9- Teardrop

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2 semanas depois.

—Terra chamando Ana?!

—Desculpa Maeve, eu estava pensando...— digo sem sal nenhum.

—Esta pensando no caso não é?

—Não, o quê? Do que você tá falando?

—Qual foi a última vez que teve contato com o caso de Erling Haaland?

—Ontem...

—O QUÊ?

—Mas isso não significa nada!

—Você devia ir visita-lo.

—Ah claro! UM ASSASSINO!— digo com um tom irônico.

—Nem você acredita nisso. E outra coisa, a fiança dele será paga quando completar 1 mês de cadeia. Isso foi decretado pela a juíza, duvido que não pagaram imediatamente... Participou dos julgamentos né ?

—Não, não participei.

—E deixa eu adivinhar. Você tem provas de que ele não é um assassino.

—Bingo! Mas ele admitiu, não posso fazer nada a respeito. Quem vai ser o idiota que vai me escutar?

—E se ele tiver mentido? E se ele confessou por ameaça?

—Maeve... Isso não é uma série de televisão!

—Vai falar com ele! Visite-o e me conte sobre tudo depois— ela diz e eu reviro os olhos.

—Eu só vou ir porque você não pode.

—Vai logo, vai!— ela diz praticamente me expulsando da ala médica.

...

Eu nunca havia entrado em uma cadeia, o que é hipócrita, pois sou policial. Mas não cumpro a parte de levá-los até a mesma.

O cenário era feio e desconcertante, mas era mais aconchegante do que muitas prisões da televisão.

Sento em uma das cadeiras e fico virada em frente a uma enorme vidraça, separada por cabines e cada uma delas havia um telefone, para contato com o outro lado.
Antes mesmo dele chegar, já ponho o telefone preto no ouvido para ter certeza de que não perderia nada.

A homem chega trajado de laranja, o que me remetia os jogos que olhava dele com meu sobrinho do Borussia, apesar do uniforme ser amarelo.

Ele se surpreende ao me ver e senta na cadeira do outro lado do vidro.

—Você ficava melhor de amarelo, ou azul.— falo quando ele já estava com o telefone no ouvido.

—O que veio fazer aqui? —Ele pergunta realmente intrigado com a minha presença.

—Acho que me deve explicações, não acha?

—Eu já pedi desculpas... —ele diz e eu interrompo.

—Desculpas?! Você me usou Erling Haaland!

—Não é o que está pensando— ele diz exaltando seu tom de voz

—Ah claro! E eu sou o Batman!

—Eu fiz tudo isso para proteger você! —ele diz socando a mesa e se levantando.

—O quê? Haaland! Volte aqui agora!— eu gritava e batia na divisão do vidro em quanto via ele se afastando.

Merda.

Ele havia simplesmente se levantado e virado as costas para mim. Como pode?!




𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Onde histórias criam vida. Descubra agora