»Capítulo 5«

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— Capítulo 5:Crianças desaparecidas.

Finney POV

Aquele dia estava mais monótono do que o normal, agora deveriam ser 18:00 horas, faltando apenas duas horas para o jantar, tinha sido o meu primeiro dia de aula em Nevermore, assim como o de Gwendolyn.

Não havia nada de emocionante nas aulas, nada novo para mim, tinham sido aulas chatas, tão fáceis que eu estava ficando tão entediado que sequer estava prestando atenção em qualquer coisa, pensando demais sobre a visão que eu tinha tido no dia anterior.

Havia sido algo muito estranho, e eu ainda não sabia o que aquilo queria dizer, se significava alguma coisa ou se apenas foi algo aleatório, mas não fazia sentido, por que aquele quadro?

Hoje pela manhã, antes do café da manhã, eu dei mais uma olhada naquele quadro, e não parecia ter nada de estranho, isso me incomodava, não tinha absolutamente nada, nada escrito, nenhuma marca, a moldura totalmente intacta.

Minha mente parecia que iria entrar em pane a qualquer momento, trabalhando o tempo todo como uma máquina de escavação, deixava-me com dor de cabeça, mas eu estava ignorando isso por enquanto, continuando a raciocinar e manter minha mente ocupada naquela maldita visão.

O que aquelas três letras queriam dizer? Parecia ser uma abreviação, como se as três letras representassem três palavras, mas eu ainda não havia conseguido pensar em nada, isso apenas me deixava ainda mais ansioso.

Ainda não havia tido tempo de conversar com Gwen sobre isso, ela realmente estava ocupada demais fazendo amizade com aquele grupo de excluídos em uma escola de excluídos, principalmente com Donna.

Billy havia tentado me arrastar hoje várias vezes para ficar junto do grupo, mas eu neguei suas tentativas, saindo de perto dele o mais rápido possível, indo diretamente para a biblioteca, onde quase ninguém ia, embora eu houvesse encontrado dois ou três casais se beijando, algo traumatizante.

Enquanto estava na biblioteca, eu jurava ter visto algumas vezes algo mexer entre as sombras nos cantos da biblioteca, era uma silhueta, na verdade, de alguém mais baixo do que eu.

Era como se estivesse se escondendo nas sombras, e eu poderia dizer que estava curioso sobre isso, mas ignorei também, mais preocupado em desvendar o mistério da minha visão.

Eu precisaria conversar com Gwendolyn, se conseguisse, ainda hoje. Ela costumava me contar sobre seus sonhos, talvez ela houvesse sonhado com algo parecido com a minha visão.

Eu continuava observando o papel com as três letras, havia anotado para não esquecer. A visão delas escritas na parede de pedra no tom carmesim do sangue, escorrendo.

Era uma visão curiosa e sinistra ao mesmo tempo, eu não me lembrava de já ter tido uma visão assim desde o momento que passei a ter, aquela foi a primeira vez.

Poderia ser apenas mais uma visão aleatória que eu tive, mas por algum motivo, eu tinha uma sensação estranha sobre isso, como se eu precisasse descobrir o que era aquilo, e eu estava tentando seguir minha intuição, torcendo para que ela estivesse certa de alguma forma.

Os dias ali pareciam ser sem graça, tão monótonos que eu me sentia em um presídio, embora eu ache que até um presídio seria mais animado do que essa escola. Os alunos eram o que eles chamam de "divertidos", mas os professores ultimamente estavam de olho em todos, supostamente, alguém havia quebrado um dos muros que ficavam ao redor da escola.

Isso também me deixava curioso, provavelmente havia sido o poder de alguém na escola, e estavam procurando o responsável por isso há alguns dias, porém, ainda não haviam descoberto nada sobre isso.

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