Att pra vcs!!!
SEM REVISAR!!!
Camila pov
Após s/n afirmar para Selena que estava bem, a mesma voltou para dentro da empresa novamente. S/n e eu ficamos ali por um tempo com algumas trocas de carícias.
Ficamos no silêncio, nenhuma de nós falava algo, e o que Dinah me falou mais cedo me fez acreditar que eu não posso amar alguém só por amor carnal. Eu não sabia que ela tinha crises, não saberia lidar com esse acontecimento em uma outra ocasião.
— Camila. - Ouço ela me chamar. Estamos em minha casa, a convenci de vir para cá para que eu pudesse cuidar dela, a mesma resistiu, mais aceitou. Olho para ela indicando que estou a escutando e ela se aproxima de mim. - Eu... agradeço por se preocupar comigo a ponto de me colocar em sua casa.
— Eu faria isso e muito mais por você. - Respondo sincera. Abraço seu corpo sentindo seu calor. Sinto seus braços rodeando minha cintura, seu aperto causando um sentimento maravilhoso. Meu peito se aqueceu. - O que causou sua crise? - Seu corpo treme fazendo-me odiar a mim mesma por fazer essa pergunta tão desconfortável. - Se não se sentir confortável pra responder, eu...
— Não, eu... eu quero te dizer. - Encaro seus olhos. - Eu me sinto confortável, até mais que isso com você. Eu não entendo isso, mais é que... parece que seu eu não contar a você meus segredos eu vou me sentir entalada. Sinto que Irei morrer entalada com isso na garganta. - Sorrio minimamente. Ela me tem como alguém importante em sua vida. - Eu quero e preciso lhe contar meus segredos...
— Tudo bem. - A asseguro.
— Eu... vou começar do início... - Respira fundo. Nosso abraço não foi quebrado. - Minhas crises pioraram após a morte de uma pessoa que eu amo muito, minha mãe. Ela era a mulher da minha vida, ela quem me ajudava quando eu dava indícios de ter uma crise. Minha mãe sempre estava comigo, sempre estava ali, ao meu lado, me ajudando a passar por mais uma. Após a morte dela, eu não consegui aguentar, eu não consegui seguir em frente. Fui diagnosticada com depressão dias depois, quando meu pai se preocupou após minha tentativa de suicídio. - Meu corpo gela com sua fala. - Eu estava tomando banho, e me veio a lembrança de minha mãe, eu não consegui me segurar, chorei mares naquele banheiro, quebrei tudo o que estava a minha frente para tentar aliviar a sensação horrível que estava dentro de mim. Em uma das coisas que quebraram, o vaso sanitário deixou cacos espalhados por todo o banheiro, vi ali uma solução para meu sentimento, um fim para a dor que eu estava sentindo. Eu estava me sentindo traída, minha mãe disse que sempre estaria comigo, que nunca me deixaria. Eu vi naquele caco enorme e afiado a solução de todos os problemas. Cortei meus pulsos e depois o pescoço para que fosse mais rápido. - Sua voz começando a ficar embargada, suas lágrimas molhando seu rosto. Eu queria pegar toda essa dor dela para mim, só pra ela não sofrer mais. - Meu pai chegou a tempo de me salvar da morte, ele me pegou no colo e me levou as pressas para o hospital. Ele estava desesperado quando acordei após a cirurgia, ele estava em um estado crítico de preocupação. Eu fiquei mal quando vi sua feição. Ele me pediu perdão de joelhos por não prestar atenção em mim e perceber que eu estava a ponto de explodir. Pediu perdão por não ser um pai presente em minha vida, pediu perdão por não tentar me ajudar em uma de minhas crises, e pediu perdão por me renegar como filha. - Sua lágrimas agora já não caiam com tanta frequência, mais não deixou de molhar seu lindo rosto. Seus olhos estavam vermelhos. - Eu me senti traída após ver você e aquela mulher aos beijos em seu escritório. - Encaro seus olhos. Senti um aperto no peito após sua fala. Ela já sofreu tanto que me senti o pior ser humano no mundo por fazê-la se sentir traída e ser o motivo de sua crise. Minhas lágrimas começaram a cair. Um sentimento de culpa estava pesando em minha mente, eu quero a ajudar, quero cuidar dela, e saber que sua crise foi causada por uma atitude sem noção de uma pessoa que não sabe enfiar na cabeça que não é não.