Capítulo 16

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Caçador e caça parte 2.

24 horas antes.

Pânico, estou tendo um ataque de pânico, meu corpo inteiro está suando apesar do frio, estou tremendo com o coração acelerado, respiração ofegante impossível de controlar e chorando desesperada como se minhas lágrimas fossem me salvar mas é impossível evitar de chorar quando essa angústia está dominando meu peito, eu não quero morrer desse jeito.

Meu instinto de sobrevivência gritando, me forçando a tomar alguma atitude, tentar qualquer coisa que seja para sair daqui com vida, nem que isso custe a vida dele, aqui não existe leis, não existe polícia, certo ou errado, estamos lutando como animais selvagens, olho por olho, dente por dente, vida por vida.

Um quarto escuro somente com um colchão, o chão sujo com o meu sangue, com os pulsos e pernas amarradas, jogada em um canto como um objeto velho, que já foi usado tantas vezes que não tem mais valor, pois está gasto.

Pelo o que eu pude ver quando a porta foi aberta para o mais velho sair, estamos em um lugar isolado, provavelmente longe da cidade, meus gritos por socorro são inúteis, ninguém iria me escutar.

Minha pele está ardendo devido aos hematomas que me foram dados naquela surra, o mais velho me jogou no chão com brutalidade e começou me depositando um tapa no rosto, após gritou que eu era sua enquanto se abaixava na minha altura, depois uma sequência dolorosa de socos pelo meu corpo fazendo com que meus pontos na barriga fossem arrebentados.

Quando ele cansou de usar suas mãos para me tortura, começou a depositar um chute atrás do outro pelo meu corpo, eu usei meus braços para proteger meu rosto mas foi inútil, um dos chutes acertou em cheio meu olho me fazendo gritar de dor.

Me fazendo cair e engatinhar pelo chão atrás de algo para me proteger ou um canto para fugir, mas foi inútil, pois quando eu estava quase achando alguma coisa pontuda senti a fivela do seu cinto acertando em cheio minhas costas fazendo eu me encolher no chão enquanto meu sangue jorrava.

Meu estômago implorava por comida, o que indica que estou aqui a bastante tempo, já que eu estou seguindo uma dieta com disciplina, todos os dias respeitando os horários certos, isso só me faz ter certeza que já deve ser de noite, estou sem comer o dia inteiro nas mãos desse animal.

Me deitei no colchão que estava sujo e com um cheiro insuportável, o cheiro era tão forte que me fez enjoar no mesmo segundo, então eu percebi que tinha um cadáver de um animal dentro do colchão, ele está me torturando das piores formas.

Logo me encolhi em um pequeno canto na parede com dificuldade devido o meu corpo amarrado, deitei-me pensando em uma forma de fugir daqui, eu preciso fazer alguma coisa, esperar um milagre não vai funcionar.

A porta foi aberta revelando a sua presença, o mais velho me olhava rindo enquanto caminhava na minha direção com um copo de água, ele se agachou na minha frente enquanto analisava meu rosto e os machucados, rindo da minha situação.

Kelvin: Você precisa se hidratar boneca. - disse colocando o líquido a força na minha boca.

Angel: Onde nós estamos? - perguntei com dificuldade.

Kelvin: Em casa. - disse rindo.

Angel: Por quê tá fazendo isso comigo? - questionei chorando.

Kelvin: Porque você, Angel Miller, é minha. - afirmou rindo.

Angel: Por favor, me deixa ir embora. - implorei chorando.

Kelvin: Você sabe que eu odeio choro. - gritou e depositou um tapa forte no meu rosto. - Não é pra chorar, porra. - afirmou enquanto me enforcava com uma mão e a outra ele usava para socar minha barriga.

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