Capítulo dezenove

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~BOA LEITURA~

"Monstros do passado"

O choro veio à tona tão rápido que nem sabia, mas como era chorar tanto assim o abraço do Toni se tornou reconfortante como o do ravi.

*Um ano atrás* 

Era dia de chuva e não estava tendo tempestade só do lado de fora era dentro de casa com meus pais brigando por minha causa era arrependimento atrás de arrependimento. 

Tudo que fazia era sentar na cama e tapar os ouvidos desejando sair dessa casa o mais rápido possível. 

Minhas preces foram ouvidas, ravi havia acabado de entrar pela janela todo molhado. Sempre deixava a janela destrancada para ele vim ficar comigo a noite.

— Me tira daqui — peço e ele pega na minha mão e saímos um de cada vez pela janela.

A chuva ia ficando cada vez mais forte até ele chegar na sua casa e me levar para seu porão onde ele passava o dia fazendo mines festas clandestina comigo.

E de repente seus braços se envolvem pelo meu corpo pequeno e ensopado de chuva e só sinto as lágrimas descerem pela minha bochecha chorava tanto que soluçava.

— Chora minha jóia rara — sua voz calma me faz abraçá-lo ainda mais.

— Ainda acho esse apelido Brega — falou entre lágrimas.

— Coisas bregas costumam ser fofas — ele me faz encará-lo e assim ele limpa minhas lágrimas.

— Tipo acolher sua namorada no porão?

— Com dia chuvoso e piscas piscas do Natal retrasado por todo porão — ele me pega no colo e me gira.

Está com ravi faz meus dias serem menos dolorosos, ele me faz rir e me dá todo carinho que consegui me dar.

Ainda ensopada ele me veste com suas roupas avisa meu irmão que estou aqui me dar comida e me abraça até eu pegar no colo. 

Se fosse para escolher uma morada escolheria seu abraço é reconfortante e caloroso me sinto segura com seus braços envolvidos sobre mim.

°°°
Estou neste momento na sala de estar do Toni esperando meu irmão chegar para me buscar.

Quando ainda estava chorando fui levada para dentro de novo.

E assim não conseguia parar de chorar até comove os outros e assim os três me abraçaram mais ainda e choraram junto comigo foi bom não me sentia acolhida assim faz tempo.

— Desculpem... desculpem... — só consegui dizer essas palavras.

— Passamos por muitas coisas mas você e mais inocente nessa história toda — Toni diz como se soubesse de algo.

— Por hj já deu, deixa ela organizar as ideias — geórgia volta a ficar grossa.

Meu irmão finalmente chegou e com ele veio seu pingente o Henry sabia que meu irmão acabaria falando para ele tudo que aconteceu. 

— Vamos falar com a polícia — meu irmão já chega eufórico.

— Não vai adiantar você sabe disso.

— Foda-se estou farto disso eles quase te matam e a porra da polícia se faz de cego? Mas nem por um cararalho.

— É revoltante eu sei mas vamos... — sinto tudo gira e só desmaio.

°°° 
Acordo na cama de hospital com soro na veia e polícias ao meu redor estavam só esperando eu acordar e quando raciocino melhor conto tudo para eles. 

Agora é só esperar pra ver se a justiça vem à tona. Sozinha no quarto lembro da última vez que entrei em um hospital, o ravi estava em cima da maca sendo levado para o corredor e passando pela porta grande com a faixa vermelha na porta. 

E assim foi a última vez que o vi.

*Um ano atrás*  

Era tarde de domingo e estava esperando o ravi me buscar para me levar para conhecer seus amigos finalmente ele resolveu me revelar para seus amigos.

Quando ele chegou veio todo alegrinho e me beijou com tanta vontade de parecer que nunca mais tínhamos nos beijado.

No caminho falei sobre oque aconteceu ontem a noite em casa e ele disse que tudo isso iria acabar logo. 

Já em sua casa vi os amigos no quintal conversando e eram alguns da escola, mas nunca parei para falar um oi com eles. Comprimentei todos, mas sinto que não sou bem vinda por eles.

As conversas que eles tinham não combinavam comigo nada do que eles gostavam eu fazia por ter uma família tão inútil. 

— Amor, que carinha é essa? — Ravi finalmente resolve me da atenção.

— Preciso ir ao banheiro — digo e ele me mostra aonde é.

Vou ao banheiro e seus pais estão em casa e por sorte ouço eles falando de mim mas não bem muito mal de mim principalmente sua mãe seu ódio e declarado por mim. 

Assim que saio volto para o quintal e o ravi não está com eles. Me sento na cadeira e um deles começa a falar.

— Namoradinha do ravi, realmente ele tem bom gosto — o menino de olhos azuis repara meu corpo todo.

— Até que está durando, o ravi logo logo vai começar a errar contigo e se livrar como se nada tivesse acontecido — o outro menino diz.

— Ele não é babaca como vocês — digo e ele gargalhou.

— Jura? Vai lá na rua ver o'que seu namorado está fazendo — me sinto desafiada.

Vou até a rua e ouço o ravi falando ao telefone e parece ser mulher fico quieta até ele dizer o nome da menina e acho que é sua ex mais que filho da puta.

Avançou e pegou seu celular e coloco no viva voz e ouso a piranha fala.

— Seu imbecil — joga o celular longe e vou andando.

— Bárbara! Bárbara para — ele vem até mim.

— Vai comer a porra da sua ex — grito pela rua.

— Deixa eu explicar Bárbara — ele me segura pelo braço.

— Já vi e ouvi o suficiente, me larga — tento tirar suas mãos de mim.

— Ela ligou para mim do nada só não atendi na sua frente para não causar isso, desculpa.

— Desculpa? Não devia nem atender ela . Enfia suas desculpas você sabe bem onde.

— Bárbara desculpa não devia ter atendido. Olha aqui pra mim eu amo você e não quero te ver magoada.

— Já sou uma menina magoada, você é só meu presente de consolação.

Pego pesado com ele.

— Não diz isso, sei que não quis dizer isso.

E não quis mas porra depois de hoje que se foda seus sentimentos.

— Prometo que nunca mais falo com ela, vou bloquear o número dela. Só não fala essas coisas pra mim — ele conseguiu me deixar frágil só de me fazer encará-lo.

Nossa primeira briga, eu amo demais o ravi pra deixá-lo ir assim.

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Até a próxima Cap. Leitores 💛

Não se apaixone por mim Onde histórias criam vida. Descubra agora