Big news, young writer

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Uma Maya Bishop apreensiva se encontrava naquela manhã gelada de dezembro. Faltando apenas dez dias para o natal, a jovem mulher mal conseguia dormir de tanta preocupação e nervosismo por ainda não saber muito bem o que fazer em relação ao livro que já estava terminado. O último capítulo já havia sido enviado à Miranda, que escreveu um texto, que podia ser comparado com o tamanho do mundo, parabenizando Bishop pela escrita e enredo impecáveis. A professora sentia muito orgulho dela e mesmo que sua vontade de contar sobre a editora que estava vendo as possibilidades de investir na obra, tinha que se controlar para fazer uma grande surpresa.

O livro já havia sido lido capítulo por capítulo pelos editores, porém, estavam relendo todos eles num conjunto para que pudessem analisar a história com mais clareza e fazer a grande decisão, que Miranda tinha total certeza que renderia uma boa notícia. 

Segurando um exemplar do livro nas mãos, que Maya havia mandado imprimir e encadernar em uma gráfica qualquer, Bishop passava a ponta dos dedos pela ondulação das folhas e sentia seu coração apertar ao pensar na possibilidade de aquilo não dar certo.

Vic, sua melhor amiga, já estava com um exemplar em casa e estava devorando o livro e dizia amar, deixando Maya mais confiante. Sua mãe se recusou a ler, disse que ainda não estava preparada para tal ato, diferente de Lane, que implorou para que Vic lesse rápido, porque deste jeito, poderia pegar o livro emprestado com ela o mais rápido possível.

Mas, de certa forma, Maya se sentia totalmente feliz e realizada por ter atingido sua primeira meta. A primeira de todas. A que com muito empenho, vigor e força de vontade, faria todos os seus grandes sonhos se realizarem.

- Sabe, essa relação de Petra com a Colleen é definitivamente a minha meta de vida. - Vic surgiu do nada no quarto de Maya, se juntando à amiga que estava sentada no banquinho na janela do quarto. 

- A relação fictícia ou real? - Deu espaço para a mulher sentar e perguntou um pouco cabisbaixa, mas portando um sorriso pequeno nos lábios. 

- Ah, para com isso. A real vai superar a fictícia. - Ela disse ao tirar o exemplar do livro da bolsa e colocá-lo sobre o colo da loira. - Eu terminei. Tá maravilhoso, Maya. Eu nunca fui muito fã de ler, mas o jeito que você escreveu tudo isso foi...perfeito. Eu nunca li algo tão bom em toda a minha vida.

- Obrigada, Vic. - Ela sorriu sinceramente e segurou as mãos da amiga. - Sabe...eu ainda não contei à Carina que eu terminei de escrever. E já faz um tempo que eu terminei. 

- E por que não contou?

- Porque eu estou esperando dar certo. Desde o dia que eu finalizei o último capítulo, venho contatando editoras por e-mail, mas não chega nenhuma resposta. Eu tô é ficando desanimada. 

- Você não pode desanimar, Maya Bishop! Olha pra mim. - Vic levantou o queixo da amiga, obrigando-a a olhar em seus olhos. - Ninguém disse que isso seria fácil. Você não pode desistir agora. Sempre correu atrás do que almejou! Por que isso agora?

- Insegurança, eu acho. Não sei me o meu livro está a altura de todos aqueles que encontramos nas livrarias. - Maya suspirou.

- Porra, você tá de brincadeira, Maya? Só porque alguns trabalhos têm mais reconhecimento que os outros, não significam que são melhores. E escuta, o seu livro realmente não vai agradar a todos, mas isso é porque essas pessoas não são o público-alvo do conteúdo. Ele vai agradar as pessoas no qual se identificam com ele. Por exemplo, esse livro nunca agradaria a minha mãe, que só lê sobre assassinatos, naufrágios, mortes trágicas... - Riu de nervoso. - Assim como esses que ela lê, não agradariam você. Para tudo há um público e o seu vai ser o melhor. Pode acreditar em mim, tudo bem? Para com essa insegurança e tenha na sua cabeça que você é sensacional!

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