Capítulo XVIII - A visão

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Hinata escutou alguns gritos, embora não tivesse sido capaz de entender o que era dito, soube que era a voz de Naruto que se sobressaia dentre as outras e isso só podia significar problemas, afinal, tinham ido até ali unicamente para desmascarar a verdade a respeito do envolvimento de Mei sobre a confusão no quase matrimônio de Naruto e Sakura, se a mulher tivesse mesmo algo a esconder, estar diante de seus domínios, ao lado de toda a sua infantaria seria um grande problema.

Caminhou apreensiva até a porta e mexeu na maçaneta: aberta. Logo, se dirigiu em passos silenciosos, fazendo o possível para não ser notada, o que seria difícil para alguém tão chamativa e iluminada quanto ela. Tinha visto antes de ser fechada no quarto, o cômodo em que deixaram o rapaz, era uma porta grande e no centro de um largo corredor.

A Hyuuga encolheu-se no canto da parede e tomou em suas mãos um pequeno vaso que adornava um dos cantos, então jogou-o na parede oposta, estilhaçando o objeto de cerâmica totalmente. As duas mulheres que faziam guarda diante da grande porta correram para a direção da qual o barulho ecoou e rapidamente, Hinata seguiu a direção oposta, adentrando o cômodo e se deparando com uma estranha visão: Naruto estava amarrado na cama por cordas e Mei estava sentada sobre ele.

Sentiu um aperto invadir-lhe o peito, mas quando a mulher se afastou, ouviu o loiro gritar em alto e bom tom:

― Hinata, que bom que apareceu, socorro! Me tire daqui!

― Caladinho, rapaz. ― Mei bronqueou com falsa doçura se afastando do mesmo com uma cara nada amigável, a essa altura, as soldadas que tinham se afastado adentraram o cômodo tão perigosas quanto sua líder.

Cercada, Hinata tomou como atitude o único ato que lhe veio em mente: ficou estática, os lábios entreabertos, enquanto pequeno tremeliques lhe tomavam conta dos membros.

― O que ela tem? ― perguntou uma das mulheres assustada.

― Ela é um oráculo, será que está tendo uma visão? ― Mei aproximou-se desconfiada.

Naruto não sabia o que se passava com a Hyuuga, porém aproveitou a brecha para livrar-se das amarras que o prendiam pelo pulso, espremeu-se para soltar o primeiro braço e ajudou o outro facilmente, escondeu-se do lado da cama, ao passo em que as mulheres continuavam a cercá-la.

― Ei, garota! ― a Terumi segurou a jovem pelos braços e a sacudiu, mas não obteve nenhuma reação, a morena permanecia em estado de choque.

― Vejo a sua morte. ― mentiu com os olhos agora fixos em Mei.

― Ora, sua... ― apavorada com a previsão vinda da oráculo, a mulher esbofeteou a face de Hinata.

― Não ouse tocar nela, sua vadia caquética! ― Naruto havia pego um bastão que completava a decoração do cômodo e colocou-o sobre o pescoço de Mei, a esmagando entre ele e o objeto.

― Seu tolo, o que pensa que vai conseguir com isso? ― a mulher indagou com dificuldades enquanto suas soldadas apontavam suas armas para ele. ― Está cercado e há muitas outras soldadas lá fora.

― Se alguém se aproximar de mim, irei enforcá-la como se faz com uma galinha! Ordene que soltem suas armas imediatamente.

― Soldadas, ataquem! ― a Terumi teimou, chamando mais das suas para adentrarem o espaço, atraindo momentaneamente mais meia dúzia de mulheres, embora na verdade houvessem muitas mais.

― Sua demente! ― gritou vendo-se sem saída, foi nesse momento que um estrondo chamou a atenção de todos.

Hinata arrastou um móvel sobre a única porta que dava acesso ao cômodo, em uma de suas mãos a jarra que antes estava lotada de licor foi virada, mostrando-se vazia. Só então, repararam no rastro molhado que se espalhava por todo o quarto, inclusive entorno das soldadas que formavam o confronto, a morena tomou uma das tochas que iluminava o cômodo em suas delicadas mãos.

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