Capítulo VI - Deusas

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Estavam reunidos com mais três guerreiros que Sasuke escolhera a dedo. Caminhavam rumo ao pequeno vilarejo não muito distante, onde o ferreiro Tyr construía suas armas. Sakura ainda sentia os olhares atravessados sobre si, no entanto fazia o possível para ignorá-los, inspirando-se na neutralidade de Sasuke que parecia tão abalado com eles como uma árvore sentinela milenar.

Era fim de tarde quando avistaram as primeiras casinhas que soltavam fumaça pelas chaminés, àquela altura em pleno fim de inverno, o frio percorria o espaço como uma lâmina chocante. Aproximaram-se sem delongas e dirigiram-se direto a casa de Tyr, que os recebeu na porta de sua moradia corando ao dar de frente com o rapaz, enquanto olhava de soslaio para seus dois filhos, tão robustos quanto às portas de madeira maciça da casa de Hatake.

‒ No que posso lhe ser útil, senhor Sasuke?

‒ Por que não nos convida para entrar? ‒rebateu tão gélido quanto o clima que se fazia ali.

‒ C-Claro, por favor, acomodem-se.

Sasuke e seu pequeno grupo adentraram o local e o homem continuava apreensivo, lá dentro se encontrava o restante da família de Tyr, seus três filhos pequenos e as duas esposas* do mesmo.

‒ A que devo a honra da visita, precisam de alguma arma?

‒ Também. O conde pensou em renovar nosso arsenal para os confrontos futuros, o que tem para nós? ‒Sasuke continuava a discursar com seu olhar parado.

O homem apressou-se a mostrar-lhes suas espadas, arcos e até a antiga foice de Hidan tinha a sua réplica perfeita, os guerreiros de Sasuke amontoaram as escolhidas em três grandes sacos de lã grossa. Com uma adaga entre as mãos delicadas, Sakura permitiu lembrar-se dos trabalhos que seu pai fazia, menos sofisticados, porém tão resistentes quanto, sorriu tristemente com as lembranças de casa que lhe vieram à tona.

‒ Isto é tudo? ‒indagou o homem.

‒ Não, ainda restam as armas que tens fornecido aos Terumi.

‒ Perdão. Do que está falando, senhor? ‒rebateu tomado por desespero, Sasuke tomou um dos punhais do próprio em suas mãos e o direcionou ao homem, na mesma hora os filhos tentaram tomar partido pelo pai, mas eis que os Hatake já os cercavam e mantendo uma distância segura, Sakura mirava o seu arco.

‒ Temos testemunhas de que tem negociado com nossos inimigos, confesse.

‒ E se estiver? ‒o homem de repente gargalhou despreocupado. ‒ Eles não me pagam com migalhas, como você e seu pai o fazem. É necessário riquezas para produzir armas boas o bastante.

‒ Está traindo as ordens de seu Rei.

‒ Orochimaru pode ser o maior proprietário das terras, mas só nos extorque. Talvez seja hora das coisas mudarem. ‒de repente um grupo de cerca de quinze pessoas adentraram o local, homens e mulheres que portavam machados, arcos e escudos.

‒ Humpf. ‒soltou antes de arremessar o punhal sobre o homem, que desviou a tempo.

Logo, os grandalhões principiaram a guerrear contra os adversários com a força de seus próprios punhos, Sasuke sacou a espada e pôs-se a enfrentar dois deles de uma só vez, enquanto Sakura tentava atingir os demais por trás dos escudos.

Um dos guerreiros do Hatake apagou com um duro golpe em sua cabeça, os outros dois continuavam enfrentando os filhos do ferreiro sem as suas armas, que haviam se perdido no meio dos murros. Sakura por fim, arranjou uma brecha na couraça dos mesmos, atingindo-lhe os joelhos e com o vacilo, eles acabavam baixando um pouco o escudo, proporcionando a chance de serem acertados em algum ponto mais vital.

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