Até que enfim, né!? KKK
NÃO REVISADO!!!
S/n Pov
— Amor, eu estou bem. Você precisa ir para casa e cuidar de Kath. Eu estou bem, não se preocupe tanto. - Camila não quer ir embora do hospital e me deixar sozinha, ela acha que vou passar mal e está preocupada.
— Amor, tem certeza? Eu não quero ir embora não. Quero ficar aqui com você. A Ortega está voltando da casa dos pais dela, ela já deve estar chegando para ficar com Katherine. - Olho em seus olhos ouvindo ela falar dando motivos e mais motivos para não ir embora. Ela precisa ir para casa, precisa descansar.
— Cami, amor, o enfermeiro Joaquim vai cuidar de mim. Ele está cuidando de mim como se fosse uma irmã mais velha. Não vou mentir, estou amando isso. Me conectei com ele de um jeito que... Nossa, nem sei explicar. - Olho para o rapaz que sorri, analisando a máquina que verifica meus batimentos. Ele se parece muito comigo, é como se ele fosse mesmo meu irmão.
— O Joaquim não tem só você de paciente, amor. Ele não vai estar aqui todo o momento para você. Está decidido, eu não vou embora. - Cruza os braços com uma pose decidida. Joaquim sorri achando graça de tudo. Ele tem mesmo um sorriso parecido com o de minha falecida mãe.
— Tudo bem, mas quando você for comer, eu quero que você vá em casa e veja como está a Katherine. - Balançou a cabeça confirmando e logo se deita ao meu lado na cama. Joaquim já terminou o que tinha que fazer no quarto e logo saiu.
— Eu não gosto muito dele. - A ouço após alguns minutos em silêncio. Seu corpo junto ao meu me faz relaxar, a presença dela aqui me deixa mais tranquila.
— Por que? Ele é um cara muito legal. Eu gostei dele mesmo. Eu sinto uma energia tão boa dele, é como se eu conhecesse ele a anos. - Escondo meu rosto em seu pescoço sentindo o sono me invadir.
— Acho que... Só não gosto dele. - Assenti, beijando seu pescoço. — Olha, ele me disse uma coisa, um nome, ou sobrenome, eu não sei. Mas, ele me perguntou se eu conhecia a mãe dele por esse nome.
— Por que ele perguntaria isso? - Seguro em sua mão fazendo carinho.
— Eu não sei. Acho que ele pensa que eu a conheci ou a conheço. Ele disse que ela está morta, mas que ele quer saber algumas coisas dela, quer conhecer a verdadeira mãe dele. Quem foi a verdadeira mãe dele.
— Qual o nome que ele falou? - Vejo ela hesitar em falar. Sua respiração ficou mais pesada e seu peito subia e descia mais rápido que o normal. Seus batimentos aceleraram. — Amor, está tudo bem?
— Sim, é que... S/n, você não vai falar com seu pai? - Muda completamente o assunto.
— Isso não precisa ser conversado. Por que mudou o assunto? Está te deixando desconfortável? - Me ergo saindo de seu colo. Seus olhos estavam fechados e se abriram após ela perceber que me levantei.
— Não, é que... É estranho falar disso. Não é alguém com quem eu me importo para ser um assunto entre nós duas. - Franzi o cenho. Bom, foi ela quem começou falando sobre isso. — Esquece isso. Agora, voltando ao seu pai... - Reviro os olhos me jogando na cama. — S/n, ele merece uma chance. Seu pai procurou por você, ele quer te reconquistar.
— Camila, eu já disse que...
— Cala a boca e me escuta. - Cruzei os braços e me encostei na cabeceira da cama. — Benjamin procurou por você, ele quer você de volta na vida dele. O que aconteceu no passado de vocês, é, literalmente, passado. Anos se passaram e você continua com esse rancor, com esse orgulho. Está agindo como uma adolescente rebelde. Depois de tudo o que aconteceu com a gente, tudo o que aconteceu e envolveu meu pai, meu próprio pai, me deixou pensativa sobre isso. Sobre você e seu pai. Eu daria tudo para que tudo o que aconteceu fosse apenas um pesadelo e que ele seria a pessoa que era a alguns anos atrás. Eu daria tudo para que fosse um pesadelo. Eu o amava tanto, tanto que... Eu já até fiz uma música para ele, sabe? First Man. Ele foi o primeiro homem da minha vida. - Chora apertando firmemente o tecido do cobertor. Seus dedos brancos por tamanha força. — Eu odeio ele. Isso é o que eu sinto agora, ódio. O odeio com todas as minhas forças. Eu desejo a morte dele, desejo que tudo de ruim aconteça com ele. Quero ele morto. Ele machucou pessoas que amo. Ele machucou você, amor. Se não fosse aquele desgraçado do meu pai, você não estaria aqui, você estaria em casa cuidando da Katherine. Lauren não estaria no hospital. Selena não estaria morta. Margot não estaria morta. Nem o Leroy teria sido o filho da puta que foi. Eu odeio tanto ele, S/n. Eu o mataria se tivesse a chance, o faria sofrer por machucar você, por tocar em Katherine. - A abracei. Forte. Seu corpo dava solavancos pelos fortes soluços. Sua lágrimas grossas e doídas. A abraço com força. Sua dor é a minha dor. Choro junto dela. Nunca a vi tão triste como agora. Nunca vi minha mulher chorar dessa forma, ela chora de raiva, de ódio, de rancor. — O seu pai não é um monstro. Ele fez besteiras, cometeu erros, mas ele não é um monstro. Seu pai merece uma chance com você. Ele precisa disso, amor. Não seja rancorosa com alguém que só quer te ter de volta na vida. Não seja esse tipo de pessoa, porque é assim que surge o sentimento de raiva. Não seja isso. Eu te amo, amor. Amo mais que tudo. Sei que se vocês conversarem com calma, se vocês conversarem de pai para filha isso vai mudar. Vocês vão se entender. Não seja orgulhosa, seja paciente e deixe ele falar o que tem para falar. Não deixe ele escapar. Não perca o único homem que você chamou de pai, porque eu perdi o meu no momento em que ele armou contra mim. Ele sim é um monstro. Alejandro Cabello é um monstro. - Nosso abraço não foi quebrado. Nossos corpos estão colados um no outro num sentimento único, amor. Independente de tudo o que aconteceu, nós nos amamos.