frases sem sentido algum. Uma hora estávamos falando sobre meu filho, e em outra sobre como uma achava a outra bonita. Talvez fosse o álcool se fazendo presente em nossos sangues. Também existiam olhares intensos que se sustentavam por bastante tempo, vindos de nós duas.
Após a sobremesa, eu insisti até conseguir convencer Soraya a me deixar pagar. Depois do pagamento, ela se ofereceu para me levar ao hotel. E como entre nós duas eu era a pior. Acabei aceitando.
Ela pegou as chaves do meu carro alegando vir busca-lo logo após deixar-me no hotel, e eu apenas assenti.
O trajeto até o hotel onde eu estava hospedada era um pouco mais do que vinte minutos. Que foi feito em completo silêncio. Bom, não tão completo assim, já que no rádio do carro tocava uma música baixinha de alguma cantora que nem sequer eu conheço. O clima perfeito para que eu a beijasse, caso fossemos um casal. Ri baixinho comigo mesma e ela virou o rosto rapidamente para mim, logo voltando sua atenção para rua a sua frente.
Quando chegamos na porta do lugar, lhe agradeci e dei um beijo no canto de sua boca. Olhei em seus olhos e sorri saindo do carro e entrando no hotel.

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Eu sei que vocês querem esse casal o mais rápido possível. Mas se acalmem piranhas de luxo... Em breve terão o que querem!!!

Minha Querida Cunhada! - Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora