13- new partner

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—Bom dia— digo indo diretamente a cozinha e beijando as bochechas do Denis.

—Uau, que cara é essa? —Daniela pergunta em quando prepara seu sanduíche de café da Manhã.

—Digamos que não tive o que se chama de uma boa noite de sono. Muito menos de sonho.

—Pesadelo? O que aconteceu?— ela pergunta e eu olho para Denis e êxito em falar.

—Eu te conto no carro.—digo sorrindo

—No carro?

—Sim senhora, você vai trabalhar comigo.

—E quanto ao Denis?

—Sei exatamente onde ele pode ficar.

Após tomarmos o café da manhã, levei Denis até o hospital, lá havia a parte de recreação em que normalmente ficavam as crianças, com brinquedos e etc. Mas ele preferiu ficar na ala conversando e jogando jogos no celular com a Maeve.

...

—Vai me falar sobre seu sonho? —Daniela me perguntando quando já estávamos no carro em direção a prisão.

—Digamos que, o sonho consistia em eu ajudar Erling Haaland e sua retribuição foi uma literal facada no meu abdômen— digo sem tirar os olho da estrada.

—Nossa, e agora você está indo visita-lo? Tá querendo se matar?

—Não Dani, se tem algo que Maeve me ensinou sobre psicologia é que seu cérebro é capaz de te fazer pensar em coisas que nunca acontecerião, ou não devem acontecer, como um alerta.

—Então acredita que isso foi o seu subconsciente te avisando que deveria ir vê-lo?

—Aham— afirmo balançando a cabeça.

Chegamos em frente a prisão, onde respirei fundo lembrando do pesadelo.

—Dani, caso te perguntarem, você é minha parceira, se pedirem distintivo, você é apenas uma consultora, ok?— digo e ela afirma.

Entramos e fui até a recepção em quanto a Dani apenas me seguia.

—Preciso fazer um interrogatório com Erling Haaland.

—Sabe o número dele? — o homem pergunta com uma voz totalmente desmotivada.

—23.

—distintivo por favor— lhe mostro o meu distintivo.

—E o dela?— ele pergunta se referindo a Daniela.

—Sou apenas uma consultora.

—Ok, ele já está sendo mandado para a sala de interrogatório, vocês tem direito a 20 minutos de interrogatório.

Nesse momento meu estômago se revirou, eu sentia um certo nervosismo em relação a Erling Haaland, mas não podia deixar isso me consumir.

Chegamos na sala e ele está lá sentado, de cabeça baixa e algemas nas mãos.

—Bom dia senhor Haaland.— digo ele finalmente levando a cabeça mantendo os olhos em mim.

—Policial... Por quê não desiste? Não cansa em escutar as mesmas palavras da minha boca?

—Não Erling, não canso. Dessa vez não vim perguntar do por que fez tudo aquilo comigo, e sim, vim tentar descobrir a verdade.

—Me desculpe te decepcionar... Mas eu sou um assassino.

—Você não é Haaland— Daniela fala fazendo com que ele preste atenção nela pela a primeira vez.

—Quem é você? —ele pergunta.

—Daniela, irmã da Ana.— ela diz e eu a corto;

—E sabe o que ela também é? Mãe, mãe de uma criança que te ama, Erling Haaland.
Muita gente te ama. Te admira. Te quer bem. E essas pessoas, assim como eu, acreditam que você não é capaz de metade das coisas que alega ter feito.

—Essa é a verdade, Ana. Sinto muito.

—O quis dizer com "eu fiz tudo isso para proteger você"?— eu digo ele se cala.

—Então essa é a verdade? Não é? Me proteger? Do quê? De quem? E por quê?—digo totalmente fora de mim.

—Não sei do que você está falando. — ele diz como se fosse explodir.

—Erling Haaland! Eu confiei em você! Eu só peço que me fale a verdade! Me ajude a te ajudar!

—Eu não posso.— ele fala cabisbaixo

As lágrimas surgem nos meus olhos de raiva. Saio da sala. Eu não iria conseguir arrancar a verdade dele nem se eu quisesse.

E isso estava me destruindo.
Talvez um mentiroso merecesse ficar trancafiado em uma prisão.

Haaland vision:

A policial saiu da sala com os olhos marejados de lágrimas, provavelmente não queria derrama-las, não aqui.

—Haaland— a outra moça fala.

—Me conte a verdade.

—Eu não posso— repito.

—Então realmente há uma verdade além disso que conta? Talvez o inverso? — ela diz e eu me calo vendo o erro que havia cometido.

—quantas vezes ainda virão aqui? Se eu não disser a verdade?

—incontáveis vezes, senhor Haaland.

— Então me faça uma promessa, não deixe que Ana se envolva. Deixe tudo com outro detetive, ou policial. Eu lhe conto a verdade.— digo e ela afirma com a cabeça.

—Eu não sou um assassino. Mas sei que  é. Thomas Genny. Um ex namorado de Tereza Macgoneal.
Tudo aconteceu em umas noite após a noite da morte da Tereza, eu acabara de chegar em casa e recebo uma ligação do mesmo. Ele faz ameaças, e principalmente, ameaças contra a polícial pois ele sabia que se ela morresse eu seria incriminado, e ela não podia, ela era a única que acreditava em mim, a única que acreditava que não mentia e sabia que eu não era um assassino. E ele ameaçou mata-la caso eu não confessasse em 24 horas.
Se a Ana tentar se envolver com esse cara, ele provavelmente pode mata-la. E você tem que me prometer que vai por outras pessoas para tomarem conta do caso. Só proteja a polícial. É a única coisa que peço.— meus olhos marejam após a verdade.

—Eu... Como posso saber se essa é a verdade? — a mulher pergunta.

—Ele não vai ter problemas em assumir, não se disserem a ele que sabe  de tudo. — digo e ela afirma.

A mulher sai quase que saltitando da sala, e alguns segundos depois dois guardas vão ao meu encontro e me levam até a sela.

Não me arrependo de ter dito a verdade, mas... Eu pagaria pelo os erros de outra pessoa para salvar uma vida, principalmente a daquela garota.

Haaland vision off.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Onde histórias criam vida. Descubra agora