27- what order?

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Eu acordo em um quarto desconhecido. Olho para todas as laterias dele até que avisto Haaland deitado ao meu lado e me lembro de um pouco do dia anterior.

—Ana? Está acordada?— Haaland me pergunta.— percebi algo estranho nele, ele não queria me olhar.

Até que percebo  o porque.

—Merda!— digo me enrolando ainda mais nas cobertas ao me ver nua deitada na cama com apenas um pouco da mesma me cobrindo.

—Erling?

—Sim?

—Por um acaso você também está nú?

—Sim... Eu acho que a gente...

—É, eu tô começando a ter certeza disso.— digo apontando para uma camisinha no chão do quarto.

—Bom... Bêbados com ciência. — ele diz e eu gargalho.— E o pedido? Ainda está de pé? — ele pergunta finalmente olhando para mim.

—Pedido? Do que você está falando?

—O pedido? Você não lembra?— ele dizia e minha cara torcia de dúvida.

—Pedido do que?

—ham... De pizza... É, ontem a noite combinamos de almoçar pizza quando voltassemos para casa. — ele dizia em quando eu tentava me lembrar.

—Eu não lembro de nada... Só de você cambaleado no sofá! — digo rindo.

Eu realmente não lembrava de nada da noite anterior, não até o momento em que Foden nos disponibilizou os quartos e avisto Erling quase morto no sofá. Depois disso era como se tivesse ocorrido um apagão

—E quando a nossas roupas? — ele pergunta algo que eu ainda não tinha pensado.

Após uma incrível missão de procurar nossas roupas sem nos vermos nus. Nós voltamos para casa.

Diferente do dia anterior, Haaland estava quieto, como se estivesse deprimido ou algo assim.

Ele nos levou a uma pizzaria chamada
Mama Mia, especialista em culinária italiana.

—Erling?

—Sim? — ele disse tirando os olhos do cardápio e me olha sem ânimo nenhum.

—Não quer falar sobre ontem a noite?

—Você lembra? — agora deu disto se abriu.

—Sim. Quer dizer... Um pouco... Mas... Nós transamos... Isso, é ... Muito estranho. Como está em relação a isso?

—Sinceramente, eu sabia que uma hora isso iria acontecer. — ele diz e nós rimos.

—Então... Amigos que transam e se beijam?— digo isso e ele exita completamente.

Ele larga o cardápio em cima da mesa e  me olha seguido de um longo suspiro.

—Ana eu ... — ele exita mais uma vez— eu acho que sim, é... Amigos, amigos que se beijam e transam. Isso é completamente estranho.— ele diz forçando um sorriso na última parte.

Eu estava começando a me incomodar com a situação.

Será que ele realmente levava a serio esse negócio de "amigos que se beijam"? Ou pior, transam?

Esse foi com certeza a "saída" mais silênciosa que tivemos.

Minha ansiedade estava entalada em minha garganta, se ela escapasse eu me decompoeria em lágrimas.

Não posso esconder que intuito de eu te-lo irritado com a frase "amigos que se beijam" foi nada menos do que uma tentativa de talvez... Talvez fazer ele ver que não poderíamos ser apenas amigos, que, de maneira literal se beijam.

Sinceramente...
O que diabos nós somos?







𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Onde histórias criam vida. Descubra agora