Capítulo 4

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Tipo, podres de rico.


Quando se nasce mulher você tem que se acostumar a viver em um mundo que não foi feito pra você, foi feitos para homens, a vida é uma guerra e a beleza é uma puta metralhadora.

Eles não escutam nossas vozes, nossos gritos, os homens tem tanto medo de perderem o poder que não perceberam que a revolução será feminista.

Quando eu era criança sonhava com o príncipe encantado que viria me salvar, ele iria vir em uma carruagem com um cavalo branco, iria me levar para o castelo encantado e eu seria feliz, que se foda o príncipe e o seu cavalo branco, eu sou a porra de uma Miller, eu sou a rainha desse jogo.

A Georgia me ensinou que eu não posso confiar em ninguém, especialmente homens, eles querem um rosto bonito e um corpo gostoso, algumas noites de prazer e depois te desprezam.

Abby e eu estávamos deitadas, ela me contava como sempre foi excluída e deixada de lado, mais uma garota incrível que se perdeu por homens que a trataram como objeto sexual.

Abby: Posso te fazer uma pergunta Angel? - perguntou fitando o teto.

Angel: Pode sim. - disse encarando a mesma.

Abby: Você já se sentiu insegura com seu corpo? - perguntou encarando meus olhos.

Angel: Eu tenho transtorno alimentar por causa das minhas inseguranças com meu corpo. - desabafei.

Abby: Eu não sabia, desculpa. - disse assustada.

Angel: Ninguém além da minha família e o Press sabe. - respondi tentando tranquilizar a mesma.

Abby: O Press sabe? - perguntou confusa.

Angel: Ele me viu desmaiando. - expliquei.

Abby: Saquei. - disse olhando suas mãos. - Cê pode me contar qualquer coisa, tá?

Angel: É muito bom ter uma amiga. - disse sorrindo.

Nós ficamos acordadas mais um tempinho fazendo skin care e rindo igual crianças, nós conversamos sobre tudo e e consegui distrair a ruiva, era bom ver ela sorrindo.

Quando o relógio bateu 03:00 nós fomos dormir, afinal tínhamos aula cedo, Abby dormiu abraçada ao meu corpo como se eu fosse um urso de pelúcia.

06:00

Acordei com a minha irmã pulando em cima do meu corpo e gritando para eu acordar, ela tem essa mania de me assustar.

Ginny: Angel, acorda! - disse me sacudindo.

Angel: O que foi? - perguntei encarando a mesma.

Ginny: Eu não to achando o Austin. - disse assustada.

Angel: Como assim? - disse me levantando.

Ginny: Ele não tá em lugar nenhum, a Georgia também não acha ele. - disse séria.

Angel: Merda. - disse colocando meus chinelos. - Vamos procurar ele na rua.

Abby: O que foi? - perguntou se acordando.

Angel: Meu irmão sumiu. - disse séria.

Abby: Vamos se separar, cada uma procura em uma rua diferente e quem achar ele manda mensagem. - disse se levantando.

Sai caminhando pelas ruas ignorando completamente o fato de eu estar de pijama, nada mais importava, só achar o meu irmão.

Eu corria pelas ruas chamando seu nome, mostrando sua foto para as pessoas mas ninguém tinha visto ele, mandei mensagem para a Max e a Norah perguntando se elas viram ele, mas não obtive resposta.

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