Quando chego em casa, já eram 22:00 horas da noite, Denis já devia estar no 5° sono. Minha irmã estava sentada no sofá assistindo um seria do de televisão, me juntei a ela e deitei a cabeça em seu ombro.
—Já se sentiu usada? Se sentiu uma idiota? Já sentiu que... Você fez algo para alguém, mesmo nem conhecendo a pessoa, você fez por pura confiança e esse sentimento ia crescendo a cada vez que vocês se encontravam? Até que teve uma vez que seus olhos se paralisaram, como se o tempo tivesse parado e e naquele momento só existisse vocês dois no mundo. Mas aí essa pessoa te traiu.
Ele... Ele poderia ter me dito só a verdade mas não! Fez eu me sacrificar e quase perder o meu emprego! Mas logo após toda a merda ele assume! Já sentiu algo como isso?!—digo e as lágrimas rolam pelo o meu rosto e eu escondo o mesmo nos ombros de Daniela.—Ana, eu... Eu nunca me senti assim. E se estiver falando do Haaland, ele não pode ser tão ruim. Ele fez isso para um propósito. O intuito não deve ter sido machucar você...— ela diz tentando me acalmar.
—Eu duvido Dani. Eu...— não consigo continuar pois minha voz já estava embaraçada por conta do choro.
—Você sentia algo por ele... Não sentia?
—Do que você tá falando? —digo finalmente olhando elas nos olhos.
—Para estar tão mal assim, você precisou ter depositado uma fé muito grandes nele... Não é?
—É claro Daniela. Eu confiei nele sem motivos. Eu só senti que ele era bom. E cogitei coisas que... —nesse momento eu pausei minha fala e as lágrimas vieram novamente. De maneira mais brusca desta vez. —Talvez seja por isso. Eu o admirei, além do seu profissional.. Eu o admirei como pessoa... Eu só posso ter errado nisso. Eu confiei nele! mesmo sem conhecê-lo...
—Tem certeza que foi só admiração?
—Daniela. Não me venha com essa de dizer que estou apaixonada por um assassino.
—E não está?
—Não, não estou. E se estiver, não posso estar.— digo olhando para o chão em uma profunda reflexão— preciso voltar a trabalhar daniela.— digo me levantando.
—Não! Você não vai, você vai tomar um banho, vai pensar no que falamos e vai voltar ao trabalho amanhã de manhã! E vai comer alguma coisa parece um palito desse jeito!— ela dizia da mesma maneira que falava quando éramos mais novas.
Minha irmã mais velha era famosa por ser a dona da razão, ela sempre sabia o que fazer. Ela tinha o dom de pensar rápido seja lá qual fosse a ocasião. Alguém poderia estar morrendo na frente dela, mas ela não entraria em Pânico e saberia exatamente o que fazer. Eu a admiro muito por isso é realmente um dom.
Não é a primeira vez em que ele me dá baldes de água gelada na cara como este, mas o que estava me preocupando era o fato de que ela sempre estava certa em relação ao que ela falava. Eu não podia estar apaixonada por Erling Haaland.Nem morta.
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𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕
FanfictionÉ irônico, pensar que para alguns, é só mais uma noite de trabalho e para outros é uma mudança na vida. Mas com certeza; noite fria de 23 de fevereiro será inesquecível.