Capítulo sete

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*Tudo que é bom dura pouco*

A festa não foi horrível porque passei naquele quarto dos sonhos mas agora voltei para realidade da minha humilde casa que tem a pior harmonia familiar.

Me arrumo para dar um rolé de skate na rua e fazer as mesmas coisas como de costume. Coloco meus fones e sai com meu skate indo para a praça e hoje até que o movimento está calmo.

Ando pela praça parando dentro do campo de futebol onde não tem ninguém. Ando em círculos até ver o Henry.

Ele me nota e vem até mim. A Bárbara boa só estava bem ontem. Ele chama minha atenção e acabo tirando os fones.

— Posso falar com você? 

— Seja breve.

— Queria saber se sabe notícias do seu irmão?

— Não o vejo desde da festa... porque?

— E que ele nem apareceu lá em casa para conversar sobre o jogo de sábado, acho estranho ele sumir assim.

— Relaxa, ele deve tá com a loira peituda — volto a andar de skate.

— Ok, se ele aparecer diz que preciso falar com ele — Henry me parece tenso.

— Ok.

Ele vai me deixar confusa. Não tem com que ele se preocupar, meu irmão deve está com aquela loira peituda.

Vou até a loja de conveniência e compro energético e encontro o Henry de novo. Paro de encará-lo e vou pagar o energético e volto para a praça andar de skate. 

Ando e bebo e vejo como é bom ficar longe de casa por um tempo.

— Ei — Henry me chama novamente.

— Que foi agora? 

— Posso andar? 

Seria uma bom ver ele todo desengonçado então deixei minha ignorância de lado e deixei ele andar.

No começo ele foi indo bem mas logo caiu de bunda no chão e antes de ajudar a rir. Pela primeira vez ele me fez rir de gargalhar.

— Devo cair novamente para ver você rindo assim de novo? — ele diz ainda no chão.

— Que tentar novamente? — Vou até ele — Brincadeira — estendo minha mão para ele levantar.

Ele se limpa e me devolve o skate e seu cotovelo está sangrando.

— Por isso ando sempre com meu kit de primeiros socorros — abro minha mini mochila e peço para que ele sente no chão para me limpar o machucado.

Limpo seu machucado e colocou o band aid e por alguns segundos reparei o jeito que ele me encarava... era de alguém que me olhava do mesmo jeito a um ano atrás.

— Obrigado por limpar — ele sorri — Seria estranho guarda o band aid vindo de você? 

— Óbvio que seria — me levanto do chão — Bora vou te ajudar a andar direito. 

Ele imediatamente se levanta e está pronto para outra queda. Ele se posiciona no skate e eu ajudo ele a andar e assim solto. Durou um minuto até ele cair na casinha de areia das crianças e aposto que a parada que a criança deu nele com a pá vai fazer calor.

— Terceira rodada? — gritou.

— Deus me livre — ele vem passando a mão na cabeça.

Agora que minha graça foi preenchida vou embora pra casa. Não ria assim já faz um bom tempo não posso negar que o henry me fez dar umas gargalhadas. 

Indo pra casa o Henry veio comigo pra ver se meu irmão já está em casa e durante o caminho ele tenta saber sobre minha vida antes e isso me deixa extremamente incomodado porque sinto toda a angústia vindo a tona.

Ao chegar na minha casa meu irmão estava com a loira peituda. 

Eu avisei.

Eles foram para o quarto conversar e eu fui comer sanduíche e minha mãe apareceu na cozinha com seu julgamento no olhar.

— Porque não andar como outras garotas? — ela analisa meu estilo.

— Cada um tem seu estilo e esse é o meu — me sento na mesa para comer.

— As filhas das minhas amigas sempre estão bem vestidas e quando minhas amigas olham para você e ver como se vestir igual uma mulambenta perguntam aonde eu errei – ela me encara desapontada. 

— Elas deveriam saber onde as filhas delas conseguem tanta luxúria ao invés de reparar na mulambenta — como meu sanduíche é minha mãe me encara afim de saber o'que acabei de dizer.

— O que quer dizer com isso?

— Não sei mãezinha... já experimentou perguntar ao papai onde ele passa o sábado à noite?

— No sábado a noite ele vai jogar com os amigos dele — sua inocente me enoja.

— Isso é o que ele diz — riu debochando.

— Aonde errei com você? — ele me encara com nojo.

— Que que eu te responda mesmo? — dessa vez encaro ela nos olhos.

— Diz.

— Quando abriu as pernas para o senhor que tenho que chama de pai — ela avança em mim de uma forma que me faz levantar na cadeira.

O que será que ela vai fazer? Me bater? Ou Espera o esposo dela chegar pra me bater? 

— Tenho vergonha de ter te parido — fui ela pego pesado? Vindo dela nada me abala.

— E mamãe infelizmente não tem como voltar para seu útero — me retiro da cozinha.

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Até a próxima Cap. Leitores 💜

Não se apaixone por mim Onde histórias criam vida. Descubra agora