Capítulo XXII - Os alfas

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Ainda era madrugada quando começaram a se mover, Sakura estava na entrada do acampamento. Edward tinha aceitado leva-la até o esconderijo mais próximo de Kabuto e àquela altura, Sakura não conseguia se conter, pois ela ainda tinha a forte sensação que o pesadelo lhe causara e algo em seu interior gritava, implorava para que fosse atrás dele, ela tinha que saber a verdade de uma vez por todas por trás de seu comportamento estranho e mais do que isso, apaziguar seus temores de que algo ruim havia lhe acontecido.

— Espero que esteja descansada de corpo e mente, pois o que poderá presenciar naquele esconderijo é uma visão do verdadeiro inferno. — Edward disse-lhe com tom de preocupação.

— Não se preocupe, ficarei bem. Aliás, o que é este inferno de que fala?

— É o lugar para o qual as almas impiedosas, maléficas e criminosas vão após a morte, lá pagam por seus pecados na Terra, sendo condenadas por toda a eternidade.

— Para nós não há punição. Apenas a distinção no destino para aqueles que morrem com honra.

— Ou seja, vangloriados são aqueles que morrem derramando sangue inocente? — aproveitou-se para dar uma indireta sobre os tão "selvagens costumes pagãos", como o inglês sempre dizia.

— Inocente não, lutamos contra inimigos. — rebateu e Edward ia retrucar, quando apenas virou os olhos e pareceu mudar de ideia, as culturas eram distintas demais, de forma que ele preferia evitar a discussão, era verdade que o tempo convivendo com Sakura mostrou-lhe outra face dos nórdicos, mas o inglês sabia que nem todos eram tão gentis quanto ela, isso ele já tinha descoberto com os próprios olhos.

— Certo, não é hora para essas conversas sem destino agora. Pegou tudo?

— Sim. — Sakura respondeu.

Como não sabiam o que iam encontrar, a Haruno estava preparada para uma luta, usava calças, peças de aço sobre a vestimenta que revestiam seus ombros, peito, costas e coxas. Carregava uma bela espada longa embainhada em sua cintura, era de segunda mão, porém era inegável que até a mais modesta das espadas dos ingleses era tão ou ainda mais bem feita do que as melhores lâminas de seu povo.

Montados cada um sobre um corcel, os dois se dirigiram as montanhas rochosas que cercavam a área. Em certo ponto, os animais não puderam subir e por isso, continuaram com os próprios pés, foi bem exaustivo, o amontoado de terra e pedras que escalavam era bem alto, como Sakura recordou ser em sua queda, após Sasuke jogá-la de cima do penhasco.

Foi quando suas pernas já estavam trêmulas pelo esforço que Edward parou diante de mais uma superfície rochosa, a Haruno já ia questioná-lo, quando pôde observá-lo dando algumas batidas leves sobre a superfície e então, um som oco foi emitido de certo ponto e o inglês agarrou com as pontas dos dedos um pedaço e o puxou, revelando uma abertura grande o suficiente para a passagem de um homem de cada vez.

— Mas o que...

— Não sabe com quem está lidando. — rebateu rindo do espanto da nórdica, que compreendia que na verdade, sabia muito bem com quem estava lidando e mais do que isso, temeu pela primeira vez o fato de que poderia ficar cara a cara com Kabuto e este, diferente do que Edward pensava, já a conhecia. — Tínhamos combinado que eu apenas a deixaria aqui, mas meu cavalheirismo não vai permitir que abandone uma donzela sozinha num lugar como este.

— Agradeço por sua gentileza, mas não quero que corra qualquer risco por minha causa.

— Já estou nessa junto contigo, Sakura. Apenas aceite isso. — sorriu-lhe confiante, enquanto tocava seu ombro como forma de apoio.

A Haruno assentiu, contudo não podia deixar de preocupar-se com a chance de reencontrar Sasuke, seu "falecido marido" ali dentro e ela não sabia como os dois guerreiros poderiam reagir diante disso. Afastou tais pensamentos de sua mente quando viu o homem ruivo transpor a entrada, em seguida fez o mesmo, o único pensamento que deveria rondar sua mente naquele instante era o de achar Sasuke Uchiha.

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⏰ Última atualização: Mar 27, 2023 ⏰

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