1-the cold night

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A noite fazia 17°C, com um vento de 70km à hora, um tempo estramente anormal para a época do ano. Pessoas se aglomeravam em torno da fita policial ao ver um homem reconhecido pelos holofotes, Erling Haaland.

—Ei, ei. Pode parar com a palhaçada, isso é uma cena de crime!—grito ao ver um grupo de jovens tentando invadir a região delimitada pela a fita.

—Qual foi Xerife, é o Erling Haaland! —
Olhei para trás e vi o estado em que o homem se encontrava sentado na borda da ambulância, dava para ver o medo em seus olhos. Junto a ele, estava agasalhado em um manto da polícia, ele definitivamente não parecia bem.

—Em primeiro lugar, eu não sou Xerife. Mas se ousar tentar pular essa fita mais uma vez, eu te levarei até a delegacia para que conheça a própria.—digo e me direcionando a cena do crime.

Tudo ocorrera de baixo de uma enorme passarela em Manchester, um carro batido de maneira bastante duvidosa em um dos pilares da passarela, uma vítima em estado de UTI e outra "vítima" quase que intacta ou devo fizer suspeito?

Erling Haaland é um fenômeno do futebol, esse acidente poderia e pode por em risco sua carreira, principalmente se a garota internada não sobreviver.

—Boa noite, senhor Haaland, certo? — digo indo em direção ao homem.

—Oi, isso mesmo, sou eu. — seus olhos eram vazios, suas palavras vagas e tristes, sem intonação alguma.

—Eu sei que está passando por um momento difícil senhor Haaland, mas felizmente o senhor passou em todos os testes de bafômetros e drogas ilícitas. O senhor está limpo.

—Eu não fumo, nem bebo, senhora. E por favor, só Haaland —o garoto me fazia duvidar de que ele poderia ser um suspeito com seu carisma.

—Ok, Haaland. Preciso fazer algumas perguntas que te associaram ao caso. —digo e ele arregala os olhos.

—Eu sou suspeito?

—Senh... Halland, isso é apenas um protocolo, não há necessidade de ficar nervoso se não tiver nada a esconder. —digo e ele assente com a cabeça.

—Qual era sua relação com Tereza Macgoneal? a vítima?

—Nada... Não, não éramos nada —ele disse gaguejando.

—Haaland, foi encontrado uma camisinha com esperma aos pés do banco passageiro do carro, eu gostaria de fazer uma coleta de DNA para ver se bate, caso isso ocorra, eu ficaria bastante triste em saber que o ídolo do meu sobrinho mente para a polícia. — digo e ele respira fundo.

—Ok, nós realmente não tínhamos nada, mas nós... Nós realizava-mos os desejos sexuais um do outro— ele disse completamente envergonhado.

—Ok senhor, digo, Haaland. Mesmo assim gostaria da amostra do seu DNA, se não se importa. — digo e ele assente.

Pego o coletor de DNA, que se assemelha a um cotonete que é guardado dentro de um potinho.

—Abra a boca— digo e ele obedece.

Coleto o necessário e logo após mando para a análise.

As perguntas prosseguem até eu achar que é o necessário para estabelecermos uma base.

Me despeço do homem e digo:

—Halland, esse é meu número, se quiser me contatar para contar algo, ou souber de informações relevantes, me ligue. —digo me afastando. —Ah e outra coisa, não saia da cidade.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Onde histórias criam vida. Descubra agora