Capítulo 12

115 6 0
                                    

Ser queimada na estaca.

A adrenalina, a velocidade, os gritos eufóricos, ele não quer morrer, ele quer se sentir vivo, cansado de sobreviver e ansioso para viver, todas as surras levadas desde criança, os hematomas no seu corpo, as cicatrizes evidentes.

Ver a pessoa que ele ama mais que tudo ser enterrada, se responsabilizar por sua mãe, ele só quer correr, a alta velocidade do carro mostra seu desespero, a sua alma está tão destruída quanto a minha.

Quando ele era criança começou a apanhar diariamente do seu pai, de todas as maneiras absurdas, teve seu braço quebrado, seu rosto cortado, sua pele marcada com os roxos, ele via seu pai bater na sua mãe e assim desenvolveu crises de raiva.

A violência foi sua válvula de escape, as lutas, as corridas, as brigas, Press não tinha limites, ele faria qualquer coisa para proteger quem ele ama, inclusive colocar seu pai na cadeia por agredir sua mãe.

O garoto cujo infância foi roubada, a alma foi destruída, aquele que enterrou o irmão mais velho e viu sua irmã se viciar em drogas, o filho casula, aquele que o pai culpava por tudo de ruim que poderia acontecer.

Logo seria o batizado da sobrinha que herdou o pecado, que veio da mãe na adolescência, a irmã do garoto estava internada em uma clínica de dependência química, ela havia tido um bebê por ter tido relação sobre efeito de drogas.

Press: Eu precisava disso. - disse eufórico.

Angel: De uma corrida ilegal? - perguntei rindo.

Press: Nosso segredo. - disse sorridente.

Angel: Céus, cê fica tão sexy dirigindo. - afirmei provocativa.

Press: Eu adoraria te foder nesse carro. - disse com a voz rouca.

Angel: O que te impede? - perguntei em um sussurro.

Press: Sua mãe nos olhando pela janela. - disse rindo.

Angel: Merda. - afirmei tímida. - Eu preciso entrar.

Press: Boa noite princesa. - disse deixando um selar na minha testa.

Sai do carro do moreno e adentrei a casa dando de cara com a minha mãe me fitando com os olhos e um baseado acesso em mãos.

Georgia: Oi jujuba. - disse debochada.

Angel: Mãe. - disse rindo.

Georgia: Nada pra contar pra mamãe? - perguntou rindo.

Angel: Cê sabe. - disse séria.

Georgia: Que a minha filha tá transando sem tomar anticoncepcional? - indagou brava.

Angel: Pera, não era isso. - disse confusa.

Georgia: Nós vamos ir no ginecologista de tarde. - afirmou. - Agora me conta, como foi?

Angel: Esse garoto é um pecado Georgia Miller. - afirmei risonha.

Georgia: Ele tem uma cara de quem é bom no que faz. - disse rindo.

Angel: Acredite, ele é muito bom, céus. - disse pegando o baseado da mão da mais velha.

Georgia: Ei, sem drogas garota. - disse brincando.

Angel; Isso vale pra você também, Georgia. - disse dando alguns tragos no baseado.

Logo fui em direção ao meu quarto, me deitei na cama e continuei fumando, dormir chapada era maravilhoso e eu preciso descansar, já faz duas noites que o moreno não me deixa dormir.

Miller Girls Onde histórias criam vida. Descubra agora