Capítulo X - O troco

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Era estranho pisar naquelas terras novamente, o lugar lhe remetia a poucas coisas boas e muitas sensações ruins, nunca se sentiu tão presa como naqueles dias, mas agora a menção de acabar com tudo ironicamente a trazia a ideia de paz. Não estava sozinha dessa vez, tinha os pais a prestando suporte, Naruto a apoiando e todos os outros da dura força que haviam conseguido juntar, por isso foi até complicado se locomover em tão grande volume, saqueadores rondavam toda a região a frente para inspecionar se haveria perigo, por sorte todos retornaram bem.

No último acampamento antes do destino final, que seria o cenário de uma grande batalha, pararam para repousar suas energias. Naruto estava ao lado de Sakura, como sempre:

‒ Parece preocupado.

‒ Ansiei tanto tempo por essa luta, mas ainda me recordo do trágico fim da última.

‒ Não fique assim, seu pai está em Valhalla celebrando com Odin e sinto que ainda não é a hora para vocês se reencontrarem.

‒ Que assim seja. ‒ tomou-lhe a mão e plantou um beijo. ‒ Prometa-me algo?

‒ O que seria? ‒ perguntou curiosa.

‒ Que irá se casar comigo depois que nossa vitória for consolidada. ‒ Sakura soltou um pequeno sorriso, beijou-lhe a bochecha e sussurrou para o loiro:

‒ Dê o melhor de si e quem sabe...

‒ Eca, vocês estão piores que um melaço! ‒ Tenten resmungou, sentada ao lado deles.

‒ Não é minha culpa se não tens a quem procurar um carinho. ‒ Naruto retribuiu em tom de brincadeira.

‒ Nem preciso! Com licença. ‒ se retirou mal humorada.

‒ Você ainda não tem nada garantido, pare de jogar a sua felicidade na face dos outros. ‒ Sakura recomendou risonha, era bom o clima leve que pairava sobre suas cabeças.

Tenten afastou-se para o meio da mata, precisava ficar um tempo só, justamente ela que sempre viveu na solidão, agora se via rodeada de gente, por um momento achou que seria bom finalmente fincar raízes, apesar do jeito atrapalhado gostava de Naruto e achava Kushina uma mulher espetacular, mas era difícil conviver com os demais, todos pareciam a olhar torto, como se soubessem do seu segredo, o que lutava para esquecer todas as noites.

‒ Até quando vai esperar antes de nos esfaquear pelas costas? ‒ era Neji Hyuuga quem havia a encontrado.

‒ Será que não posso ter nenhum segundo de paz?! Pois fique sabendo que eu posso até ser movida pelo dinheiro, mas quando decido agir por minha vontade, sou a mais fiel das companheiras.

‒ Não me enganas.

‒ Ora, seu... ‒ sacou o martelo que levava em suas costas e foi para cima do mesmo, que segurou em seu pulso a tempo, a empurrando para trás, fazendo com que ficasse encostada no tronco de uma das árvores.

‒ Talvez devesse matá-la agora, a fim de evitar a traição futura. ‒ ameaçou, a mantendo firme no lugar.

‒ Talvez devesse se preocupar com a traição da sua noiva, obviamente ela escolheu aquele que se parece um homem de verdade. ‒ deu-lhe um pisão no pé e com a brecha, escapou de seu aperto, enquanto se afastava, pôde ouvir a voz do Hyuuga que havia ficado visivelmente irritado:

‒ Poderia mostrar-lhe o quão homem sou, mas vejo que não vale a pena. ‒ Tenten riu e continuou a andar, "homens e seus egos inflados".

***

Já estavam em posição, assim como o combinado Mei, que era uma escudeira tão boa quanto Kushina, tomou a frente com seus homens e pôs-se a avançar de frente a entrada do condado Hatake, ouviram o som dos sopros nos chifres anunciando que os atacados já sabiam de sua presença.

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