Capítulo 6 - O gosto do azul

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Estou procurando Christopher pelo internato, quando encontro Henry.

─ Benjamin, onde você estava? Christopher estava procurando você. ─ Ele diz vindo até mim.

─ Oh, eu estava repondo aula. Estou procurando por ele também, sabe onde está?

─ Ele está na praia.

─ Ah, obrigado. ─ Depois de agradecer, eu vou à praia calmamente e avisto Christopher sentado no mesmo lugar em que sentamos da última vez.

É tão bom vim para de tênis e não de pantufa.

Caminho até ele e sento ao lado do italiano, o mesmo parece surpreso em me ver. O céu está começando a ficar mais escuro e logo irá chover, então me apresso em ser direto.

─ Oi, Chris. ─ analiso sua feição. ─ Por que está estranho comigo?

─ Ben, me desculpe. Não foi a minha intenção agir de uma forma estranha com você. ─ O italiano diz olhando para o mar, mas eu queria que ele estivesse olhando para mim. ─ Eu acho que o que aconteceu com você na festa, foi culpa minha.

─ Christopher, eu ter ficado bêbado não foi culpa sua.

─ Mas, eu fiz você ir à festa e você passou mal.

─ E eu fui, eu aceitei e isso é consequência minha. Eu não te odeio. ─ Eu rebato tentando afastar a culpa que o rapaz sente.

─ Mas...

─ Não existe "mas" nenhum, Christopher. ─ Ele tenta falar, mas eu o impeço. ─ Não é a sua culpa.

─ E as minhas atitudes? Você não ficou desconfortável comigo? Você parecia tão nervoso... ─ Ele pergunta quando finalmente olha pra mim.

─ Eu estava nervoso porque estava perto de você, não me importo que queira flertar comigo. ─ Isso literalmente jorra da minha boca e só raciocino o que eu tinha falado segundos depois. Que vergonha.

Christopher me olha boquiaberto.

─ Eu achei que você era hétero.

Isso pode ser uma piada.

─ Eu sou gay. Tipo, muito gay.

─ Uau, eu sou bissexual. Tipo, muito bissexual. ─ Ele diz imitando o jeito que eu falei.

Nós não conseguimos segurar o riso, é instantâneo e alivia o clima de tensão que estávamos a minutos atrás.

─ Você não terminou o que ia começar naquela noite. ─ Falo o provocando para ver até onde isso ia dar.

─ Isso foi um... ─ O italiano me pergunta com aquele sorrisinho idiota.

─ Convite? Sim. ─ O respondo rápido demais.

Sem dar tempo para eu pensar, Christopher cola sua boca na minha, emoldurando o meu rosto com as suas mãos. Eu o seguro pelo o pescoço, mudando o ângulo, o beijo se intensifica quando ele me puxa pela a cintura para mais perto e quando me provoca delineando a sua língua no interior da boca. Eu sinto o meu coração palpitar e meu corpo esquentar. Porque ele mexe tanto comigo?

E de repente a chuva que ameaçava chegar começa a surgir e somos obrigados a separar nossas bocas e correr para debaixo dos coqueiros.

Ainda sem fôlego pela a corrida, Christopher me encosta no coqueiro e volta a me beijar em questão de segundos, mas dessa vez não é um beijo rápido, é devagar e calmo. Porém, não demora muito para que nossas línguas se entrelacem em uma sintonia perfeita. Então esse é o poder da língua italiana?

A cor mais quente em VênusOnde histórias criam vida. Descubra agora