De repente, casados! | Namjin

Capítulo 15

Seokjin virou-se e viu Namjoon. Com os cotovelos apoiados na grade que rodeava a varanda, o alfa observava o pátio lá embaixo.

— O quarto estava abafado — disse, depressa. — Vou deixá-lo...

— Não — pediu ele. — Fique.

Mesmo receoso, o ômega voltou a fechar a porta do próprio quarto. Aproximando-se da varanda, olhou para baixo e viu um casal que se beijava, enquanto cruzava as taças de champanhe. O trio tocava canções de amor.

Seokjin queria aquilo. Queria uma noite tranquila com Namjoon, em que pudessem fingir que se amavam e que o casamento deles não estava prestes a acabar. Ao menos por uma noite, queria sentir-se amado por ele.

Tomando coragem, começou.

— Estava pensando...

— Eu também — interrompeu o alfa. — Sobre aquela noite em Las Vegas. A noite do nosso casamento. Ou nossa manhã de casamento, não sei.

— O que estava pensando?

— Não lembro de muita coisa. É estranho... Lembro do resto da noite, do cassino. Até do casamento... vagamente.

— Acho... melhor entrar — gaguejou Seokjin, incapaz de manter o controle.

Devia contar a verdade! Nunca haviam consumado o casamento, e ele tinha o direito de saber. Mas Seokjin não queria admitir que o enganara.

Os sentimentos que Namjoon tinha por ele ainda eram frágeis, e uma mentira como aquela poderia destruí-los. Assim, nem a amizade do alfa teria mais.

Seokjin apressou-se a entrar no quarto, mas Namjoon o seguiu.

— Não acha estranho? — perguntou.

— Bebemos champanhe demais — disse. — E agora, estou mesmo cansado...

— Conte como foi.

— O quê? — balbuciou Seokjin.

— Um homem tem só uma noite de núpcias, e gostaria de saber o que aconteceu. — Ele se aproximou ainda mais.

— Que sem-vergonhice é essa? Não ficarei descrevendo isso...

— Eu o beijei?

— Por que está querendo saber disso agora? Vamos nos divorciar dentro de algumas horas.

— Justamente por isso, quero saber como foi. Não é justo que somente você lembre dessa noite.

— Já disse, não foi grande coisa. É melhor mesmo que não lembre.

— Duvido muito.

— Como? — perguntou, surpreso.

— Naquela noite, no hotel em Skull Creek, ficou óbvio que temos química. Como pode a nossa noite de núpcias ter sido tão ruim assim?

— Estávamos cansados e bêbados, apenas isso. — deu de ombros, fingindo indiferença, mas o alfa podia notar que ele estava nervoso.

— É, talvez... Mas me conte mesmo assim, quero saber como foi a nossa noite. Eu o beijei, certo?

— É claro — mentiu Seokjin. — Muitas vezes.

— E a primeira vez?

— Estávamos perto da cama — respondeu, desviando o olhar.

Ele agarrou-o pela cintura, puxando-o para perto da cama. O ômega tentou soltar-se, mas era tão bom sentir os braços dele à sua volta...

— Aqui? Ou do outro lado?