Um amplo banquete estava exposto sobre a mesa de madeira, os dois homens sentaram-se em extremidades opostas, um diante do outro e assim como o alimento, dividiam também os seus planos: tinham de acabar com a aliança, caso o contrário, até mesmo as suas forças, que eram bem superiores às de Kakashi, estariam em jogo.
— Durante o passado eles também estavam unidos, o que fez com que deixassem de lutar juntos, afinal? — o mais jovem questionou.
— Eles simplesmente se deram por satisfeitos com o que tinham conseguido e o tempo fez com que se afastassem, todos sabiam de que lado estavam, mas a nossa empreitada e a morte de Minato fez com que revivessem a parceria. — Orochimaru parecia amargurado com a situação.
— Temos que atacar os elos mais frágeis dessa parceria. Os Hyuuga são extremamente poderosos com seus arqueiros, poderíamos começar por eles. — Kabuto sugeriu animado.
— E o que tem em mente?
— Já ordenei que uma pessoa ficasse de olho em todos eles e descobrisse mais sobre a composição dos clãs e me parece que Hiashi tem uma filha noiva de um dos sobrinhos.
— Então?
— Todos conhecem a rigidez dos costumes Hyuuga e seu respeito às tradições.
— Está propondo uma estratégia moral para tirar os Hyuuga da aliança? — Orochimaru sorriu maliciosamente compreendendo o plano do cúmplice.
— Certamente.
Kabuto logo começaria a dar forma ao seu plano, precisava contatar seus informantes e organizar para que tudo ocorresse favorável à eles, estava ansioso por tal.
***
Sete dias se passaram e tinham conseguido normalizar a maior parte dos casos, não tiveram mais perdas, além disso, Sasuke e Fugaku também apresentaram melhoras, o patriarca principalmente, até despertou e parecia quase totalmente recuperado, por vezes o viu visitar o filho que dormia sem proferir palavra alguma, apenas o observava, como se custasse a acreditar que ele realmente estava diante de seus olhos.
Escreveu uma carta para os pais, pedindo desculpa por não ter se despedido deles, pois estivera muito nervosa com Naruto para lembrar-se de algo, ela simplesmente partiu, também dedicou uma correspondência exclusiva ao noivo e amigo, pedindo desculpa pelo seu modo de o tratar, mas dizendo que não se arrependia de sua escolha e que se tivesse de repetir a decisão, a tomaria novamente sem sombras de dúvidas, ainda estava chateada pelo loiro não ter se imposto no dia da quase execução de Sasuke. Como resposta, o Uzumaki tratou de ser educado, disse que a entendia, compreendia que havia agido mal e esperava ansioso para seu retorno, no qual a união dos dois deveria acontecer.
Lia as palavras na torta grafia que deveria ser de Jiraya, já que eram poucos os que detinham o saber das palavras, quando um burburinho se espalhou pela casa Uchiha, os criados anunciavam uns para os outros que o caçula havia despertado. Agiu por impulso, correndo até a porta de seu aposento, sabia que o momento era muito particular e íntimo, porém não pôde evitar a aproximação para deslumbrar o mesmo.
Sasuke tentou abrir os olhos aos poucos e um clarão tomou conta de suas vistas, conforme piscava repetidamente, buscando se adequar a enxergar depois de tanto tempo. Estava em Valhalla, afinal? Os orbes vislumbraram a figura bela de uma mulher em seu leito, seu rosto era extremamente familiar para si, embora não se lembrasse de onde, logo dois homens surgiram também: um mais velho e outro pouco mais vivido que ele próprio, os olhos negros que todos eles tinham em comum estavam tomados de preocupação e dúvida.
— Sasuke! — a mulher exclamou abraçando-o, seu cheiro era bom e acolhedor. — Esperei por você por tanto tempo, meu coração nunca se enganou.
— Irmãozinho. — o mais jovem também sentou-se na beirada da cama e lhe sorria com graça.
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Eternamente
Fiksi PenggemarPenínsula Escandinava, século XII d.C. Sakura Haruno é uma aldeã corajosa disposta a tudo para proteger seus entes queridos, depois de um ataque em seu povoado, ela se verá diante de outras terras, desafios e ameaças. Mas também encontrará Sasuke, u...