Prólogo

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Era mais um dia gélido, a neve cobria praticamente toda a paisagem, apenas via-se a fumaça que saía das chaminés e da grande fogueira que haviam ascendido no meio da aldeia. Assavam um grande javali da montanha, que Minato e seus homens haviam capturado com glória e empenho.

Aquele era o vilarejo Namikaze, ficava localizado ao litoral, era pequeno em extensão e abrigava na maior parte, agricultores e criadores de animais, de forma que todos em geral, viviam uma vida pacata, cheia de festejos aos deuses.

Como Conde, Minato administrava as terras e comandava a utilização dos recursos. O homem era casado com Kushina, uma ruiva enérgica e valente, que compunha a linha frente nos combates junto do marido, do amor dos dois nascera um menino: Naruto, um rapaz agitado e extrovertido, que herdara os cabelos dourados e os olhos azuis do pai, mas o sorriso aberto de sua mãe.

‒ Ande logo, Naruto! A fogueira necessita de mais lenha.

‒ Estou indo mãe, não seja tão impaciente. ‒o rapaz aproximou-se, carregando uma pilha de madeira em seus braços fortes.

‒ Quem está chamando de impaciente?! Fui eu quem o ensinou a dar os primeiros passos.

‒ Nós o ensinamos. ‒o patriarca enfatizou, puxando a esposa pela saia do vestido e a acolhendo em suas mãos.

‒ Mas sou eu quem o apresentará aos prazeres da vida. ‒um velho de cabelos brancos que segurava uma caneca de hidromel, acompanhado por duas mulheres um tanto vulgares, acrescentou.

‒ Nem ouse transformar o meu filho em outro pervertido, Jiraya. ‒Kushina tornou a enfurecer-se.

‒ Senhora Kushina. ‒um homem de meia-idade aproximou-se junto de sua família. ‒ Espero que não se importe, soldei para ti este medalhão. ‒dizendo isto, entregou-lhe a joia de metal, que continha uma pedra vermelha, nada muito sofisticado, visto que havia sido feita por um homem que estava acostumado a construir espadas.

‒ Muito obrigada, Kizashi, é muito bonita. Querido, me ajude a colocá-lo. ‒Minato prontamente atendeu ao pedido e a peça ficou suspensa, enfeitando o colo alvo da mulher.

‒ Meu marido gastou muitas horas para construí-lo. ‒a mulher do ferreiro, Mebuki acrescentou com um sorriso simpático.

Kizashi e Mebuki Haruno viviam no povoado, eles possuíam uma única filha chamada Sakura, a jovem havia completado seus dezesseis anos recentemente e apesar de formosa, com seus longos cabelos róseos e olhos de um tom verde raros, conservava ainda certo ar da infância, visto que havia crescido junto de Naruto, correndo e saltando por aqueles campos ou atirando bolas de neve durante o inverno, de modo que eram muito amigos.

‒ Bem, hora de continuarmos os festejos. ‒Minato anunciou.

Iniciaram uma alegre melodia ao som da lira e das flautas, aos poucos o restante dos aldeões se juntaram ao redor do fogo, uns cantavam odes aos deuses, outros apenas conversavam, Naruto virou-se para a Haruno:

‒ Venha, Sakura. ‒e a tomando pela mão, começaram a rodopiar e saltitar envolta do fogo enquanto sorriam.

Os pais de ambos assistiam a cena, para os Namikaze era um tanto óbvio que o filho cultivava algum tipo de carinho além da amizade para com a rosada e, no fundo nutriam esperanças de que o enlace um dia acontecesse, visto que a Haruno era uma boa moça, entretanto, ela não parecia retribuir ou ao menos perceber tais intenções.

‒ Está tão linda esta noite. ‒disse sem pudores, enquanto continuavam a dança.

‒ Obrigada... Ei, desde quando repara em mim? ‒rebateu encarando o elogio como uma brincadeira do amigo.

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